Jornal do Brasil
24/10/2013
O BNY Mellon afastou os executivos da alta cúpula de sua administração no Brasil e, em nota enviada ao Jornal do Brasil, esclarece que a decisão foi tomada devido a potenciais violações das políticas e procedimentos internos da empresa, “que se aplicam a todos” os colaboradores. O banco também reforça que, de maneira alguma, a decisão envolve bens ou contas de quaisquer clientes, incluindo fundos de pensão e gestoras de recursos independentes.
Foram afastados Zeca Oliveira, presidente do BNY Mellon no Brasil e na América Latina, que trabalhava na empresa desde 1998; Alberto Elias, diretor executivo da BNY Mellon Serviços Financeiros, na empresa há cinco anos; e Carlos Pereira, diretor de TI.
Os três entraram em um “período de licença administrativa remunerada”. O banco reforça que as mudanças não devem atingir os clientes e operações em andamento. Michael Kalavritinos, chefe da área de gestão de clientes, foi nomeado, interinamente, como chefe da administração de recursos.
O mercado especulava que “licença administrativa remunerada” poderia ser um indício de intervenção administrativa, com afastamento dos executivos para que determinados fatos pudessem ser devidamente apurados. Questionava-se também se o episódio estaria relacionado a cálculo de cotas.
O BNY Mellon está entre os líderes em administração de fundos no Brasil, com cerca de dois mil fundos de 300 gestoras diferentes, presta serviços financeiros para gestores independentes e investidores institucionais e possui cerca de R$ 230 bilhões em ativos sob seu comando. O banco tem aparecido na imprensa pela proximidade com a Americas Trading Group. Os dois têm como única cotista o Postalis, instituto de previdência dos funcionários dos Correios, que desligou diretores recentemente.