Correios explicam cortes nos patrocínios de atletas olímpicos
O Estado de S.Paulo
07 Março 2017
O Estado publicou em sua edição de domingo a triste sina de alguns atletas brasileiros após os Jogos Olímpicos do Rio. Após seis meses do fim da competição, medalhistas olímpicos do País vivem às turras para tentar manter seus patrocinadores e parceiros visando a sequência do trabalho para Tóquio-2020. ‘De volta à realidade’ conta a história de quatro competidores do primeiro time olímpico que perderam alguns de seus patrocinadores, como Poliana Okimoto, primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha olímpica nos esportes aquáticos, que não tem mais a parceria com osCorreios. Há outros na mesma condição.
Em nota encaminhada ao Estado, os Correios explicam o rompimento de alguns patrocínios que mantinha na temporada passada.
NOTA OFICIAL
Os Correios esclarecem que, em contratos de patrocínio já encerrados, os valores repassados pela empresa à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) previam bolsas individuais aos atletas com melhor desempenho. Nesta situação se encontravam a nadadora Poliana Okimoto, citada na matéria, bem como outros atletas.
Importante destacar ainda que os critérios técnicos para essas definições e a gestão desses recursos cabiam à confederação e tinham a anuência dos Correios. No entanto, diante do grave cenário econômico-financeiro no qual a estatal se encontra e das medidas de contingenciamento consequentemente tomadas para a recuperação de sua saúde financeira, foi necessária a aplicação de cortes também nos investimentos em patrocínio.
Assim sendo, no recente contrato firmado entre Correios e CBDA, houve significativa redução de valor, não suportando mais a aplicação de patrocínios individuais. Porém, para que ainda se mantivesse uma forma de incentivo, ficou acordado entre ambas as instituições um sistema de premiação baseado, principalmente, no reconhecimento pelo desempenho e pelas conquistas de resultados internacionais de cada atleta.
Destaca-se que os Correios respeitam e valorizam os esforços dos atletas. Entretanto, seus contratos de patrocínio precisam estar dentro dos limites de valores que o momento exige.
Guilherme Campos Junior
Presidente dos Correios
Funcionários dos Correios não podem participar de atividades associativas durante jornada
Migalhas
6 de março de 2017
Mais um episódio sensível dentro dos Correios, que vive uma de suas maiores crises financeiras. Dessa vez, a vice-presidência de Gestão de Pessoas da empresa emitiu memorando (681/2017) com “esclarecimentos quanto ao controle de jornada de empregados”.
No documento, há a informação de que, em relação aos empregados que atuam como representantes de entidades associativas dos Correios, “não há previsão legal para abono ou compensação de falta decorrentes de ausência do posto de trabalho para se ocupar com atividades associativas”.
Segundo a vice-presidência, as entidades associativas não possuem o mesmo tratamento dado às entidades sindicais, e assim sendo, o gestor não pode liberar o empregado representante de associação para dedicar-se às atividades associativas durante a jornada de trabalho, de forma que a ausência ao trabalho pode configurar infração disciplinar.
A propósito, é o que consta em consulta realizada à SEJUR – Superintendência Executiva Jurídica dos Correios: “A liberdade de associação é um direito assegurado na Constituição Federal, mas o seu exercício não pode se sobrepor às obrigações pactuadas no Contrato Individual de Trabalho por empregado, que exerça cargo de dirigente de associação.”
Audiência com advogados
Acontece que está marcada para esta segunda-feira, 6, uma audiência no MPT da 10ª região com advogados da ECT, considerando controvérsias que envolvem a classe dos causídicos da empresa pública.
Assim, a presidente da APECT – Associação dos Procuradores dos Correios, Daniela Schweig CiChy, indagou à diretoria se haveria óbice para participação dela e do vice-presidente da APECT no referido encontro. Em resposta, a diretoria reafirmou o impedimento, destacando que a audiência se dará com os Correios “para a qual a representação se dará por preposto e advogado, designados para tal ato”.
De acordo com a diretoria, a solicitação de participação da APECT deu-se mediante requerimento e não convocação por parte do parquet. E completou: “Por fim, não é demasiado lembrar, que a atuação dos Advogados desta Empresa, no caso em exame, deve ocorrer na defesa dos interesses dos Correios a fim de evitar eventual conflito de interesses.”
Correios lançam operadora de celular com plano pré-pago de R$ 30
ESTADÃO ON-LINE
6/3/17
Inspirada em exemplos europeus, estatal vai vender chips e recargas em busca de nova receita; infraestrutura ficará a cargo da EUTV Cartas, encomendas, selos, chips e recargas para celular. A partir desta segunda-feira, 6, os Correios lançam sua operação de telefonia móvel, vendendo chips e recarga para planos pré-pagos de celular em 12 agências da cidade de São Paulo. Há quatro anos com prejuízos e após passar recentemente por um programa de demissão voluntárias, a empresa espera encontrar uma nova fonte de receitas com a telefonia móvel, atuando no modelo de operadora virtual, bastante popular na Europa.
Para 2017, as expectativas do projeto são conservadoras: faturar 14 milhões, com 500 mil usuários até o final do ano. Em 2018, a meta é de receita de R$ 60 milhões. “Esperamos que, em cinco anos, faturemos R$ 300 milhões e tenhamos 8 milhões de usuários. É uma progressão que pode fazer a diferença para a empresa”, disse Guilherme Campos, presidente dos Correios, durante entrevista coletiva realizada na manhã da segunda-feira, em São Paulo. No ano passado, a estatal registrou prejuízo em torno de R$ 2 bilhões.
A operação começa nesta segunda com o plano Alô 30: por uma recarga mensal de R$ 30, os usuários terão 100 minutos para qualquer celular e fixo de qualquer DDD, franquia de dados de internet de 1 GB e WhatsApp gratuito, sem cobrança na franquia. Cada chip, por sua vez, vai custar R$ 10.
Por enquanto, o serviço será vendido apenas em São Paulo – até o final do mês, 164 agências da cidade vão vender chips e recargas. “Começamos por São Paulo para garantir viabilidade comercial. Não estamos fazendo Vale Celular, não há subsídio: quem não puder pagar R$ 30 por mês, não vai poder usar a Correios Celular”, disse Campos. Nos próximos meses, a empresa deve começar a oferecer chips em Brasília e Belo Horizonte — a meta é alcançar todos os Estados do Brasil até o fim do ano, atendendo o público das classes C, D e E.
Para o analista Pietro Delai, da IDC Brasil, é uma estratégia de diferenciação das operadoras “tradicionais”. “Eles estão mirando em um público desbancarizado, e que gosta de tirar dúvidas presencialmente”, diz. “A dúvida é se vão conseguir atender o que os clientes vão buscar lá”. Em 2018, os Correios vão começar estudos para definir a viabilidade de oferecer planos pós-pagos. Virtual. Ter uma operadora é um projeto antigo dos Correios, desde que, em 2010, a Anatel liberou o modelo de operadoras virtuais no País. Nesse sistema, uma empresa ou organização pode vender chips e planos de telefonia móvel, sem precisar se preocupar com a infraestrutura de telecomunicações – tarefa que cabe a uma operadora parceira. É o que vai acontecer na Correios Celular: enquanto os Correios cuidam do atendimento, a infraestrutura será responsabilidade da EUTV, empresa que venceu licitação realizada pela estatal em maio do ano passado.
O aspecto curioso do processo é que a EUTV também é uma operadora virtual – só que do tipo autorizada, que tem de investir em infraestrutura e cuida de parte das conexões dos usuários. A EUTV utiliza a rede da TIM, como é o caso de outras operadoras virtuais brasileiras, como a Porto Seguro Conecta.
“Por enquanto, usamos a cobertura da TIM. Além disso, compramos um espectro da frequência do 4G no último leilão da Anatel em São Paulo e estamos analisando investimentos para ir além da cobertura da TIM no resto do País”, disse Yon Moreira, presidente da EUTV.
Correios começam a vender chips do seu serviço de celular em São Paulo
G1
6/3/17
Vendas começaram nesta segunda (6) em 12 agências da capital paulista. Inicialmente, estatal ofertará apenas um tipo de plano pré-pago.
Os Correios começaram nesta segunda-feira (6) a vender chips de celular. A venda será implantada aos poucos e começou em 12 agências de São Paulo. Até o final de março, informou a estatal, os chips estarão disponíveis em 164 unidades de toda a região metropolitana da capital paulista. As 12 agências em que é possível comprar o chip de celular dos Correios são: – Brás – Central de São Paulo (República) – Cidade de São Paulo (Vila Leopoldina) – Guaianazes – Itaquera – Mooca – Nossa Senhora da Saúde – Osasco – Penha de Franca – Santana – Silva Bueno (Ipiranga) – Vila Prudente.
Em seguida, o serviço passará a ser oferecido em Brasília e Belo Horizonte. A meta é alcançar todos os Estados do Brasil até o fim deste ano. A oferta ocorre por meio da Correios Celular, uma parceria dos Correios com a empresa EUTV. Toda a infraestrutura de telecomunicações será de responsabilidade da EUTV. Os Correios usarão a rede de agências e a rede corporativa de dados. A EUTV usa a infraestrutura da TIM para a oferta de telefonia móvel.
Inicialmente, serão vendidos chips e recargas de um plano pré-pago. O plano exigirá recargas mensais de R$ 30 e dará direito a 100 minutos em chamadas de voz para qualquer celular ou telefone fixo, ou 100 SMS.
O pacote inclui ainda 30 dias de internet móvel, com 1 GB de franquia, sem corte no serviço quando o cliente atinge o limite de dados. Além disso, o cliente, informou os Correios, o uso do aplicativo WhatsApp é grátis (ou seja, não desconta da franquia), assim como a navegação pelos sites www.correioscelular.com.br, www.correios.com.br e www.brasil.gov.br. A partir de 2018 os Correios começarão estudos para definir a viabilidade da oferta de planos pós-pagos. Os Correios enfrentam uma crise financeira. A previsão é que o prejuízo em 2016 tenha sido de quase R$ 2 bilhões. Em 2015 a estatal já havia registrado um prejuízo de R$ 2,1 bilhões.
Correios garante que fechamento de agências em distritos não foi definido
Correios do Brasil
06/03/2017
o contrário do que informou o Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de Mato Grosso do Sul), a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) garante que o fechamento das agências dos distritos de Anhanduí, em Campo Grande, e Nova Casa Verde (foto), no município de Nova Andradina, ainda não está definido.
Conforme a assessoria de imprensa dos Correios, o fechamento das duas agências está em fase de negociação, portanto, não há data para que as unidade sejam definitivamente fechadas, nem a certeza de que isso irá ocorrer.
No início da tarde desta segunda-feira (6), o Sintect-MS havia informado à imprensa que no dia 13 de março as duas agências seriam fechadas, como parte do plano de reestruturação dos Correios, anunciado pelo presidente da empresa, Guilherme Campos, nomeado pelo presidente Michel Temer (PMDB).
A presidente do Sintect-MS, Elaine Oliveira, chegou a afirmar que “estamos vendo na prática o desmonte dos Correios Público, que é uma preparação para a privatização”, considera.
A agência de Nova Casa Verde funciona desde janeiro de 2006, atendendo uma população de 13 mil habitantes do distrito, distante 53 quilômetros de Nova Andradina.
Dentre os serviços prestados na unidade dos Correios de Nova Casa Verde estão aberturas de contas, pagamentos de fatura, pagamento de benefícios do INSS, pagamento dos funcionários dos postos de gasolinas e restaurantes da região, entrega e envio de cartas/encomendas, entrega de cartas a domicilio duas vezes por semana.
Já a agência de Anhanduí também oferece os mesmos serviços e foi a primeira do país a operar o Banco Postal num distrito, desde julho de 2004. Estima-se que 300 aposentados recebam seus benefícios na agência. Eles terão que deslocar até Campo Grande para receberem suas aposentadorias, arcando com o custo das passagens. (Fonte: Campo Grande News).