Prezado Associado,
Veja a crise que está se abatendo nos planos de saúde, nas reportagens abaixo, motivo pelo qual temos que acompanhar bem de perto o desempenho e as ações da Postal Saúde.
Portanto, temos que fiscalizar, acompanhar e cobrar uma atuação profissional, da Diretoria Executiva, do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal, bem como exigir o repasse dos recursos necessários, pelos Correios, para garantir o pagamento dos credenciados do plano de saúde.
Direção Nacional da ADCAP.
Como a crise tem afetado os planos de saúde
Revista Apólice – online | BR
25/08/2015
A crise econômica que o país enfrenta reflete-se em diversos setores. Para os planos de saúde, tem trazido consequências diretas que os colocam em risco. As demissões levam à diminuição das vidas seguradas por planos empresariais, diminuindo a receita das seguradoras. Em média, a diminuição é da ordem de 20%. A tendência é que o número de associados caia em cerca de 5% até o final do ano.
Somado a isso, temos o aumento de sinistros. A crise afeta a todos, inclusive aumenta os casos de depressão e transtornos de ansiedade. Resultado: os segurados usam mais os planos de saúde. Outra questão a ser considerada é a inadimplência. Períodos de instabilidade financeira geram um considerável aumento na inadimplência, sendo que para alguns planos de saúde, esse problema quase triplicou nos últimos meses.
Além disso, observamos que a inflação médica está cada vez mais alta. O surgimento de muitas novas tecnologias de alto custo, que passaram a ser exigidas pela ANS (Agência Nacional de Saúde) não é sustentável para operadoras de saúde menores. O reajuste permitido de 13,55% foi aquém da necessidade, visto que grande parte dos insumos são dolarizados, e com o dólar se aproximando da casa dos quatro reais, cria-se um ambiente inviável.
Em resposta à crise, os novos negócios estão praticamente parados. Receosas, são poucas as empresas que estão tendo condições ou coragem de dar novos benefícios aos trabalhadores. O momento pede cautela. Já as empresas que oferecem o benefício estão buscando a redução de custo. Algumas estão mudando a cobertura do plano oferecido, de planos nacionais para os regionais. A coparticipação também é uma forma encontrada de oferecer o benefício ou garantir sua manutenção.
Entretanto, não é preciso que empresas e usuários percam esse benefício e sejam prejudicados, seja com a diminuição da cobertura de seus planos ou com o fechamento das operadoras. Essa equação pode ser equilibrada com a diminuição do desperdício de recursos na área da saúde. Hoje, são realizadas muitas consultas e exames sem necessidade. Algumas pessoas solicitam ao médico determinado exame porque um amigo fez ou porque ouviram falar que é importante. É preciso um diagnóstico mais cauteloso do médico e mais confiança por parte dos pacientes. Uma saída possível é o investimento na prevenção e no consumo consciente, muitas vezes ignorados pelas empresas.
*Cadri Massuda é presidente da Abramge-PR/SC – Associação Brasileira de Medicina de Grupo
Unimed Paulistana encolhe
Valor Online
26/08/2015
A Rede D’Or, a maior rede de hospitais do país, o hospital Santa Paula e o grupo de medicina diagnóstica Dasa romperam contrato com a operadora de plano de saúde Unimed Paulistana por falta de pagamento.
Nota enviada ao Valor pela Unimed Paulistana confirmou o rompimento com a Rede D’Or. A operadora informou que o contrato com o Santa Paula está suspenso temporariamente. A Unimed não se pronunciou sobre a Dasa.
Segundo fontes do setor, a Unimed Paulistana tem uma inadimplência com os hospitais da Rede D’Or (da bandeira São Luiz e outros), de cerca de 60 dias.
A Dasa, dona dos laboratórios Delboni Auriemo, Lavoisier, entre outras marcas, deixou de atender os clientes da Unimed Paulistana no sábado. A Unimed Paulistana tem cerca de 744 mil usuários.
No ano passado, a Unimed Paulistana registrou um patrimônio líquido negativo de R$ 169,2 milhões. Em abril, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estendeu por mais 18 meses a intervenção (direção fiscal e técnica) na Unimed Paulistana.
Cassi tem rombo de R$ 150 milhões
FONTE: Correio Braziliense – 24/03/2015
VERA BATISTA
A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) está com rombo de R$ 150 milhões nas contas do Plano de Associados e, caso não seja logo coberto, corre o risco de sofrer intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), já a partir de julho. A legislação prevê que a operadora precisa manter anualmente em seu cofre reserva legal de R$ 850 milhões, mas, em março, o valor atingiu R$ 700 milhões. O problema na Cassi começou a se agravar porque os preços de serviços de saúde subiram mais do que os reajustes salariais dos funcionários do BB no período.
Como as contribuições do patrocinador, o Banco do Brasil, de 4,5% da folha de pagamento; e dos associados, de 3% do salário, não são suficientes para bancar as despesas, a continuidade dos serviços do plano está dependendo do uso dos recursos em caixa. “Para completar a reserva legal, a Cassi precisa de R$ 150 milhões, em 2015. Por isso, pedimos aporte extraordinário do banco de R$ 300 milhões. Parte do valor para cobrir o déficit e a outra para manter vários projetos de medicina preventiva”, explicou Eduardo Araújo, presidente do Sindicato dos Bancários do DF e funcionário do banco.
Apesar da pressão do sindicato, o BB, por meio da assessoria de imprensa, informou que “em hipótese alguma haverá aporte para cobertura do déficit”, o que, segundo Araújo, pode agravar a situação. Para ele, só o aporte resolveria, porque, embora o banco tenha apresentado 17 propostas para sanear as contas, não há estudo que comprove que darão certo, principalmente, se estiver incluída a quebra de solidariedade.
“Vamos esperar uma decisão até abril. Se nada acontecer, incluiremos o pedido na campanha salarial, em setembro”, destacou. Para Fernando Amaral, vice-presidente de Relações Institucionais da Associação Nacional dos Funcionários do BB (Anabb), a situação está sob controle. Ele admitiu que o Plano de Associados registrou o maior déficit do sistema em 2014 (R$ 127 milhões) e que usou a provisão para eventos ocorridos e não avisados (Peona), mas, apesar da negativa do banco sobre a intenção de realizar novo aporte, garantiu que o patrocinador está disposto a fazer desembolsos.
O processo de negociação, segundo Amaral, ainda está no início e poderá estender até julho. Amaral também discorda do salto na soma do déficit, de R$ 127 milhões para R$ 150 milhões. “É falso. Embora o gasto mensal seja entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões, o dinheiro aplicado está rendendo. Isso é déficit, não é rombo.” Ele lembrou que, há cerca de 18 anos, é usada a contribuição de 7,5% (BB e associados). Mas os custos subiram. “Nesta discussão, tentaremos fechar um acordo de equilíbrio a cada seis ou sete anos. Assim, daqui para frente, será possível se sentar e fazer ajustes sem pânico”, observou.
A caixa de assistência atende a 400 mil pessoas, no Plano de Associados, e outras 400 mil, no Cassi Família, que tem boa saúde financeira.