Falta de agência bancária e Correios gera queixas em distrito de São Carlos
G1
22/11/2016
Moradores de Santa Eudóxia, em São Carlos (SP), reclamam do abandono do distrito. Segundo eles, faz uma semana que vários serviços foram interrompidos.
O comerciante Elias Nascimento contou que está com sete boletos atrasados porque o único banco no distrito parou de atender na semana passada. Agora o comerciante tem que fazer os cálculos para ver se compensa viajar quase 40 quilômetros toda vez que chega perto de um vencimento ou se é melhor esperar para pagar tudo de uma vez.Sem atendimento no distrito, quem precisa de algum serviço bancário só consegue em São Carlos. “Já era difícil porque o banco funcionava duas vezes por semana. Agora a gente gasta, em média, R$ 50 de combustível para pagar as contas”, disse.
Vazamentos
Quem precisa de algum serviço na rede de água ou de esgoto também não encontra. Os moradores dizem que o posto de atendimento Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) fechou há mais de uma semana por falta de funcionários. O posto mais perto fica a 38 km.
Na frente da casa da dona Rosivalda Pereira de Andrade tem um vazamento de água, mas ela disse que não sabe onde reclamar. “Dois meses essa enxurrada de água e ninguém vem consertar”, disse.Correspondências.
Para piorar a situação, os Correios não estão distribuindo correspondências e encomendas no distrito. Os moradores dizem que o único carteiro que faz a região entrou de férias e não tem ninguém para substituí-lo.
Além disso, o posto de atendimento do bairro não está funcionando. A conta de telefone da dona de casa Maria Aparecida Rufina venceu no dia 15, e até agora não chegou.
“É arriscado até sujar o nome da gente porque não chega para pagar”, disse.
O comerciante César da Silva ainda não recebeu as contas de energia e de telefone. Para não pagar com atraso, teve que pedir os boletos pela internet. “Acho que precisa tomar uma providência, colocar alguém no lugar, porque a gente não pode ficar sem um serviço que é de extrema importância”, disse.Sem comunicado.
Os Correios informaram que não receberam nenhum comunicado da prefeitura de que o funcionário responsável pelo atendimento estaria de férias.
A empresa afirmou que vai notificar o município por descumprimento do contrato e a previsão é de que o atendimento seja retomado nesta sexta-feira (25). A assessoria de imprensa da prefeitura informou que aguarda ser notificada para se manifestar.
Já o Saae, apesar do vazamento e da reclamação dos moradores, não admitiu o problema e afirmou que o posto está funcionando normalmente duas vezes por semana.
O Banco do Brasil afirmou que o atendimento no distrito será retomado nesta terça-feira (22).
Estatais federais incentivaram dispensa de mais de 21.500 em 2 anos
O Globo
21/11/2016
A grave crise econômica levou as estatais federais a demitirem, por meio de Planos de Demissão Voluntária (PDV), pelo menos 21.570 pessoas nos últimos dois anos. Preocupado com a sustentabilidade dessas empresas, o governo tem estimulado esse tipo de programa e planos de aposentadoria incentivada, como alternativa para enxugar a folha e, assim, aliviar o caixa. Segundo dados do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento, do fim de 2014 até setembro de 2016, o saldo líquido de funcionários de estatais (que contabiliza contratações menos demissões) ficou negativo em 13 mil. E as dispensas incentivadas vão continuar. A Petrobras anunciou que pretende cortar mais 8 mil — já despediu 7.961 — a Eletrobras quer cortar 5.662 e os Correios outros 8 mil. O Banco do Brasil anunciou ontem que pretende incentivar a aposentadoria de mais 18 mil.De acordo com o relatório do Planejamento, o número de funcionários caiu de 494.370 há dois anos, antes da onda de PDVs, para 481.460 até setembro de 2016. Segundo a Secretaria de Gestão e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Planejamento, só entre 2015 e 2016, quando o arrocho fiscal ficou mais forte, foram aprovados PDVs autorizando demissões de 21.300 funcionários, sem incluir as dispensas da Petrobras, que não precisa do aval do Planejamento para tomar essas medidas.Para Fernando Soares, secretário da Sest, as estatais também têm que contribuir para o ajuste fiscal. Nas empresas que estão em situação financeira mais complicada, diz, o PDV é uma alternativa de enxugamento, para melhorar o caixa:
— Para estatais que estão em situação muito complexa, se tomamos medidas necessárias de enxugamento, seja por PDV, seja por limite na criação de cargos ou funções, isso pode melhorar a situação da empresa e tornar desnecessário que, num futuro próximo, fale-se em um aporte de capital. Estamos, sim, estimulando os PDVs. E as empresas só podem recompor em medida necessariamente menor do que aquela dos que saíram, de modo que isso implique redução dos custos fixos com mão de obra.
Os maiores planos autorizados nos últimos dois anos foram o do Banco do Brasil (BB), com autorização para demissão de até 7.100 empregados; Serpro (4.373); e Caixa Econômica Federal (2.816 em 2015 e 2.544 em 2016). Em vários desses casos, como no BB, na Caixa e no Serpro, o que foi instaurado, na prática, foi um plano de aposentadoria incentivada. Segundo o BB, no banco, o plano consiste em promover “por livre decisão do funcionário, o desligamento dos profissionais que, em 19 de maio de 2015, já estavam aposentados pelo INSS por tempo de contribuição ou idade, ou que possuíam, 50 anos de idade e 15 de empresa”.
RISCO PARA EFICIÊNCIA, DIZ ESPECIALISTA
O Banco do Brasil conseguiu, efetivamente, 4.992 adesões, o que permitirá uma economia de R$ 511 milhões em todo este ano, segundo o banco. Na Caixa, 5.263 empregados aderiram ao plano. O Serpro teve 532 adesões. A Infraero, que está na lista, encerrou um programa que obteve 2.582 adesões. O Banco da Amazônia, 240.
A Sest ainda analisa outros pedidos para realização de PDV. Estão na lista, por exemplo, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que espera que de 6 mil a 8 mil pessoas possam aderir ao plano, e a Eletrobras, que quer desligar mais de 5 mil. Após passar por uma política conturbada no comando da instituição, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) também já sinalizou que quer adotar um programa de demissões incentivadas.
A Sest é responsável pela determinação do quadro máximo de empregados nas estatais. Ela também autoriza os planos de demissão. As autorizações dadas pelo Planejamento são uma estimativa para os desligamentos, ou seja, as estatais podem optar por não demitir exatamente nessa proporção.
“Estabelecido o limite, cabe à própria estatal gerenciar seu quadro de pessoal, em vista de seus objetivos estratégicos, planos de negócios e perspectivas para o curto, médio e longo prazos”, informou a secretaria. A recomposição de pessoal quase sempre é inferior às demissões. O Sest pode enxugar o quadro máximo de pessoal permitido no futuro.
A especialista em contas públicas Margarida Gutierrez, da UFRJ, acredita que os PDVs são uma estratégia válida para as estatais se adequarem ao momento econômico. Ela pondera, no entanto, que a eficiência de algumas empresas pode ser prejudicada por um corte grande de pessoal:
— Há pessoal excessivo, porque tivemos um crescimento da economia nos últimos anos e mais contratações. Como na estatal você não pode demitir, o quadro dos últimos anos ficou, mas a produção não é mais a mesma. É uma estratégia para se ajustar ao novo momento, mas há preocupação com a eficiência que deve ser analisada caso a caso.
NOS ESTADOS, MAIS INCENTIVOS
Os PDVs também têm sido utilizados como estratégia por estados brasileiros que querem diminuir a conta com pessoal. É o caso, por exemplo, do Distrito Federal e de Santa Catarina. O DF estima que pelo menos 500 pessoas já aderiram ao plano de demissões. Um novo PDV foi implantado na Sociedade de Abastecimento de Brasília (SAB), que tem 327 funcionários em exercício e 287 empregados que se encaixam no perfil estabelecido pelo plano, que fixa idade mínima de 50 anos. Já Santa Catarina prevê plano de demissão para 144 empregados.
A Petrobras e a Eletrobras estão com planos de incentivo ao desligamento que prevê uma redução de pessoal nas duas estatais de cerca de 13.600 empregados. A meta da Petrobras é reduzir em mais 10% o quadro de pessoal até o ano que vem, enquanto a Eletrobras pretender cortar em torno de 30% seu quadro de pessoal.
Ao fim do terceiro trimestre do ano, a Petrobras tinha 71.152 empregados, incluindo suas subsidiárias, contra 79.113 no mesmo período do ano passado, um corte de 10%, com demissão de 7.961. A dispensa foi resultado de dois programas de demissão. Num primeiro PDV, foram demitidos cerca de 4 mil. No mais recente Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), foram mais 4 mil. Porém, 12 mil funcionários aderiram ao programa, portanto a estatal espera que mais 8 mil sejam dispensados até o próximo ano, em mais um corte de 10% do pessoal. Para os custos com o PIDV, a Petrobras provisionou R$ 2,4 bilhões. A Eletrobras lançou dois planos e pretende reduzir o quadro do grupo dos atuais 18.702 funcionários para 13.044.
Pesquisa mostra rejeição a corte de gastos
públicos com saúde e educação
Folha SP
21/11
Uma pesquisa coordenada por professores da Unifesp e da USP mostra rejeição em São Paulo à ideia de que o governo pode cortar gastos com saúde e educação em momentos de crise. Cerca de 85% das pessoas são contra a medida, tanto entre mais pobres (com renda de até R$ 1.760) quanto entre mais ricos (renda superior a R$ 17.600).
Termômetro
“Quisemos medir o consenso sobre medidas privatizantes, de Estado mínimo e cortes sociais que estão na agenda do governo de Michel Temer”, diz a socióloga Esther Solano (Unifesp), que conduziu o levantamento, com 1.058 entrevistas em toda a cidade, ao lado de Marcio Moretto Ribeiro e Pablo Ortellado (ambos da USP). As perguntas eram ligadas a temas como PEC do Teto e reforma da Previdência.
Dois lados
Segundo o estudo, o “consenso não liberal” é maior entre os entrevistados mais pobres. A eventual privatização de estatais como os Correios, por exemplo, é repudiada por 48% das pessoas na faixa salarial mais baixa. Na mais alta, o percentual cai para 26%.
Veja bem
O governo Temer diz que o projeto de congelamento dos gastos federais não significa corte de verbas para saúde e educação, que seriam mantidas no orçamento.
Terceirizados dos Correios interditam rua durante protesto no Centro do Rio
G1
21/11/2016
Uma manifestação de funcionários terceirizados dos Correios interdita uma faixa da Rua Visconde de Inhaúma, na altura da rua Alcântara Machado, no Centro do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (21).
Segundo um dos funcionários, pelo menos 200 pessoas estão no local. Os manifestantes pedem o pagamento do salário atrasado. Segundo eles, a empresa terceirizada alega que o correio não fez o depósito para o pagamento.
“Já estamos há dois meses sem receber salário. Nós vamos caminhar até a sede dos Correios na Presidente Vargas “, disse um funcionário da empresa. O G1 entrou em contato com os Correios, mas até a publicação desta reportagem não tinha obtido resposta.
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que, em função do protesto, foram bloqueadas as seguintes vias: acesso para a R. Visconde de Inhaúma na altura da Av. Rio Branco. As vias já foram liberadas.
Em nota, os Correios informam que estão em dia com os pagamentos referentes aos atuais contratos junto ao Grupo Empreza (EMPZ), que fornece serviços de mão-de-obra temporária. Com base nas cláusulas contratuais, a estatal está avaliando as medidas administrativas cabíveis para solucionar o caso.
BB diz que tem interesse no Banco Postal, se condições mudarem e preço cair
IstoÉ
21/11/2016
O Banco do Brasil respondeu na sexta-feira, 18, aos questionamentos dos Correios sobre os motivos que levaram a instituição a não fazer um lance pelo Banco Postal. Além do BB, Bradesco e Itaú Unibanco também retiraram o edital e foram questionados pela estatal sobre o fracasso do leilão.
O presidente do BB, Paulo Caffarelli, disse nesta segunda-feira, 21, que o banco só tem interesse em continuar com o negócio se as condições forem revistas e o preço adequado para gerar resultados.
Os bancos afirmam que os Correios pediram um preço muito alto pelo Banco Postal: R$ 600 milhões iniciais e outros R$ 600 milhões no começo do sexto ano da operação. Pela utilização da rede e participação nas tarifas bancárias, os Correios pediram outros R$ 2,4 bilhões ao longo dos primeiros dez anos do contrato.
Campanha dos Correios já recebeu 5 mil cartas com pedidos de presentes
G1
21/11/2016
Com a proximidade do período natalino, as crianças de baixa renda que vivem em Pernambuco podem ter alguns dos seus desejos realizados. Pelo 27º ano consecutivo, acontece no Recife a tradicional campanha das cartas do Papai Noel dos Correios. Segundo o órgão, foram enviadas até agora 5 mil cartas.
Todas elas estão sendo expostas na Agência Central da Avenida Guararapes, no bairro de Santo Antônio, no Centro da capital pernambucana. Os pedidos devem ser feitos até o dia 9 de dezembro.Para receber a doação, é preciso que o remetente seja uma criança de até 10 anos, que deve escrever uma carta à mão pedindo brinquedo, roupa, calçado ou material escolar. Depois, a carta deve ser enviada pelos Correios à Agência Central do Recife, que reúne os presentes os presentes doados.
Os doadores, chamados de padrinhos e madrinhas, devem ‘adotar’ uma das cartas e precisam entregar o presente à mesma agência até o dia 23 de dezembro, para que as crianças possam receber as doações no dia do Natal. Por segurança, o endereço delas não é divulgado aos voluntários.
Desde 2010, a ação conta com uma parceria com escolas, creches e abrigos públicos, o que ajuda a alcançar mais crianças em condições de vulnerabilidade social. No ano passado, foram entregues aproximadamente 8 mil presentes em Pernambuco. Os interessados em participar da campanha devem acessar o site dos Correios.
Raí assume novo papel e quer influenciar políticas públicas
O Estado de S.Paulo
18 Novembro 2016
Se Sócrates foi o líder da Democracia Corintiana, seu irmão Raí agora é o expoente de uma nova forma de fazer política. Eleito presidente da Atletas pelo Brasil, ele substitui a ex-jogadora de vôlei Ana Moser em uma instituição que traz um novo conceito ao esporte brasileiro: o advocacy. Como sintetiza o ex-craque, “influenciar as políticas públicas é o nosso principal objetivo”.
Não trata-se exatamente de lobby, ainda que esta seja uma etapa desse processo. “Advocacy é escolher a meta, levantar os indicadores e a partir daí traçar uma estratégia. O lobby, a conversa de antessala, é parte dessa estratégia. Até chegar a ele você tem uma estratégia de comunicação, de mobilização da sociedade civil como um todo”, explica Raí, que chegou a ser presidente da mesma ONG em seus primórdios, há 10 anos, quando ela ainda se chamava Atletas pela Cidadania e tinha como foco não o esporte, mas novas oportunidades para a juventude, especialmente pelo Jovem Aprendiz.Agora, Raí volta ao comando da ONG que tem mais de 70 atletas e ex-atletas filiados, gente do calibre de Clodoaldo Silva, Lars Grael, Patrícia Medrado, Paulo André, Gustavo Borges e Marcel de Souza, só para ficar entre diretores e conselheiros fiscais. Boa parte deles, como Raí, têm seus próprios projetos sociais. A Atletas pelo Brasil, que ganhou esse nome em 2011, vai muito além.
Há três anos, a grande conquista da entidade foi a introdução do Artigo 18-A na Lei Pelé, que, entre outras coisas, limita a uma a reeleição de dirigentes de entidades esportivas que recebem recursos públicos. Presidente da Atletas pelo Brasil à época, Ana Moser se reuniu com os líderes partidários para que a emenda fosse aprovada na Câmara e no Senado.Agora, caberá a Raí liderar o movimento, que atualmente tem três metas principais: dobrar o nível de atividade física na população em geral, ampliar o espaço do esporte dentro das escolas e repensar o Sistema Nacional de Esporte, que vai definir a responsabilidade de cada ente do estado no esporte.
“A gente quer que seja debatido, seja democrático, tenha a ver com as nossas metas. Hoje você tem programas municipais de esporte, estaduais, ligados ao ministério, que não se conversam, se repetem, e não têm integração com saúde e educação”, critica Raí.
O grande trunfo da Atletas pelo Esporte para os próximos anos, entretanto, é o Pacto pelo Esporte, auto-regulamentação criada em 2015 e que vai efetivamente entrar em prática em outubro de 2017. As empresas signatárias – gigantes como Banco do Brasil, P&G, Bradesco, Correios e Itaú – se comprometem a só firmar novos contratos de patrocínios com entes esportivos que cumpram determinados padrões de governança e transparência.
A ação não vai se restringir às confederações esportivas, tanto que uma comissão foi criada com patrocinadores ligados ao futebol. A ideia é que os clubes também adotem esses padrões para serem aptos a receber patrocínios das empresas signatárias.
“O Flamengo, por exemplo, já está com uma conduta de gestão bem mais transparente, exemplar diria, até. O presidente (Eduardo Bandeira de Melo) faz questão de dizer: pode vir aqui, já estou cumprindo tudo que foi escrito por vocês. O Pacto já está tendo influência no futebol. Outros clubes nos procuraram”, conta Raí.
A um semestre de terminar um curso de mestrado exclusivo a ex-atletas, que tem módulos na França e na Inglaterra, Raí se prepara para um novo momento da vida. Ainda sob a presidência de Ana Moser, a Atletas pelo Brasil se posicionou contra as indicações de George Hilton e Leonardo Picciani para o Ministério do Esporte. A própria ex-jogadora, aliás, chegou a ser cogitada para o cargo.
Agora, é de Raí esse papel de liderança. “Estou muito motivado porque temos avançado, nossa voz está sendo mais ouvida, estamos sendo mais respeitados”, avalia o ex-jogador, que tem mandato até 2018.
Carta dos Brasileiros aos Correios.Chegará a Tempo?
Agacor
Em 16 de novembro de 2016
Em anexo o artigo publicado no Correio do Povo no dia 09 de novembro, de autoria do nosso colega Jorge Celso Gobbi.
Recomendamos a leitura e acompanhamento.
http://agacor.com.br/paf.asp?catego=12&exibir=325#