PREJUIZÔMETRO
Alertamos para a importante informação divulgada no blog http://conselhocorreios.blogspot.com.br/, utilizado pelo representante dos empregados no Conselho de Administração para divulgar os temas relacionados a sua atenção naquele órgão.
O fato é concreto: as tarifas dos serviços da área de reserva (carta, FAC, etc) estão sem reajustamento há mais de um ano e meio e o montante de receita que a ECT deixou de arrecadar em decorrência da falta de reajustamento dessas tarifas é superior a R$ 400 milhões de reais.
O descaso do Governo Federal com um assunto que deveria ter a maior atenção, já que trata-se da principal fatia da receita da ECT, é um contra-senso que tem causado prejuízos não só para a ECT e para a União, mas também para os empregados que receberão (se receberem) uma PLR reduzida em decorrência do péssimo resultado econômico-financeiro que é esperado para a ECT em 2013.
Os quase R$ 400 milhões de reais efetivamente perdidos pela ECT, por falta de decisão do Governo Federal sobre a implementação do reajuste após sua aprovação pelo Conselho de Administração, em 22 de maio, farão muita falta, como poderá ser visto quando a ECT anunciar o pífio resultado de 2013.
Nesse cenário, algumas perguntas que nos ocorrem são:
1. O que o Governo Federal espera da ECT? Que encolha? Que reduza suas operações, para abrir espaço para a concorrência privada? O Governo já privatizou aeroportos, estádios de futebol, portos, estradas, já causou prejuízos imensos à Petrobrás… Nos Correios, além dos prejuízos ora citados, promoveu a desprofissionalização e o aparelhamento completo da Empresa, causando perda de qualidade, aumento e reclamações e indenizações, ampliação desmedida dos prazos de entrega, etc. Será que estão preparando os Correios até para um processo de privatização?
2. O Governo Federal tem medo da ruas? Se vai deixar suas estatais sem reajuste de preços num cenário de inflação presente e crescente, vai acabar dando causa a sua morte? É isso que o Governo Federal quer? Alguém no Governo sabe que os preços postais praticamente não influem na inflação e em outros macro-indicadores econômicos? Ou consideram tomates, petróleo e selos a mesma coisa?
3. Quem, de fato, tem autoridade para autorizar um reajustamento de preços calculado com base numa instrução do próprio Ministério da Fazenda? A Secretaria de Serviços Postais? O Ministério das Comunicações? O Ministério da Fazenda? A Presidente da República? A quem devemos apelar, para fazer cumprir o que a própria burocracia governamental definiu como regra e não cumpre?
Leia mais a respeito acessando http://conselhocorreios.blogspot.com.br/2013/10/tarifas-consequencias-da-nao-atualizacao.html
Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.