Adcap Net 22/05/2018 – Privatizar Correios é impossível, diz governo. Saiba o que pode ser feito – Veja mais!

Privatizar Correios é impossível, diz governo. Saiba o que pode ser feito

Gazeta do Povo
22/05/2018

A privatização dos Correios, de forma ampla, é algo “impossível”, na visão do principal técnico do governo federal responsável pelos processos de desestatização. Mas a empresa deve passar por mais enxugamentos em sua operação, com o fechamento de agências, e parte de suas atividades podem ser separadas, para que serviços sejam prestados por parceiros privados.“Na minha visão de técnico, sem confrontar a visão política, analisando a indústria dos Correios, é impossível a privatização”, afirmou o secretário da Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Ministério do Planejamento, Fernando Soares, com exclusividade à Gazeta do Povo.

“Vamos parar com isso de achar que o mundo é preto ou branco, ou oito ou oitenta. O mundo é cinza. Eu não preciso necessariamente privatizar. Tem setores que são de atuação estatal, e que eu posso trazer o [parceiro] privado para dentro para participar comigo”, afirmou o secretário.

Para os Correios, está em análise – neste momento, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) – a criação de uma parceria estratégica entre a estatal e a empresa de transportes aéreos Azul. Como o setor de entregas (no qual os Correios têm como produto principal o Sedex) é aberto à concorrência privada, uma empresa poderia participar em uma joint-venture com os Correios para a prestação desse serviço.

“Isso gera um negócio tremendo para os Correios e para Azul. Tem de ser bom para os dois. Seria no formato de uma joint-venture, na qual você faz uma sociedade separada dos Correios, para ter parceria apenas naquele negócio, naquela atividade”, explicou Soares.

A Azul teria sido a escolha dos Correios para que uma parceria no setor de encomendas após análise do mercado e dos concorrentes. Foram feitas diversas análises das empresas do setor de transportes, como capacidade de investimento, robustez de índices econômico-financeiros, capacidade de atendimento, até se chegar ao nome da Azul.

“Não foi uma escolha, ‘eu vou chamar a Azul’, se não eu estaria burlando o processo competitivo. É mais moderno esse conceito. Eu não vou chamar uma licitação, é uma parceria estratégica. Foi feito um processo competitivo”, explicou Soares.

Há outras possibilidades em estudo para os Correios, mas que não foram antecipadas pelo secretário. A empresa tem registrado resultados negativos nos últimos anos e vem perseguindo medidas de contenção de custos, cortes de funcionários e fechamento de agências.

A Sest, comandada por Fernando Soares, vem trabalhando para aumentar a governança das estatais, buscar novas ferramentas de parcerias privadas, e também reduzir a participação estatal em alguns setores.

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Em dois anos, o número de estatais no país passou de 156 para 142, segundo dados antecipados pela Gazeta do Povo. Desde o último Boletim de Empresas Estatais divulgado pelo Ministério do Planejamento, foram retiradas da lista duas refinarias da Petrobras, parte do plano de desinvestimento da petroleira.

A abertura a parcerias com agentes privados nas estatais pode ajudar a aumentar a governança e transparência na atividade das empresas públicas. Para o secretário, não basta dizer que o Estado deveria ser menor e que tudo deve ser privatizado, pois mesmo isso demanda tempo e longo processo de estudos e burocracias, mas é possível se buscar formas e ferramentas modernas de parcerias entre poder público e setor privado.

“A nossa lógica é: será que o Estado tem que tomar conta daquilo? Será que aquilo não está me gerando custos de transação? Será que aquilo é eficiente? Será que aquilo não é uma grande área-meio?”, disse Soares.

Um grupo de trabalho entre ministérios e Correios estuda o que pode ser feito para melhorar o resultado da empresa. O fechamento de agências está no rol de ações que os Correios deverão adotar. Soares explica que o objetivo é concentrar a atividade em unidades dos Correios que sejam sede nos municípios, para fechar outras unidades.

Outra medida é o aumento da governança e transparência. O secretário defende que as estatais tenham níveis de transparência iguais aos que são exigidos pelos acionistas das empresas privadas. No caso dos Correios, desde dezembro do ano passado a empresa vem realizando melhorias nos seus processos internos e conseguiu maior transparência em seu indicador de governança, medido pela Sest. A nota da empresa subiu de 3,3 em dezembro de 2017 para 7,6 em março de 2018, acima da média das estatais.

O rombo na contabilidade dos Correios é grande e já está mapeado pelo governo. Em dezembro de 2017, a Controladoria Geral da União (CGU) publicou relatório apontando que de 2011 a 2016 a empresa teve uma piora nas suas contas, com prejuízos desde 2013. Isso corroeu o patrimônio da empresa, que caiu quase 93% no período.

Sem gerar receitas suficientes para cobrir seus gastos, a partir deste ano a empresa corre o risco de se tornar dependente do Tesouro Nacional, passando a precisar de aportes financeiros no Orçamento – ou seja, utilizando recursos que deveriam ir para outras áreas, como saúde e educação.

A “receita líquida de vendas e dos serviços” subiu apenas 6,34% em 2016, bem abaixo do aumento médio do “custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados”, de 11,34%. Ou seja, a despesa subiu mais que a receita, corroendo patrimônio da empresa.

Programa Jovem Aprendiz dos Correios entra na última semana de inscrições

Extra
Publicado em 22/05/18

Quem quiser concorrer a uma das 4.983 vagas no Programa Jovem Aprendiz dos Correios precisa ficar atento aos prazos. As inscrições podem ser realizadas até a próxima terça-feira, dia 29. Além das oportunidades já anunciadas, a seleção também vai formar um cadastro de reserva.

De acordo com as regras, os aprovados vão receber um salário de R$ 448,46, vale-transporte, vale-refeição e uniforme. Os jovens também serão matriculados em curso de aprendizagem do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Além do curso, a jornada será de 20 horas semanais, por 12 meses consecutivos.Os pré-requisitos são: ter entre 14 e 22 anos completos, no ato da contratação, estar cursando, no mínimo, o 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série) e não ter sido contratado anteriormente como jovem aprendiz pelos Correios e/ou mantido vínculo empregatício com a empresa.

De acordo com o edital, a idade máxima prevista não se aplica às pessoas com deficiência e, do total, 10% das oportunidades por cidade/município de aprendizagem, turno e faixa etária serão reservadas às pessoas com deficiência.

As incrições vão até o dia 29 de maio, pelo site.

Estado do Rio

Apenas no Estado do Rio, são mais de 380 chances imediadas na capital, Região Metropolitana e interior. A relação de vagas está no Anexo I.

MPT cobra dos Correios mais segurança nas agências após roubos em MS

Correio do Estado
22 MAI 2018

O Ministério Público do Trabalho ajuizou ação civil pública com pedido de urgência contra a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, cobrando mais segurança nas agências localizadas em Mato Grosso do Sul. As unidades têm sido alvos frequentes de roubos e arrombamentos, o que oferece risco a funcionários, clientes e ao patrimônio. O caso mais recente ocorreu em março deste ano, quando dois homens armados renderam funcionários de uma unidade em Paranaíba.

No estado, há 110 agências que atendem a 79 municípios, sendo que somente 16 não operam o serviço de correspondente bancário. Apenas entre março e maio de 2016, foram quatro assaltos nos municípios de Miranda, Ribas do Rio Pardo, Sidrolândia e Terenos, sendo todos os fatos praticados por uma única quadrilha, conforme apontaram as investigações. Além dos assaltos, o sindicato informou que houve naquele ano 21 arrombamentos noturnos, entre tentados e consumados.

A denúncia sobre esse risco, que também atinge a coletividade, foi apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares junto ao Ministério Público Estadual, que encaminhou a notícia ao Ministério Público do Trabalho.

Os empregados ressaltaram que os sistemas de segurança das agências são ineficazes e que o descaso da empresa em adequar as instalações às normas de proteção ao meio ambiente de trabalho tem repercutido efeitos maléficos aos trabalhadores, clientes e visitantes que circulam nas dependências das unidades.

“A esmagadora maioria das agências do Estado de Mato Grosso do Sul, por exemplo, não tem portas giratórias de segurança ou dispõe de vigilância armada ou circuito fechado de TV digital. Essa situação torna os estabelecimentos presas fáceis para a atividade criminosa, violência esta suportada por seus empregados e por toda a população consumidora do serviço”, sustentou o procurador do MPT-MS Hiran Sebastião Meneghelli Filho.

Ele acrescentou que há forte tendência da jurisprudência trabalhista em reconhecer a necessidade de adoção de medidas de segurança correspondentes ao risco da atividade.  Na ação, Hiran Meneghelli Filho também alertou que as perdas econômicas efetivas deveriam ser consideradas, visto que se tratam de valores garantidos pelos cofres públicos.

Como solução para as negligências apontadas, o procurador pediu que sejam adotadas, nas agências de banco postal, em prazo não superior a 120 dias, o sistema de segurança previsto no art. 2º da Lei nº 7.102/83, que inclui: a contratação de vigilantes; alarme capaz de permitir comunicação entre o estabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa de vigilância ou órgão policial mais próximo; e demais dispositivos de segurança.Além disso, requereu a instalação, em prazo não superior a 90 dias, de porta de segurança com detector de metal. Como penalidade para o descumprimento, sugeriu a fixação de R$ 10 mil por dia de atraso de cada uma das obrigações.

Já a título de danos morais coletivos, propôs o pagamento de indenização no valor de R$ 300 mil, que deverão ser revertidos em favor do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ou a entidade de caráter público ou então particular de caráter social/assistencial. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos tem até o dia 13 de junho para se manifestar sobre o pedido de tutela provisória.

Alternativa aos Correios: e-commerce precisa de novas soluções logísticas

E-Commerce News
22/05/2018

Está mais do que na hora do seu e-commerce buscar uma alternativa aos Correios.

As notícias que vem da estatal não são nada boas.

A mais recente delas aponta para uma redução drástica na rede de atendimento.

Para quem vende, significa maior chance de enfrentar problemas na entrega, gerando insatisfação no consumidor e todos os transtornos que vêm no pacote.

Neste artigo, vamos falar de novas soluções logísticas e apresentar boas razões para você considerá-las.

Por que você precisa de uma alternativa aos Correios

Mais de 500 agências dos Correios em todo o Brasil devem ser fechadas nos próximos meses, revela esta reportagem do Estadão.

A rede de atendimento deve ser reduzida muito em razão do prejuízo recorderegistrado no ano passado, quando alcançou R$ 1 bilhão.

O tamanho do rombo foi tanto que o governo federal chegou a discutir a privatização da estatal – decisão que ficou para outro momento.

Em meio a esse turbilhão de notícias negativas, clientes dos Correios também foram atingidos.

A empresa pública conseguiu derrubar liminar da ABComm, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, validando o reajuste no valor do frete.

Ou seja, um serviço que já gera um alto número de queixas, fica ainda mais caro.

Entre vendedores e consumidores, é difícil achar quem esteja satisfeito com as soluções que os Correios oferecem.

Basta uma rápida visita ao portal Reclame Aqui para identificar motivos suficientes para buscar uma alternativa aos serviços da estatal.

Em 12 meses, a empresa recebeu 61.649 reclamações na plataforma
Nenhuma queixa foi respondida aos seus consumidores/clientes
Atraso na entrega, qualidade do serviço prestado e demora na execução são os principais focos de insatisfação
Há também um alto número de registros relacionados a mau atendimento e até entregas realizadas em endereço errado
A nota dos Correios no Reclame Aqui é 1,26 em um total de 10 pontos possíveis
Sua reputação é classificada como “não recomendada”, o que é inferior até mesmo às empresas avaliadas como ruins.
Agora, cabe perguntar: você quer ter esse tipo de parceiro para o seu negócio e, de quebra, atrair um pouco dessa reputação negativa para ele?

Solução logística já existe

A crise nos Correios é grave, inegavelmente.

Mas mesmo que desconsideremos o cenário, se o serviço oferecido pela estatal fosse nota 10, ele ainda seria insuficiente para as pretensões do seu negócio.

Quer entender por quê? Veja só problemas comuns ao seu modelo logístico:

Sucesso da entrega depende de localizar o consumidor no endereço informado
Área na qual o destinatário mora precisa ser atendida pelo serviço
Se for um edifício, pode ser necessária autorização para que porteiro receba a encomenda
Para retirar objetos em agências, o horário de atendimento é restrito
Com frequência, consumidor precisa se sujeitar a extensas filas nos locais
O mesmo se repete em demandas de logística reversa, havendo necessidade de troca ou devolução de produtos.

Se você observar com atenção essa lista que acabamos de apresentar, vai perceber que muitos dos pontos falhos na logística não são restritos aos Correios.

Quando o seu e-commerce utiliza transportadoras para a entrega ou coleta de objetos, enfrenta desafios comuns.A verdade é que a operação se torna onerosa para alcançar individualmente o endereço de cada consumidor.

Mas a boa notícia é que tudo isso já tem solução e ela é um tanto inovadora, ao menos por aqui.

Por que adotar pick up points

Fora do Brasil, o modelo de pick up points já vem sendo utilizado há alguns anos, e com altas taxas de sucesso.

Também chamado de pontos de retirada, ou click & collect, são locais físicos que funcionam como espaços para retirada e devolução de mercadorias adquiridas no comércio eletrônico, em uma experiência omnichannel.

Funciona assim:

O consumidor faz a compra em sua loja virtual
No checkout, escolhe para entrega a opção de retirada em ponto cadastrado
Ele, então, localiza o estabelecimento mais conveniente para o serviço
Dentro de um prazo, como sete dias úteis, ele comparece ao local para retirar a sua encomenda.Como dá para ver, o processo é bastante simples.

O consumidor sai satisfeito por ter acesso à sua compra em dia e horário de sua preferência, pagando menos por isso.

O varejista economiza com custos logísticos, já que direciona as encomendas para um menor número de pontos.

Já o proprietário do estabelecimento físico vê o fluxo de pessoas aumentar na sua loja e, não raro, gera vendas adicionais no momento da entrega – o que pode acontecer em quase 70% das vezes, segundo este estudo, realizado pela IRI Worldwide.

Considerando demandas de logística reversa, há também uma economia importante, já que hoje o produto para troca ou devolução precisa ser coletado individualmente ou ser despachado pelos Correios.

É interessante observar ainda que, em alguns países onde os pick up points já estão presentes há mais tempo, como Estados Unidos, França e Inglaterra, essa já é a forma de entrega mais utilizada.

Outra pesquisa, realizada por Cybertill e divulgada pela Revista Forbes, apontou que 17% dos entrevistados sequer comprariam se não pudessem recorrer ao serviço.

Pontos de retirada são a melhor alternativa aos Correios

Acabamos de destacar os pontos de retirada como solução logística para o e-commerce ao redor do mundo.

É verdade que esse modelo está bastante consolidado no exterior, mas você já pode fazer uso dele para o seu varejo aqui no Brasil.

A Pegaki é a primeira e maior rede de pick up points do país, com mais de 100 locais ativos em São Paulo e no Rio de Janeiro e outros mil sendo preparados para entrar em operação.

Mais de R$ 1 milhão em produtos já foram entregues em pontos de retirada Pegaki.

Também mais da metade dos 3,5 mil pedidos recolhidos pelos consumidores foram retirados 24 horas após a compra – alguns em até 30 minutos.

E se você procura uma alternativa aos Correios, aqui vai mais um fato incontestável: o serviço tem média NPS de 4,8 (nota de 1 a 5 de satisfação dos clientes).

O que está esperando?

Em crise, Correios têm prejuízo bilionário

Folha PE
19/05/18

Os Correios vivem há alguns anos um momento de crise. Em 2015 e 2016, a empresa teve um prejuízo anual de R$ 2 bilhões. No ano passado, o prejuízo foi de R$ 1 bilhão. Em 2017, um levantamento apontou que das 6.500 agências espalhadas pelo país, apenas 800 eram lucrativas para a empresa.

No ano passado, os Correios fizeram três PDVs (planos de demissão voluntária), com o objetivo de reduzir em mais de 11 mil pessoas o número de empregados. A empresa tinha 108 mil funcionários no Brasil, e o governo federal chegou a cogitar a privatização da empresa.

Apesar dos problemas e do aumento na insatisfação dos clientes, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), disse, nessa sexta (18), que o governo não pretende mais privatizar os Correios durante a gestão do atual presidente, Michel Temer (MDB).

Questionado pelo site G1, o ex-prefeito de São Paulo afirmou que “não faz sentido” dar prosseguimento à proposta de privatização neste momento, a poucos meses da eleição presidencial e já nas proximidades do fim do governo atual. “Deixaremos como legado uma empresa recuperada. E o debate [sobre a privatização dos Correios] vai ficar para o próximo governo”, disse.

Direção Nacional da ADCAP.

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