Trabalhadores rejeitam proposta dos Correios

O Estado de S. Paulo
18/09/2013


Terminou frustrada a tentativa de construir um acordo entre a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e os Correios sobre o dissídio coletivo da categoria. A Fentect – que representa trabalhadores dos Correios de algumas regiões do País – rejeitou a proposta de reajuste.


Em nota, o tribunal informa que o vice-presidente do TST, ministro Antônio José de Bar ros Levenhagen – que presidiu a audiência – encerrou os trabalhos após as partes não chegarem a um entendimento, devido à resistência da federação de trabalhadores. O ministro Levenhagen apresentou uma proposta para que a categoria não entrasse novamente em greve antes de uma tentativa de acordo no TST.


A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) não compareceu à audiência e encaminhou petição informando que os sindicatos filiados a ela já haviam celebrado acordo com a empresa estatal. Os trabalhadores dosCorreios das bases de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Tocan-tins, Rio Grande do Norte e Ron-donia, ligados à Findect, aceitaram na sexta-feira (13) a proposta feita pela ECT, e por consequência, o fim da greve.


Agora, o TST realizará o sorteio de um ministro relator para o julgamento do dissídio. A decisão final será tomada, portanto, na Seção de Dissídios Coletivos (SDC), ainda sem data prevista para ocorrer.


Após o revés na negociação de ontem, os Correios divulga emm nota citando que a “intransigência da Fentect leva ao dissídio”. De acordo com a estatal, foi inviável qualquer tentativa de conciliação.


Segundo os Correios, o ministro do tribunal chegou a ressaltar que a proposta econômica feita pela ECT era satisfatória. A empresa ofereceu reajuste de 8% nos salários (o que, segundo a ECT, repõe integralmente a inflação do período, de 6,27%, e garante ganho real de 1,7%); de 6,27% nos benefícios; pagamento de vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro; e Vale-Cultura, dentro das regras de adesão ao programa implementado pelo governo federal.


Antes da reunião, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, afirmou em coletiva, que a proposta de 8% foi o esforço máximo da empresa. “Está no limite da possibilidade da empresa. Não há o que oferecer a mais.” Ele argumentou que se tratava de um bom reajuste, “se considerada a conjuntura atual”.

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