Globo.com G1
02/09/2014
Funcionários dos Correios de Porto Velho responsáveis pelo serviço de encomenda expressa de documentos e mercadorias (Sedex) que entraram em greve na manhã de segunda-feira (1º) vão retomar as atividades na quarta-feira (3). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Rondônia (Sintect-RO), em negociação no início da tarde desta terça-feira (2), a direção da empresa se comprometeu a atender as reivindicações de melhores condições na estrutura de trabalho dos grevistas, dentro de 70 dias.
Dos 26 trabalhadores, 21 cruzaram os braços. A principal reclamação se refere à falta de manutenção dos veículos utilizados nas entregas. Segundo Ésion Geber, assessor de imprensa do Sintect-RO, a situação expõe os funcionários ao risco de acidentes. “Os carros estão sem freio, sem manutenção. Alguns estão com defeito na tranca, qualquer roubo ou furto, somos nós quem respondemos”, explica, dizendo que a empresa tem verba suficiente para adquirir mais veículos. “Dizem que vão resolver, mas não fazem nada.”
Outra reivindicação é quanto ao plano de triagem, processo de separação das encomendas de acordo com o destino. Os trabalhadores pedem melhorias nos processos. “A carga chega toda misturada e nós temos que separar. Passamos o tempo que tínhamos que ir para a rua separando encomendas”, pontua o carteiro Carlos de Oliveira.
O diretor regional dos Correios, Sérgio Simões, contesta a alegação dos grevistas quanto à situação dos carros da empresa. “São apenas três veículos em manutenção na concessionária, e dois carros em atividade que necessitam de manutenção. Não é motivo para paralisação”, justifica. Ainda assim, em reunião com os secretários geral e jurídico do sindicato nesta terça, a empresa se comprometeu a alugar mais carros e a consertar os já existentes, no prazo de 70 dias. Em relação à triagem, Simões diz que o problema já foi resolvido.
Com a negociação, o sindicato concordou em encerrar a greve. Os trabalhadores retomarão as atividades na quarta. No entanto, o presidente do Sintect-RO alerta que se a direção dos Correios não cumprir o que foi prometido na reunião no prazo de 70 dias, uma nova paralisação será feita.
Entregas
De acordo com o diretor regional dos Correios, mesmo com a greve, o serviço de entregas não foi prejudicado. “Substituímos os colegas que decidiram paralisar por pessoas do ramo administrativo para não interromper o serviço de clientes que estão aguardando as encomendas”, garante Simões.