Adcap Net 07/08/2018 – Funcionários dos Correios decidem nesta 3ª feira se entram em greve – Veja mais!

Funcionários dos Correios pagam pelo prejuízo causado pela má gestão do fundo Postalis, afirmam debatedores

Senado Notícias
06/08/2018

Os funcionários dos Correios estão pagando pelo déficit causado pela má gestão do fundo de pensão Postalis. Essa situação foi apresentada na audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) nesta segunda-feira (6). A iniciativa da reunião foi do senador Paulo Paim (PT-RS).

Segundo o representante da Associação Gaúcha dos Aposentados dos Correios e Telégrafos, Luiz Fernando Silveira Neto, o déficit do Postalis chega a R$ 16 bilhões. E, a seu ver, para cada fatia dessa dívida deve ser tomada uma estratégia diferente.

— Há dinheiro a se recuperar do banco BNY Mellon. A sugestão é que se busque apoio para solucionar o problema junto a Advocacia Geral da União. O Postalis não quer um centavo do Tesouro Nacional. Apenas quer recuperar seu patrimônio sólido que está em mãos de terceiros de forma indevida — afirmou.

Em janeiro deste ano, o Ministério Público Federal (MPF), com o apoio da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e do Postalis, ingressou com ação civil pública cobrando mais de R$ 8 bilhões do banco BNY Mellon em favor do Postalis.

No documento, o MPF pede que o BNY Mellon recompre as cotas de investimento do Postalis pelos mesmos valores informados ao Instituto pelo próprio banco e ressarça os valores relativos às taxas de administração que o Postalis pagou ao banco de forma indevida. A ação solicita ainda indenização por danos morais por considerar que a má gestão do banco no Postalis gera desconfiança e incerteza para os 130 mil participantes do fundo.

Funcionários
Para os participantes da audiência, o fato de, em 2014, os Correios terem suspendido o pagamento da Reserva Técnica sobre Serviços Anteriores (RTSA) contribuiu para o déficit do Postalis. A reserva técnica é referente a um pagamento previdenciário que deixou de ser feito pela empresa estatal naquele ano, onerando assim o próprio Postalis. Segundo o vice-Presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP), Maurício Lorenzo, essa parcela do déficit está sendo paga pelos funcionários do Correios.

— O que nos preocupa é que o gestor do Postalis usa o verbo no futuro e nós não temos tempo para isso. Corremos contra a situação em que os participantes ativos pagam a mais e os aposentados estão tendo uma redução do seu benefício para cobrir o déficit gerado. Nós somos vítimas de pessoas que realizaram fraudes — declarou.

Intervenção
Em outubro de 2017, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) decretou intervenção no Postalis pelo prazo de 180 dias e, em abril deste ano, prorrogou o prazo pelo mesmo período. De acordo com o interventor do instituição, Walter Parente, um dos objetivos da intervenção é justamente minimizar o custo para os participantes.

— A questão do Postalis é muito complexa. Isso [recuperar o fundo] não se faz de forma atropelada, sob pena de meter os pés pelas mãos. O Postalis é a instituição sobre a qual mais o Ministério Público Federal joga luz. Existem quatro equipes lá trabalhando em prol disso — afirmou.

Para o senador Paulo Paim, o problema enfrentado pelo Postalis é um reflexo da tentativa do governo de privatizar os fundos de pensão.

— Querer privatizar os fundos de pensão vai na mesma linha da privatização da Previdência. As pessoas percebem que não vão se aposentar e começam a investir na poupança ou vão para um fundo de pensão privada — disse Paim.

Os Correios no novo governo – problema ou “joia da coroa”?

Blog União Para Fazer Acontecer
7 de agosto de 2018

Com a aproximação das eleições presidenciais, temos observado o que falam os candidatos a respeito dos Correios e procurado contribuir de alguma forma para que entendam melhor o que é a Empresa, sua importância para o Brasil e quais são seus reais problemas.

Nesta postagem, tentaremos trazer mais uma contribuição, consolidando algumas informações e ideias sobre os Correios, na expectativa de que esse exercício seja útil ao próximo governo.

Missão Constitucional

A Constituição Federal prevê, em seu artigo 21, que compete à União “manter o serviço postal e o correio aéreo nacional”. Assim, diferentemente de outras estatais, os Correios existem para cumprir uma missão pública expressa na própria constituição.

Interesse Público subjacente às atividades empresariais

Em sua Carta Anual, publicada no LINK, os Correios informam, entre outras coisas, que: “Os Correios oferecem infraestrutura relevante para viabilização de políticas públicas, integração nacional e inclusão social, com sua rede de agências e seus serviços financeiros, de logística e de comunicação, à disposição da população, das empresas e das instituições.”
De fato, além de constituir uma infraestrutura que viabiliza uma séria de negócios, como, por exemplo, os empreendimentos de comércio eletrônico, os Correios são um mecanismo de integração nacional e de inclusão social bem evidente, que facilita e melhora a vida dos brasileiros em todos os cantos do país.

Organização de grande porte

Muitas pessoas só conhecem os Correios pelo carteiro que atende seu domicílio ou pelas agências postais, mas, por trás dessa face mais visível, está uma organização de grande porte. Com faturamento em torno de R$ 20 bilhões por ano, um quadro de pessoal próprio de cerca de 106.000 trabalhadores, milhares de unidades de atendimento, tratamento e distribuição espalhadas pelo país, os Correios são uma das maiores estatais brasileiras.

Gestão

Organizações do porte dos Correios não podem simplesmente ser entregues a partidos políticos e nem ter seus dirigentes indicados por políticos ou por grupos de interesse. Os dirigentes devem ser devidamente selecionados entre executivos com grande experiência e adequada qualificação para a missão que desenvolverão. E essa qualificação vai muito além da régua rasa estabelecida pela Lei nº 13.303/2016, pois o desafio de liderar bem uma organização desse porte é muito maior, por exemplo, do que o exercício de uma função de DAS-4 no Governo Federal.

Finanças

Decisões tomadas pelo acionista em períodos anteriores impactaram fortemente a situação econômico-financeira dos Correios. Retirada excessiva de dividendos, represamento tarifário em período eleitoral e abrupta contabilização das despesas de pós-emprego explicam a inversão de resultados vivida pelos Correios a partir de 2012. O novo governo e a nova direção da Empresa precisam compreender muito bem os efeitos desses três fatores, que teriam dizimado outras organizações se lá ocorressem simultaneamente. Após isso, estarão em condições de avaliar medidas para corrigir a situação.

Operações

A qualidade operacional está no DNA da Empresa, que nasceu em 1969 sob forte comando e disciplina. Isto precisa ser bem compreendido pelo governo e, principalmente, pelos dirigentes que vierem comandar a Empresa. As decisões estratégicas da Empresa precisam estar orientadas a sempre resguardar a manutenção da qualidade, pois qualquer outro caminho acaba produzindo resultados piores para a organização e para a sociedade.

Negócios

Todas as organizações postais do mundo passam por uma mudança importante, com a progressiva redução da comunicação em papel, por um lado, e o crescimento do comércio eletrônico, por outro. No caso brasileiro, como os Correios já detinham posição de liderança no envio de pequenas encomendas, com seus serviços SEDEX e PAC, a Empresa chega bem posicionada a esse momento e com grande possibilidade de superar facilmente as reduções de volumes em alguns serviços.
Importante lembrar que uma nova direção terá também a seu favor as possibilidades já abertas com a Lei nº 12.490/11, que ampliou o objeto da Empresa e possibilitou sua atuação no exterior.

Concluindo, diríamos que, diferentemente do que enxergam alguns, os Correios não constituem um problema a ser resolvido pelo novo governo, mas sim uma infraestrutura pública valiosa que pode apoiar muito mais a execução de políticas públicas e alavancar fortemente os negócios de empresas de todos os portes, com ênfase no comércio eletrônico.  Uma “joia da coroa”, que merece atenção e boa administração.

Nos Correios, guinada emblemática

VALOR ECONÔMICO
7/8/18

Na esteira das mudanças tecnológicas e de costumes, que deixam trocas de cartas à beira da extinção e fazem o comércio eletrônico crescer em proporções geométricas, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) acaba de dar uma guinada emblemática. Pela primeira na história da estatal, que completou 355 anos em 2018, as receitas com o segmento concorrencial superaram o faturamento com as atividades do monopólio postal.

As linhas se cruzaram no primeiro trimestre. Desde então, os números seguem rotas cada vez mais distintas e começa a abrir-se uma “boca de jacaré” nos balanços mensais. Em julho, a prestação de serviços em que há concorrência de empresas privadas rendeu R$ 770 milhões. São encomendas (Sedex e PAC), cargas expressas (e-commerce), propaganda (mala direta). Tudo o que fazem pesos-pesados como DHL, UPS e JadLog.

Na contramão, as receitas com serviços de monopólio garantido por lei encolhem e renderam R$ 620 milhões em julho. É o caso de cartas e telegramas, cartões postais, correspondências agrupadas (malotes), contas de luz ou de água, faturas de cartão de crédito – enfim, tudo o que vem dispensando carteiros e migrando gradualmente para o mundo digital.

Só para ficar com um exemplo menos óbvio dessa migração: o governo paulista deixou, neste ano, de enviar aviso postal de cobrança do IPVA e orientou os proprietários de veículos no Estado de São Paulo a acessar seus boletos on-line. Para os Correios, foram cinco milhões de correspondências a menos somente na capital.

No acumulado de 2018, o faturamento será composto por 55% de atividades concorrenciais e 45% de prestação exclusiva da ECT. Olhando para um horizonte de cinco anos, essa relação ficará em 85% a 15%, acredita o presidente Carlos Roberto Fortner.

É uma verdadeira quebra de paradigma. Atuar prioritariamente em um mercado competitivo impõe novos desafios. Indicadores de qualidade precisam melhorar, uma greve pode causar danos permanentes porque ninguém quer ficar dependente de uma empresa sem prazo de entrega definido.

“O que era um usuário torna-se cliente”, diz Fortner, que era vice-presidente de finanças e assumiu o comando da estatal em abril. “Restam dois caminhos aos Correios: consolidar-se como ‘player’ de encomendas e logística ou transformar-se em um insignificante departamento postal do governo.”

O executivo diz que já se pode constatar melhoria dos índices no segmento de encomendas desde o início do ano. Mais de 96% das entregas foram feitas no prazo em julho – eram 83% em janeiro. O Sedex está demorando 1,5 dia para chegar ao destinatário e o PAC (entrega não expressa de objetos) alcançou um prazo médio de 4,6 dias, segundo a ECT.

“Temos que aumentar a produtividade para reduzir custos e aproveitar nossos maiores ativos, que são a marca e a capilaridade dos Correios. Estamos presentes em todos os municípios do Brasil.”

No segmento de encomendas, uma parceria está sendo costurada com a estatal Ceitec, que fabrica semicondutores no Rio Grande do Sul. A ideia é ter “tags” (etiquetas de identificação) fornecidas pela Ceitec em 100% das encomendas até o fim de 2019, permitindo a rastreabilidade Terça-feira, 7 de agosto de 2018 dos objetos de porta a porta. Hoje são 1,1 milhão por dia – 30% vêm do exterior.

Uma joint venture entre os Correios e a Azul Linhas Aéreas para o transporte exclusivo de cargas por aviões aguarda o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para entrar em vigência. A Azul terá 50,01% e os Correios ficarão com 49,99% da companhia. O objetivo é reduzir custos de transporte em pelo menos 35% com a nova empresa.

Em outra frente para melhorar suas contas, a estatal deflagrou uma iniciativa para combater a evasão de receitas. O executivo calcula que a precificação errada de encomendas, por falha humana ou má-fé, gera perdas de R$ 1 milhão por dia ao caixa dos Correios. Um pente-fino encontrou diferenças de até R$ 479 na tarifação de objetos, evidenciando como esses erros podem custar caro à ECT.

De acordo com Fortner, a situação financeira da empresa está melhorando neste ano. O déficit mensal médio de R$ 130 milhões em 2017 foi reduzido para uma faixa entre R$ 30 milhões e R$ 60 milhões, dependendo do mês. Após uma sequência de prejuízos bilionários, os Correios anunciaram lucro de R$ 667 milhões no ano passado, mas as despesas continuaram superando as receitas. O azul nas contas só foi obtido graças a uma mudança contábil na projeção de gastos futuros com o plano de saúde dos empregados, que agora terá coparticipação, além da exclusão de pais dos titulares.

Receita da ECT cresce onde há concorrência

VALOR ECONÔMICO
7/8/18

As mesmas mudanças tecnológicas e de costumes que deixaram a troca de cartas à beira da extinção fazem o comércio eletrônico crescer geometricamente. Nesse cenário, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) acaba de dar uma guinada emblemática. Pela primeira vez, as receitas no segmento concorrencial superaram as monopolistas. Em julho, os serviços em que há concorrência privada (DHL, UPS etc.) rendeu R$ 770 milhões. São encomendas (Sedex e PAC), cargas expressas (e-commerce), malas diretas. Na contramão, as receitas com serviços de monopólio (cartas, malotes, contas de luz etc.) renderam R$ 620 milhões.

Até dezembro, 41 agências vão fechar

VALOR ECONÔMICO
7/8/18

A direção dos Correios resolveu fechar 41 agências próprias de sua rede. Todas essas unidades serão desativadas até dezembro, segundo o presidente da estatal, Carlos Roberto Fortner. A decisão ainda não foi comunicada aos empregados e líderes sindicais.
Fortner diz que o objetivo é reduzir custos onde existe “sobreposição” na rede, com unidades localizadas muito perto umas das outras, disputando usuários e clientes entre si. “Só em Copacabana temos sete agências próprias. Precisa disso?”, questiona.

Segundo ele, para bancar suas despesas e não ter prejuízo, uma unidade precisa de pelo menos 270 atendimentos diários. “Tem agência por aí fazendo cinco por dia”, afirma o executivo. “Podemos dar uma solução mais inteligente e com custo operacional menor.”
Em maio, Fortner procurou acalmar os ânimos na empresa quando surgiu a informação de que Terça-feira, 7 de agosto de 2018 513 unidades seriam fechadas em todo o país. Ele insistiu, na ocasião, em que se tratava apenas de um estudo preliminar e que o número não estava definido.

Agora, o fechamento das portas ganha contornos oficiais, embora em quantidade inferior ao inicialmente divulgado. Nas estimativas de Fortner, as agências desativadas vão propiciar economia total de R$ 1,5 milhão no balanço mensal dos Correios. Sindicatos veem uma tentativa de favorecer donos de franquias postais. A estatal tem 6,4 mil unidades próprias espalhadas em todos os municípios do país e pouco mais de mil franqueadas.

‘Estão querendo Gatorade’

VALOR ECONÔMICO
7/8/18

Os trabalhadores dos Correios devem entrar em greve por tempo indeterminado, a partir de amanhã, em meio a divergências nas negociações salariais. O pedida inicial de reajuste foi de 8% e mais R$ 300. Em resposta, a estatal ofereceu 2,21% – índice abaixo da inflação em 12 meses.

“Estão querendo até anticoncepcional e Gatorade”, afirma o presidente Carlos Roberto Fortner, descrevendo a campanha salarial deste ano e descartando o reajuste de 8%. “Não temos fôlego para isso. A empresa saiu da UTI, está com as pernas engessadas e dando chute nos concorrentes, mas ainda não consegue correr.”

De fato, como se vê na lista de demandas das entidades que representam os empregados, o fornecimento de pílulas contraceptivas e de bebidas isotônicas faz parte das reivindicações. “A nossa pauta é construída ouvindo todas as demandas dos trabalhadores”, rebate Fischer Moreira, secretário de imprensa da Federação Nacional dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos (Fentect) e presidente do sindicato no Espírito Santo.

Fischer justifica a cobrança de isotônicos, por exemplo, pelo fato de que muitos carteiros percorrem trajetos extenuantes debaixo do sol em Estados de clima quente. Mas ele afirma que questões pontuais da negociação não devem servir para desviar o foco do que, segundo ele, realmente interessa: o corte de benefícios.

De acordo com o sindicalista, a proposta dos Correios é de interromper a distribuição do valecultura e aumentar a contrapartida dos empregados no auxílio-alimentação. A cobrança subiria dos menos de 1% atuais, diz Fischer, para uma faixa entre 5% e 15% dos salários, dependendo da renda de cada funcionário.

Trabalhadores também passaram a pagar mensalidade no plano de saúde. “Já havíamos fechado acordos coletivos ruins, mas com a perspectiva de manter benefícios”, afirma Fischer. “A empresa não anunciou que teve lucro no ano passado?”, diz.

Fortner afirma, baseado em paralisações anteriores, que uma greve faz os Correios perderem R$ 20 milhões em receita por dia.

Funcionários dos Correios decidem nesta 3ª feira se entram em greve

Poder 360
06.ago.2018

A falta de acordo entre os Correios e seus funcionários na convenção coletiva de 2018 pode terminar em greve nacional a partir das 22h desta 3ª feira (7.ago.2018). Uma assembleia está marcada para às 19h desta 3ª feira quando deve ser definido se a categoria vai parar.

Os funcionários da estatal pedem reajuste salarial de 5% mais R$300,00 linear, a manutenção das cláusulas do acordo coletivo, o retorno do plano de saúde, a permanência do vale-refeição nas férias e do vale-cultura. Em nota, os Correios afirmam que a empresa “ainda está em negociação com as representações sindicais”.O secretário de administração e finanças da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), Geraldo Francisco Rodrigues, afirmou que a negociação encerrará quando a estatal oferecer uma proposta que atenda à demanda dos funcionários.

“Queremos rediscutir as cláusulas e a empresa não quer discutir de forma alguma. Não quer negociar. Tem trabalhador que não está conseguindo pagar a mensalidade do plano de saúde. Só não entramos em greve se a empresa apresentar uma proposta que valha a pena”, disse.

Em março deste ano os profissionais também fizeram greve. Na época, a paralisação foi motivada por mudanças no plano de saúde dos funcionários. No entanto, os Correios afirmaram que o ato foi “injustificado e ilegal” e que “não houve descumprimento de qualquer cláusula do acordo coletivo de trabalho” que justificasse a paralisação.

Direção Nacional da ADCAP.

Outras Notícias