Enquanto o governo brasileiro tenta privatizar a toque de caixa os Correios, na Argentina é decretada a falência do correio privatizado, o Correo Argentino, porque a organização não conseguiu arcar com suas obrigações com o próprio Estado.
O exemplo grave da Argentina se soma aos problemas vividos pelos portugueses, que têm protestado contra a alta das tarifas postais e o fechamento de agências promovidos após a privatização dos CTT.
Em ambos os casos, os reflexos negativos para os cidadãos e para as empresas é muito grave, materializado em aumento de tarifas e em queda na qualidade do serviço.
No Brasil, com desafios logísticos muito mais complexos, os riscos são também muito maiores, merecendo a mais cuidadosa atenção, não se admitindo que se trate da privatização dos Correios por meio de um projeto de lei, com tramitação acelerada, para evitar discussões. Isso não pode ser admitido.
No mundo todo, em apenas 8 países o correio é totalmente privado, como quer fazer no Brasil o governo. Somadas as áreas de todos esses países, a seguir listados, se chega a um total inferior à área do Estado do Mato Grosso. Os países são: Aruba, Cingapura, Grã-Bretanha, Líbano, Malásia, Malta, Países Baixos e Portugal.
Além disso, nos 20 maiores países do mundo em território nenhum correio é privado.
Os casos da Argentina e de Portugal deveriam servir de alerta aos brasileiros, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal. Não precisamos de mais este problema afetando nossas vidas.
Sobre a situação do Correo Argentino, mais detalhes podem ser encontrados na matéria do link: https://www.clarin.com/politica/justicia-decreto-quiebra-correo-argentino-empresa-familia-mauricio-macri_0_rkOkn-gm7.html
ADCAP – Associação dos Profissionais dos Correios