Dentre as inúmeras mentiras que membros do governo têm utilizado para justificar a tentativa inconstitucional, inoportuna e desarrazoada de privatizar os Correios, a mais absurda de todos é que fazem isso para “salvar os Correios”, como tem afirmado o Secretário de Desestatização do governo.
Os Correios registraram em 2020 lucro de mais de R$ 1,5 bilhão de reais, estiveram presentes em praticamente todo o território nacional e sustentaram a base do comércio eletrônico brasileiro, ajudando milhares de empresas a superar os problemas advindos da pandemia.
Nas últimas semanas, os Correios têm batido recordes de volumes de encomendas transportadas, superando números de black frydays. E nenhum analista sério imagina que o setor de logística vá passar por algum declínio nos próximos anos, mas sim exatamente o contrário. Os Correios possuem, portanto, excelentes perspectivas no futuro próximo, diferentemente do que pregam os representantes do acionista, sempre preocupados em depreciar a organização com informações falsas, como neste caso, em desfavor dos legítimos donos dos Correios, que são todos os brasileiros.
Na verdade, os Correios precisam ser salvos da irresponsável sanha privatista do atual governo, assim como protegidos contra as investidas do Ministério da Economia nas finanças da organização. E não será certamente o governo que vai fazer isso e menos ainda os responsáveis pelo desmonte do Estado, como o Secretário de Desestatização, que tem feito jus a seu antecessor, na busca incessante de falsos argumentos para justificar seu intento e salvar seu cargo e não os Correios.
O Congresso Nacional, a Justiça e a sociedade brasileira vão ainda compreender bem esta situação e dar um basta nisso tudo, restabelecendo a verdade, o cumprimento da Constituição Federal e das leis e o bom senso.