Funcionários dos Correios iniciam paralisação em São Paulo

 

Época Negócios

25/06/2014

 

Os funcionários dos Correios em São Paulo aprovaram uma paralisação de 24 horas, em assembleia realizada no Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo (Sintect-SP) na noite desta terça-feira (24/06). Os empregados decidiram parar as atividades desde as 22h de ontem (24) até à meia-noite de hoje (25).

 

Os trabalhadores reivindicam a ampliação das escoltas armadas para acompanhar o trabalho em regiões de risco, o fim da exigência de realização de horas extras e a extinção do atual Sistema Distribuição de Encomendas. Para os empregados, o sistema tem gerado sobrecarga de trabalho.

 

Segundo Edilson Pereira, um dos diretores do sindicato, esta sobrecarga não permite que os carteiros consigam terminar o serviço ao fim do dia. “A empresa não quer que volte [com sobras de encomendas], não interessa a limitação física e de horário. A justificativa não é considerada e a empresa pune com advertência e suspensão”, declarou.

 

O Sindicato informou que 45% a 50% dos funcionários aderiram à paralisação da categoria. Já os Correios informam que 9% dos trabalhadores estão parados. “A paralisação parcial e temporária, que ocorre apenas em São Paulo e no Tocantins, é injustificada, pois a entidade participa da Mesa Nacional de Negociação Permanente, em que empresa e sindicatos reúnem-se mensalmente e já firmaram diversos acordos em benefícios dos trabalhadores”, diz a empresa em nota divulgada hoje.

 

Os funcionários fazem uma passeata pelo centro da capital paulista, com concentração às 9h na Rua Martins Fontes, em frente ao prédio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP), onde, às 10h, representantes do sindicato se reúnem com a empresa e com o superintendente, Luiz Antônio de Medeiros, para tentar uma conciliação. Depois, eles seguem em caminhada até a Praça do Correio, no Vale do Anhangabaú.

“Estamos confiantes num retorno positivo, até mesmo porque, caso [a empresa] não atenda às reivindicações, sinalizará que não está preocupada com o verdadeiro trabalhador, sofrendo com o descaso. Vamos lutar em defesa dos nossos direitos e cobrar um posicionamento”, disse Edilson.

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