Adcap Net 23/03/2017 – A degradação dos Correios – Veja mais!

A degradação dos Correios

Zero Hora
23/03/2017

Os brasileiros, que arcam com o custo das correspondências, não podem continuar submetidos a um monopólio com serviços de tão baixa qualidade. De modelo de eficiência e credibilidade, a estatal Correios transformou-se em poucos anos numa péssima prestadora de serviços, contabilizando prejuízos financeiros e causando transtornos à população que a sustenta. Na origem dessa degradação, estão o aparelhamento partidário da atividade e a incapacidade de reagir adequadamente à crise financeira que afeta o país. Diante desse quadro, é evidente que os Correios precisam se modernizar e que não há mais sentido no monopólio dos serviços postais que a empresa ainda detém. Como alerta um especialista da Universidade de Brasília ouvido sobre o tema, a má gestão abre janelas para a corrupção e afeta a qualidade dos serviços. É o que os usuários vêm constatando de forma célere desde que a empresa se transformou em estopim do escândalo do mensalão, situação agravada com a falência do setor público de maneira geral. A consequência mais visível é a incapacidade da estatal de entregar as remessas, que atrasam sistematicamente ou nem chegam ao destinatário, impondo insegurança e prejuízos incalculáveis para a sociedade. Os brasileiros, que arcam com o custo das correspondências, não podem continuar submetidos a um monopólio com serviços de tão baixa qualidade. Vítima de interesses de partidos políticos, que se apossaram de seus postos-chave, a empresa perdeu referenciais mínimos de qualidade, colocando em risco até mesmo o futuro de seus servidores. O fim do monopólio, permitindo que haja concorrência, é uma das alternativas que se impõem como forma de recuperar a credibilidade nessa área.

Acumulando prejuízo bilionário, Correios agoniza

Diário do Poder
23 de março de 2017

A estatal Correios, que já foi símbolo de eficiência, agoniza com o  acúmulo de prejuízos que, somente nos últimos quatro anos, somam mais de R$ 5,5 bilhões. Chegou ao fundo do poço no governo Dilma, fechando 2015 com prejuízo de R$2,1 bilhões – o pior resultado desde sua criação, há 354 anos. Para ganhar um “respiro”, suspendeu por um ano regalias aos 117.000 funcionários, quando eles entram em férias. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Quando um trabalhador entra em férias, recebe gratificação de um terço do salário. Os Correios dobram a gratificação: 70% do salário.

Além dos 70% de presente, funcionário dos Correios em férias ganha mais um salário a título de “empréstimo”, a ser pago em cinco vezes.

No ano da reeleição de Dilma, a estatal inventou lucro de R$9 milhões ao considerar “receita” R$ 1,1 bilhão não pagos ao fundo Postalis.

Os Correios esperam economizar R$1 bilhão ao ano com as 5,5 mil adesões ao PDV. Cerca de 10% da folha anual de R$10,9 bilhões.

Correios vai demitir

Diário de SP
23/03/2017

O presidente dos Correios, Guilherme Campos, vai anunciar em breve a mais polêmica decisão da história da estatal, diante da séria crise pela qual passa: o programa de Dispensa Motivada na estatal – na qual terá de demitir servidores para a empresa sobreviver. O PDI – Programa de Dispensa Involuntária, no qual 5,5 mil funcionários deixaram a empresa, não foi suficiente para parar a sangria. A direção dos Correios prepara sua defesa jurídica baseada no artigo 173, Parágrafo 1, Inciso II da Constituição, que permite adotar em empresa pública o regime jurídico de empresas privadas. E há brecha legal também para a Dispensa Motivada no Artigo 165 da CLT, na qual a estatal poderá alegar o grave quadro financeiro e econômico.

Vice-presidente dos Correios exalta a gastança em viagem

Correio Braziliense
22/03/2017

Num momento em que o governo ameaça o país com aumento de impostos para cobrir um rombo de R$ 58,2 bilhões nas contas federais e que os Correios suspendem férias de funcionários por acumular prejuízos superiores a R$ 4 bilhões em dois anos, seria de bom tom que funcionários do setor público dessem bons exemplos.

Mas, entre vice-presidentes dos Correios e técnicos da empresa, parece que a falta de dinheiro não é problema. Desde 17 de março, um grupo de executivos está viajando pela Europa, num tour bancado integralmente pela estatal. A viagem vai durar até o dia 26 e contemplará quatro países.

O mais entusiasmado da viagem é Eugenio Walter Pinchemel Montenegro Cerqueira, vice-presidente Corporativo dos Correios. Ele adicionou, no Facebook, nove fotos e um vídeo. Na mensagem, ressalta as belezas de Berlim, na Alemanha. Para comprovar o entusiasmo dele, veja a reprodução abaixo.Não custa reproduzir o texto de Eugênio: “Berlim linda cidade, domingo não funciona shopping, restaurantes e atividades culturais e históricas. Hanôver o interior do hotel aconchegante boa acomodação e restaurante nota 10”.

Pela autorização de viagem publicada no Diário Oficial da União, apenas uma cidade na Alemanha está prevista no roteiro: Leipzig. Não há previsão de os executivos dos Correios irem para Berlim ou Hanôver. Certamente, como dinheiro ali não é problema, mesmo os Correios estando como rombo superior a R$ 4 bilhões, não havia porque deixar de dar uma esticadinha. Basta apresentar as notas, que a empresa pagará. Mesmo que isso signifique impor mais restrições à grande maioria dos empregados da estatal.

Alertado por amigos, Eugênio retirou todas as fotos de sua viagem do Facebook. Afinal, não haveria porque esfregar a gastança na cara de todos os funcionários dos Correios, que só poderão tirar férias um mês antes de completarem dois anos de trabalho ininterruptos.

Não se estranha tudo o que está ocorrendo nos Correios, a empresa, assim como todas as estatais, vem sendo loteada por indicações políticas em troca de apoio no Congresso. Os prejuízos acumulados decorrem da má-gestão, de negócios fechados sem embasamento técnico e do despreparo dos gestores. Mas por que se importar com isso se o controlador dos Correios é o Tesouro Nacional, que, no frigir dos ovos, acabará cobrindo os buracos nas estatais?

Correios suspendem férias e horas extras para cortar gastos; sindicatos criticam

Rádio Agência Nacional
22/03/2017

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos anunciou novas medidas de corte de gastos para reverter o prejuízo de R$ 4 bilhões acumulado nos últimos 2 anos.

Os Correios suspenderam a concessão de férias, de maio deste ano até abril do ano que vem. A medida só vai poupar quem estiver com férias vencidas e, de acordo com a empresa, representa uma economia de R$ 800 milhões no período.

A empresa vai cortar as horas extras para os empregados que eram convocados em horário de repouso para reforçar a equipe. E rever ou suspender contratos de trabalho temporário.

A Fentect, federação que representa 31 dos 36 sindicatos ligados aos Correios, criticou as medidas e disse que os funcionários estão sendo penalizados. Para a secretária de imprensa da Fentect, Suzy Costa, as ações fazem parte de um projeto de desmonte dos Correios para justificar uma futura privatização.

A Fentect destaca que o público que usa os serviços postais será o maior prejudicado pelo corte de gastos. Em nota, os Correios informaram que as medidas não vão prejudicar os prazos de entrega ou a qualidade do serviço.

Em janeiro, os Correios cortaram funções comissionadas e anunciaram o fechamento de pelo menos 250 agências em todo o país, em cidades com mais de 50 mil habitantes. 60 agências já baixaram as portas e os funcionários foram remanejados. A empresa informou que mantém agências em todos os municípios do país.

O corte de gastos nos Correios começou no ano passado, quando a empresa suspendeu todos os patrocínios culturais e manteve apenas 20% dos patrocínios esportivos. Os Correios patrocinam atletas de rugby, handebol, tênis e de desportos aquáticos.

Guilherme Campos é recebido com protestos em São José

Sintect VP
22/03/2017

O presidente dos Correios, Guilherme Campos, do PSD, foi recebido por manifestantes na manhã da quarta-feira, dia 22, enquanto se hospedava em um hotel na cidade de São José dos Campos.

O ato começou na agência dos Correios do Centro da cidade e seguiu até o luxuoso hotel onde acontecia uma reunião com os gestores no salão principal.

“Se os Correios querem realmente conter gastos, deveriam começar vetando esses luxos da direção.” Declarou Nelson Moreira, diretor do Sintect-VP.

Com cartazes e carro de som, os manifestantes seguiram para o CDD São Dimas, onde fizeram um enterro simbólico do cargo de presidente de Guilherme Campos.

Aos gritos de “Fora Guilherme Campos, os Correios não precisam de você”, os trabalhadores queimaram o caixão em uma demonstração de revolta.

A viagem de Guilherme Campos à São José não foi divulgada pela empresa, nem mesmo constava na agenda da presidência no site.  Mesmo assim, diante dos ataques recentes e de toda revolta, assim que se soube o Sintect-VP já se dirigiu ao local para protestar.

Cidades do RS sofrem com problemas em entrega dos Correios

G1
22/03/2017

Moradores do interior do Rio Grande do Sul vêm enfrentando um grave problema: o atraso no recebimento de correspondências dos correios. A demora chega a se estender até 30 dias. Quem mora longe do centro de cidades como Passo Fundo e Erechim, no Norte do estado, sofre com o transtorno. O problema foi parar na justiça. Já o sindicato dos Correios reclama da sobrecarga de trabalho.

Ivone Mathias Zaionc tem um mercado há dois anos em Erechim. E durante todo esse período, nunca recebeu uma correspondência, pois o bairro onde o estabelecimento se encontra não faz parte do roteiro de entrega dos carteiros.

“Conta que vence no dia tu não consegue receber, às vezes tu não tem tempo de ir atrás para pegar. Daí tem um monte de transtornos para a gente que trabalha direto, o dia inteiro”, relata a comerciante.

Casos como o de Ivone, motivaram uma ação do Ministério Público Federal de Erechim contra os correios em 2015. O caso que está sendo julgado pela Justiça Federal da cidade, e aguarda a sentença do juiz. A expectativa é que seja julgado até o próximo mês.

Entretanto, esses atrasos não ocorrem apenas na cidade de Erechim. Tatiane Dias, moradora de Passo Fundo também é afetada pelos atrasos. Os boletos das contas que precisa pagar estão chegado após a data de vencimento. A empregada doméstica conta que isso complica bastante a rotina dela e diz não saber os motivos para a demora na entrega. “A gente precisa pagar nossas contas. A gente trabalha para ter as contas em dia. Então, a gente merece um pouco de melhora”, conta Tatiane.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, o problema ocorre por causa da sobrecarga de trabalho. A entidade cobra o aumento no número de carteiros, já que, segundo os funcionários, o carteiro sai para trabalhar com o dobro de correspondências daquilo que teria capacidade de entregar. Atualmente, a demanda de correspondências em Passo Fundo está em torno de 50 mil correspondências por dia. “Nós temos mais ou menos 50 trabalhadores e necessitaríamos de 100. Hoje há atrasos de até 30 dias na entrega das correspondências”, informa Josemar Lara, Diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Passo Fundo.

Com a situação, a população da cidade busca alternativas. Jeferson Dutra, cobrador de ônibus, diz que tenta buscar na internet as correspondências e imprimir elas para não pagar com juros.

Por meio de uma nota oficial, os Correios disseram que houve um volume extra de correspondências nas últimas semanas em Passo Fundo. E isso ocasionou num aumento da demanda de trabalho. A instituição também afirmou que não há objetos postais parados nos centros de distribuição do município.

Em relação à situação de Erechim, os Correios informaram que ainda não há uma decisão sobre a ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal da cidade, nem previsão de julgamento. Até que a decisão final seja tomada, a empresa vai se manifestar apenas na Justiça.

VICE-PRESIDENTE DOS CORREIOS EXONERADO PELA APLICAÇÃO DA LEI DAS ESTATAIS

Carta Polis
21 de março de 2017

Os Correios acabam de perder seu primeiro vice-presidente determinado pela Lei das Estatais. O Conselho de Administração da empresa, em reunião extraordinária, exonerou hoje o vice-Presidente de Serviços Postais, Henrique Dourado.

O motivo foi não ter  atendido às exigências da Lei das Estatais, de número 13.303/16.
Trata-se de uma indicação do deputado Diego Andrade, do PSD de Minas. A Vice-Presidência de Serviços Postais tem a sigla VIPOS.

Todos os demais vice-presidentes também foram considerados fora dos padrões exigidos pela lei, mas não houve o julgamento do mérito,  portanto, somente Dourado perdeu hoje o cargo,.

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