Após greve, previsão dos Correios é de regularizar as entregas em 15 dias

Globo.com

17/03/2014

 

Os Correios informaram por meio de nota, nesta segunda-feira (17), que a previsão de normalizar as entregas atrasadas por conta da greve de 42 dias, que terminou na sexta, é de até 15 dias. Segundo a estatal, no interior de São Paulo, os atrasos foram registrados em Campinas, São José do Rio Preto e São José dos Campos.Na sexta, o diretor do sindicato que representa a categoria em Campinas, Fábio Xavier, havia afirmado ao G1 que as entregas levariam sete dias para serem regularizadas. De acordo com a nota de esclarecimento da empresa nesta segunda, no entanto, este processo deve se estender até o dia 28.

 

Os Correios afirmam que as entregas serão regularizadas com a compensação dos dias parados pelos grevistas, conforme determinado pelo TST, e com medidas do plano de continuidade da empresa, que inclui a realização de horas extras e mutirões nos finais de semana. Dos 42 dias paralisados, 27 deverão ser repostos pelos trabalhadores pela decisão judicial.

 

Reivindicações

Durante a greve, 83 cidades foram afetadas pelo movimento grevista, entre elas, Valinhos, Sumaré, Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d´Oeste, Piracicaba e Limeira.  Entre as reivindicações dos funcionários dos Correios, estão a manutenção dos benefícios do plano de saúde e a entrega de correspondências no período da manhã devido ao calor.

 

Na nota, os Correios afirmam que “a entrega matutina foi iniciada, em caráter experimental, em unidades de três Estados – MA, TO e MT, e está sendo expandida para MG, MS e SP. A previsão é que o piloto seja concluído no primeiro semestre de 2014”. Sobre as reivindicações relacionadas ao plano de saúde, a assessoria da empresa informou que, durante julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST), “os ministros foram unânimes na afirmação de que os Correios não estão descumprindo a cláusula 11 do acórdão vigente, que garante todos os atuais direitos dos trabalhadores – manutenção dos benefícios do plano de saúde da empresa (entre eles os atuais beneficiários; cobertura de procedimentos; rede credenciada e percentual de compartilhamento; nenhum custo adicional, repasse ou mensalidade aos empregados)”.

 

A greve

Os funcionários retomaram as atividades depois que o TST julgou, na quarta-feira (12), a paralisação como ‘abusiva’. A categoria acatou a decisão, já que, em caso de descumprimento uma multa de R$ 20 mil reais será cobrada diariamente do sindicato.

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