Inaldo toma posse na Presidência do Conselho de Administração dos Correios
Paraíba.com.br
01/09/2016
O advogado e ex-deputado federal Inaldo Leitão já assumiu a Presidência do Conselho de Administração da Empresa Brasileira dos Correios e Telegráficos – isto não significa a parte executiva comandada pelo presidente Guilherme Campos. Ele já fala em pauta para atacar urgentemente o déficit da empresa só em 7 meses de R$ 1 bi e 100 milhões.
“Atendendo convite do Ministro Gilberto Kassab, fui eleito e empossado ontem presidente do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos”, comentou.
Segundo ele, “tive o aval do deputado Rômulo Gouveia, mas devo ressaltar que a escolha obedeceu a critérios técnicos, não envolvendo negociação de caráter político-partidário. Kassab, que foi meu colega de Câmara, levou em conta minha experiência no comando de órgãos colegiados e a formação jurídica”.
Inaldo afirmou que já tem diversos aspectos levantados para por em pauta com a diretoria executiva da empresa, a partir da necessidade urgente de se adotar medidas para estancar o déficit dos Correios, só nos últimos sete meses na ordem de R$ 1 Bilhão e 200 milhões.
“Vamos construir de forma bem resolvida e Colegiada o enfrentamento aos diversos problemas da empresa para atender a uma necessidade de construir a solução nos próximos tempos”, declarou.
Assembleia Geral – É a reunião dos acionistas da empresa. No caso da ECT, por ser uma empresa pública com 100% de seu capital da União, o acionista é representado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN.
Conselho de Administração (CA) – compete ao CA zelar pela continuidade dos serviços, observados os índices de confiabilidade, qualidade, eficiência e outros requisitos fixados pelo Ministério das Comunicações; pela transparência, eficácia e legalidade da gestão; pela proteção e valorização do patrimônio da Empresa e pela maximização do retorno do investimento.
Correios podem entrar em greve a partir do
dia 14
Engeplus
31/08/2016
Funcionários dos correios poderão entrar em greve a partir de 14 de setembro, quando uma assembleia em todos os sindicatos do país acontecerá para definir a paralisação. A criação de concurso público e a não privatização dos correios são as principais reivindicações da categoria.
De acordo com o diretor de formação sindical do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Sintect/SC) de Santa Catarina, Samuel de Mattos, com a privatização proposta pelo Governo Federal, os serviços prestados para a população serão precarizados e os trabalhadores perderão diretos, tendo redução em benefícios como o vale-alimentação e o vale-transporte.
A categoria almeja também a criação de concurso público, que não é realizado desde 2011, para a contratação de novos profissionais. “Hoje as entregas de correspondências já acontecem com atrasos pela falta de efetivo. Com a privatização essa situação irá se agravar”, adianta.
Atualmente, atuam no centro de distribuição dos correios de Criciúma em torno de 80 profissionais e mais 15 na agência central. Na Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) são aproximadamente 300 colaboradores.
Conforme Mattos, caso a paralisação se confirme, a população sentirá de imediato os efeitos da greve. “A categoria está bem mobilizada, boa parte dos colaboradores irão aderir ao movimento e os serviços ficarão limitados. A paralisação é uma luta para que os serviços sejam prestados com qualidade e que mais profissionais passem a trabalhar nos correios”, frisa. A assembleia no dia 14 será realizada em Florianópolis às 19:30.
CCJ aprova proposta que estabelece forma detributação das franquias dos Correios
Câmara Notícias
31/08/2016
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou uma proposta (PL 7691/14) que determina que as empresas franqueadas dos Correios, como papelarias e livrarias, sejam tributadas pela remuneração de acordo com percentual de venda do serviço postal, e não por intermediação de negócios.
Segundo o relator da proposta, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), alguns municípios estão aplicando o Imposto Sobre Serviços para as franquias dos Correios como intermediação, que é o caso de corretores de imóveis, por exemplo.
“o objetivo é deixar mais clara uma dúvida sobre tributação do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, que é de competência dos municípios. Você tem uma gama enorme de municípios no Brasil, e conforme a tributação de que eles dão, eles qualificam essa atividade como franquia ou como intermediação. Você entra no rol da taxação, e os índices das alíquotas são diferenciados. Nós viemos deixar muito claro que não se trata de intermediação, mas de atividade delegada dos correios, que é serviço público, então, portanto é franquia postal, que também se diferencia das franquias comerciais normais”
A proposta que deixa clara a forma de tributação das franquias dos Correios está aprovada pela Câmara, e deve ser analisada em seguida pelo Senado.
Sem benefícios ou quase nada, essas são as
propostas da ECT para o acordo coletivo
FENTECT
31 de Agosto de 2016
A empresa quer o fim do vale peru e do vale cultura. Isso ficou bem claro na reunião com o Comando Nacional de Negociação, nesta quarta-feira (31), quando ela propôs, entre outras, a extinção dos dois benefícios aos trabalhadores (as) dos Correios. Hoje foi dia do debate sobre a cláusula “Dos Malefícios”, já que essa parece ser a frase de ordem da ECT, com uma retirada de direito atrás de outra.
Em relação ao reembolso creche e reembolso babá, a empresa propôs pela redução da idade limite da criança para a concessão do benefício, passando de 7 para os 6 anos. Enquanto a proposta do comando visa o futuro, com o auxílio educação, para que o benefício seja concedido aos ecetistas que têm filhos, até o ensino fundamental.
No vale refeição/alimentação, reduções. Quem recebia 26, conforme proposto pela ECT, passa a receber 23, e de 30 para 27, àqueles com jornada regular, em 5 ou 6 dias da semana, respectivamente. E de onde ela retira benefícios, aumenta o custo para o trabalhador (a). Por isso, na contramão da conquista de 2015 pela diminuição nos valores, a participação do empregado (a) pode aumentar neste acordo coletivo de 0,5% a 15%, na hora de se alimentar:
-NM 01 a NM 18 para 5%
-NM 19 a NM38 para 10%
-NM 39 a NM90 para 15%
-NS 01 a NS 60 para 15%
Sobre o vale transporte, o comando não aceitará a imposição de limites no va-lor do benefício, bem como na jornada de trabalho in itinere. Amanhã, a ECT apresentará proposta. No entanto, foi sugerido o fim da limitação de 120 km para deslocamento até o local de trabalho, que será estabelecido independentemente da distância.
Patrocínios sem fim
Um dos grandes questionamentos dos trabalhadores foi levantado, sobre os valores gastos com patrocínios dos Correios. A empresa explanou apenas sobre as Olimpíadas 2016 e afirmou ter custado R$ 315 milhões até agora. O retorno dos serviços prestados e comercializados, de acordo com os representantes da ECT, está em R$ 233,6 milhões. Ainda segundo eles, o quantitativo pode aumentar com as Paralimpíadas.
O Comando de Negociação não está convencido e acredita que esses núme-ros não são suficientes para a transparência com os trabalhadores (as). Por isso, solicitaram que a ECT apresente os gastos com todos os patrocínios mantidos, não apenas dos atuais eventos.
As bases devem se mobilizar e lotar as assembleias entre os dias 6 e 9 de se-tembro, rumo à greve nacional, pois a empresa parece irredutível e tem como meta continuar a culpabilizar os próprios empregados (as) pela má gestão. Reflexo disso está na campanha salarial, pela qual a representação dos trabalhadores (as) insiste em mudanças e na valorização dos ecetistas, enquanto a gestão dos Correios maquia a realidade e retira direitos e benefícios da categoria.
Vamos à luta!