Para reflexão de todos, neste momento em que milhares de trabalhadores dos Correios podem receber reajustes salariais abaixo da inflação (até menos de 2%), se o esdrúxulo acordo proposto pela área de gestão de pessoas da Empresa for firmado, lembramos que os salários do Presidente e dos Vice-Presidentes da Empresa foram reajustados, no último mês de abril, pela inflação do período (6%), sem nenhum fracionamento, vinculação a produtividade ou a cumprimento de metas ou transformação em gratificação – GIP. Ou seja, antes de qualquer coisa, os dirigentes, incluindo o Sr. Nelson Luiz Oliveira de Freitas, da VIGEP, reajustaram seus vencimentos pela inflação, garantindo assim “o seu”.
Com o reajuste, os salários dos dirigentes, de acordo com o site da Empresa, passaram a:
– Presidente: R$ 44.502,64
– Vice-Presidente: R$ 38.697,95
Por que, então, os empregados dependerão de produtividade para incorporar o reajuste, se a mesma regra não é aplicada aos dirigentes? Será que é por que esses decidem sobre a aplicação de centenas de milhões de reais numa olimpíada, que consome os lucros, ou sobre o repasse bilionário para o Postal Saúde, que não funciona?
A ADCAP pensa que a situação econômica da Empresa não pode ser utilizada para justificar que qualquer empregado do quadro próprio receba agora um reajuste salarial inferior à reposição da inflação. Se fosse assim, os salários da Diretoria Executiva, principal responsável por esses resultados, nem deveriam ter sido reajustados.
O maior ativo e patrimônio dos correios são os seus empregados. Por que, então, a direção da Empresa insiste em prejudicá-los em seus direitos com uma proposta de acordo estapafúrdia como esta?
Diretoria Executiva da
ADCAP Nacional.