Receita de serviços cresce 6,6% em agosto, diz IBGE

Estadão
17 de outubro de 2013


A receita bruta do setor de serviços subiu 6,6% no mês de agosto, ante igual mês de 2012, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 17, ao divulgar a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). A receita bruta do setor acumula altas de 8,3% no ano e de 8,6% em 12 meses. O IBGE revisou o dado sobre a receita bruta nominal do setor de serviços de julho de 2013 ante julho de 2012. O crescimento, que havia sido apontado em 9,0%, passou para 9,1%.


Estados. A renda nominal bruta do setor de serviços cresceu em 26 das 27 regiões pesquisadas, na comparação de agosto contra agosto de 2012. A única exceção veio do Amapá, que teve variação negativa de 1,7% na renda nominal do segmento.


As maiores taxas foram observadas em Mato Grosso (20,6%), Distrito Federal e Tocantins (ambas com 15,2%), Alagoas (14,7%) e Mato Grosso do Sul (13,9%), sempre na comparação de agosto contra agosto de 2012. Já as menores taxas positivas foram apuradas em Pernambuco (3,8%), Roraima (1,2%) e Acre (1,0%). O Estado de São Paulo teve crescimento de 5,8% na renda bruta nominal dos serviços. Já o Rio de Janeiro teve alta de 5,3% no período.


Segmentos. O segmento dos serviços prestados às famílias cresceu 11,3% em agosto sobre igual mês do ano anterior. O resultado é inferior à taxa observada em julho (12,8%) e superior à de junho (9,0%). Nesse segmento, o acumulado do ano chega a 10%, com destaque para os serviços de alojamento e alimentação (+10,8% no ano).


O segmento de transportes, segundo o IBGE, teve alta de 8% em agosto de 2013 ante igual mês do ano anterior. No acumulado do ano, a alta chega a 10,7%, com destaque para o transporte aéreo (+17%) e o aquaviário (+16,6%).

Os serviços de informação e comunicação registraram crescimento de 4,8%, inferior às taxas de julho (+7,0%) e de junho (+7,6%). Mesmo assim, o segmento contribuiu com quase 25% da taxa mensal de agosto, com impacto de 1,6 ponto porcentual. No ano, a alta acumulada é de 6,6%.


O crescimento dos serviços profissionais, administrativos e complementares ficou em 6,6% em agosto, ante igual mês do ano anterior. Em julho, a alta havia sido de 8,6%, e em junho, de 7,9%, no mesmo tipo de comparação. No ano, a alta acumulada é de 8,1%.


O segmento de outros serviços teve alta nominal de 3,6% em agosto ante agosto de 2012, e de 4,7% no acumulado do ano. Os dados de renda bruta não descontam a inflação no período. A série ainda não conta com dados ajustados pois, segundo o IBGE, seria necessário ter uma série de pelo menos quatro anos. A pesquisa começou a ser apurada em janeiro de 2012.


Transportes. O setor de transportes foi o principal impacto na variação da renda bruta nominal dos serviços em agosto ante agosto de 2012. Sozinho, o segmento contribuiu com 1,6 ponto porcentual na taxa de 6,6% observada na renda dos serviços.


A desaceleração na demanda por transportes ajudou a puxar a taxa geral para um nível abaixo do que havia sido registrado em julho, de 9,1% (dado revisado). O desaquecimento só não foi observado no transporte aéreo, cuja alta na renda nominal em agosto foi de 22,1%, ante 19,4% em julho (sempre na comparação com igual mês do ano anterior).


No setor de transporte terrestre, que abrange o transporte de cargas, a renda cresceu 8,4% em agosto, contra 13,4% em julho, em base anual. O transporte aquaviário teve renda 17,4% maior em agosto, ante expansão de 21,6% em julho. Os serviços de armazenagem e auxiliares aos transportes e correios tiveram alta na renda de 2,1% em agosto, contra 6,9% em julho, na esteira da menor demanda por transporte de cargas. As comparações são feitas contra igual mês do ano anterior. O conjunto do setor de transportes teve alta na renda bruta de 8% em agosto, contra 12,5% em julho. Os dados não descontam a inflação do período.


A pesquisa. Segundo o IBGE, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) é o primeiro indicador conjuntural mensal que investiga o setor de serviços no País. Ele abrange as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores da saúde, educação, administração pública e aluguel imputado (valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram).


A pesquisa foi inaugurada em agosto, com série histórica desde janeiro de 2012. Produz índices nominais de receita bruta, desagregados por atividades e com detalhes para alguns Estados, divididos em quatro tipos principais: o índice do mês frente a igual mês do ano anterior; o índice acumulado no ano; o índice acumulado em 12 meses; e o índice base fixa, comparados à média mensal obtida em 2011.


Ainda não há divulgação de dados com ajuste sazonal (mês contra mês imediatamente anterior), pois, segundo o IBGE, a dessazonalização requer a existência de uma série histórica de aproximadamente quatro anos.

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