Neste momento em que as negociações relativas ao Acordo Coletivo – 2016/2017 estão ocorrendo, a ADCAP, embora novamente excluída do processo, manifesta sua posição.
O cenário caótico que vivenciamos é a herança de uma gestão que, em poucos anos, sucateou a empresa e fez questão de desprestigiar e desvalorizar os trabalhadores dos Correios, gerando a desmotivação e colhendo o pior resultado que essa instituição teve em toda a sua história recente, tanto para a ECT quanto para os trabalhadores. O acordo coletivo 2016/2017 pode alterar esse quadro.
Neste contexto, precisamos de soluções conciliadoras e queremos crer que os atores dessa negociação saberão perceber a gravidade de uma intransigência, seja do lado que for, para a reconstrução e sustentabilidade da nossa empresa e dos nossos empregos.
No entanto, ressaltamos dois pontos fundamentais que entendemos precisam ser respeitados, dos quais não podemos abrir mão nessa negociação:
- Se a Empresa não pode ampliar/aprimorar benefícios, como seria desejável, que mantenha todos os benefícios já conquistados.
- Que não haja privilégios para quaisquer conjuntos de trabalhadores, pois todos são empregados da Empresa, e que o percentual de reajuste salarial seja isonômico.
A empresa pede cautela e compreensão para JUNTOS superarmos esse momento delicado. Pois bem, união só existe com respeito, sem distinção.
Compreensão existirá se a empresa, através de sua Diretoria Executiva, também fizer a sua parte.
E isso poderá se dar em ações como por exemplo:
- eliminando a contratação de Assessores Especiais politicamente indicados que ocupam funções altamente remuneradas sem agregar nenhum valor aos Correios;
- eliminando o recebimento em cessão de servidores politicamente indicados, que aqui chegam apenas para reforçar seus salários;
- profissionalizando a gestão, pois, se a empresa precisa ser reconstruída, a solução pode vir com o resgate e valorização do quadro técnico, dos processos, dos controles; e isso vale também para a PostalSaude e Postalis;
- acabando com o aparelhamento político em todos os níveis da Empresa, pois os Correios são uma empresa pública, que, portanto, pertence ao povo, serve a sociedade e não a partidos políticos que e revezam em seu comando;
- devolvendo a autoestima aos empregados, através do reconhecimento, da meritocracia, do seu desenvolvimento e capacitação;
- eliminando desperdícios com patrocínios questionáveis, consultorias desnecessárias e mordomias indesejáveis.
A consolidação eficaz e rápida do Acordo Coletivo, satisfazendo ambas as partes, demonstrará nossa condição e força para reconstruir os Correios, patrimônio secular do povo brasileiro, retomando a confiança e credibilidade da população, clientes e parceiros.
TODOS SOMOS RESPONSÁVEIS PELO PRESENTE E FUTURO DOS CORREIOS.