Adcap Net 08/03/2018 – A briga entre Mercado Livre e Correios pelo preço do frete – Veja mais!

A briga entre Mercado Livre e Correios pelo preço do frete

Exame
8 mar 201

Esta semana, passou a valer um novo modelo de cobrança de frete nos Correios, com aumento a partir de 8% no preço. A mudança considera valores diferentes para entregas realizadas dentro de uma mesma cidade, entre capitais ou entre estados. Por conta dessas diferenças, o reajuste pode chegar a 51%.A nova tabela, que vale para a entrega de encomendas, mas não de cartas, contrariou algumas das maiores empresas de comércio eletrônico do país, que são as principais clientes desse serviço. Encabeçadas pelo Mercado Livre, as companhias se uniram com a hashtag #FreteAbusivoNão.

“Consideramos esse aumento abusivo, porque é acima de qualquer indicador macro de inflação, e antidemocrático, porque prejudica pessoas que dependem do comércio eletrônico”, disse Leandro Soares, diretor do Mercado Envios, divisão logística do Mercado Livre. Com o movimento, o Mercado Livre conseguiu uma liminar suspendendo o aumento.

De acordo com a empresa, o aumento prejudica principalmente moradores das cidades mais distantes, o que impacta na democratização do comércio eletrônico. “Os Correios ignoram o fato de que o Brasil tem mais de 207,6 milhões de habitantes e, desse total, apenas 24% residem nas capitais, segundo levantamento do IBGE divulgado em agosto de 2017”, disse a companhia em comunicado.

O Mercado Envios entrega cerca de 70% das compras feitas pelo marketplace no Brasil em parceria com os Correios e outras transportadoras. A empresa afirmou que, como sua plataforma tem vendedores e compradores de todo o Brasil, a média do aumento no frete será de 29%. A alta é “impossível de absorver”, afirmou Soares.

O preço cobrado no Brasil pelos Correios também é maior que em outros países, diz o diretor. Segundo ele, o valor é 42% mais caro do que cobrado na Argentina, 160% superior ao México e 282% ao da Colômbia, países onde o Mercado Envios também atua.

Para a Netshoes, a média do aumento será de 25% a 30%. Num primeiro momento, a companhia prevê subsidiar as entregas, para que nem o vendedor nem o consumidor sintam no bolso o aumento. Mas Graciela Tanaka, diretora de operações da Netshoes, afirma que as companhias de comércio eletrônico pretendem negociar com os Correios uma nova solução.

Dependência
Apesar de terem parcerias com outras transportadoras, as companhias ainda são dependentes dos Correios para uma parcela importante de suas entregas. Apenas a estatal entrega para todas as cidades do Brasil, enquanto outras transportadoras estão concentradas nos grandes centros urbanos. Isso ocorre principalmente porque é caro chegar a certos locais.

“Com milhões de vendedores individuais no Brasil, precisamos dessa capilaridade para nossas entregas”, afirma o diretor do Mercado Envios. Em termos de volume, não há outra companhia que possa substituir os Correios, diz ele.

Assim como o Mercado Livre, a Netshoes também atua com outros parceiros, mas depende da estatal para mais de 15% das entregas. “A entrega é nossa única ponta terceirizada e é um componente importante para a percepção da qualidade do nosso serviço”, afirma Tanaka.

Outro lado
Os Correios se defendem afirmando que a mudança é essencial para a saúde financeira da estatal. “Perdíamos margens com preços descolados da realidade do mercado”, disse Guilherme Campos, presidente dos Correios.

A mudança começou em 2016, com a simplificação dos modelos de preços. Dos mais de 80 preços diferentes que eram praticados pela companhia, a nova tabela contém apenas oito opções de valores.

Em junho do ano passado, a empresa descontinuou o e-Sedex, serviço de encomenda expressa dos Correios para produtos adquiridos pela internet e com até 15 quilos. “Era um preço muito baixo para um serviço muito rápido, não fazia sentido”, disse Campos.

De acordo com ele, os Correios perdem em volume de entrega em mercados mais competitivos como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde há concorrentes mais eficientes.

Por outro lado, perdem em margem financeira em outras praças, mais distantes. Dessa forma, o aumento no valor de frete para regiões mais afastadas serviria para melhorar os ganhos da estatal. “O que a gente pode fazer se mandar uma encomenda para um lugar mais distante, com menos acesso, é mais caro?”, diz o presidente.

Além das mudanças de preço, é necessário mudar a mentalidade da empresa. “A cabeça ainda é do tempo do monopólio da entrega de cartas. Hoje, temos que mudar a cabeça para atender o comércio eletrônico, serviço em que competimos com outras empresas”, afirmou ele.

Operadora dos Correios anuncia novos planos a partir de R$ 40

08/03/2018
InfoMoney

A operadora de celular (/assuntos/operadora-de-celular) dos Correios, Correios Celular, anunciou nesta quarta-feira (7) três novos planos de telefonia de baixo custo.

Chamados Alô 40, Alô 60 e Alô 90, os planos têm mensalidades de R$ 40, R$ 60 e R$ 90, contando com 3GB, 5GB e 8GB de internet (/assuntos/internet), respectivamente. Para ligações, os planos contam com 200 minutos,  300 minutos e 400 minutos.  Assim como o primeiro plano lançado pela empresa (/assuntos/empresa), o Alô 30, todos os novos pacotes oferecem internet por 30 dias, apenas diminuindo a velocidade da conexão quando o limite contratado for atingido. Todos os clientes também podem acessar o WhatsApp gratuitamente – sem descontar mensagens, fotos e chamadas de voz da franquia de dados.

Com um ano desde o lançamento do primeiro pacote, a Correios Celular já vendeu mais de 100 mil chips e arrecadou mais de R$ 1 milhão sem precisar investir. Isso porque é utilizada infraestrutura utilizada em outras frentes, bem como a mão de obra. A expectativa é de que o Correios Celular chegue a todo o Brasil (/assuntos/brasil) até o nal de 2018, com retorno de R$ 12 milhões para a empresa.

Em Brasília, presidente dos Correios esclarece reajuste de tarifa

A Crítica
07/03/2018

O aumento de 8% sobre a tarifa de encomendas para objetos postados entre capitais e nos âmbitos local e estadual foi tema da reunião entre o presidente dos Correios, Guilherme Campos e o deputado federal Gedeão Amorim (MDB) em Brasília.  O Amazonas sofre com as taxas mais elevadas de frete já que a logística para encomenda chegar até o Estado é difícil pela falta de acesso por estradas. Agora, a preocupação é que lojistas, ou quem vende e compra pela internet  enfrentem grandes prejuízos.

 “Esta é uma grande preocupação neste momento, este é um reajuste alto e que representa muito para quem trabalha com o e-commerce.Essa medida poderá afetar consideravelmente os comerciantes amazonenses, que temem uma redução de 20% das vendas pela internet”, afirma o parlamentar.

Os correios afirmam que o aumento também leva em consideração outros custos operacionais, como transporte, salários, aluguéis de imóveis, combustível, e contratação de recursos para a segurança.

Segundo a diretoria dos Correios, a tendência é que a empresa migre para mercado de encomendas e continue com a atividade postal, com um novo regramento. “Estamos passando por uma crise crescente, e a Empresa só acumula dívidas. Em 2015 tivemos um prejuízo de mais de 2 milhões e meio de reais e em 2016 foram mais 2 milhões e 600”, anunciou Guilherme.

De acordo com o presidente, no ano passado, o prejuízo só aumento e os Correios fecharam 2017 com um prejuízo de R$ 1 bilhão. “O mundo vive uma mudança grande, a nova forma de e-commerce nos remete a isso, e a única forma de nos mantermos é investir nesses setores” informa.

Gedeão Amorim diz que o encontro com o presidente o alertou para possíveis providências que poderão ser tomadas para solucionar essas questões, principalmente com o intuito de não prejudicar os lojistas do Estado.

*Com informações da assessoria de comunicação.

Entregas nos Correios já estão mais caras

O Dia
07/03/2018

O vereador Jones Moura (PSD) protocolou ontem um recurso na Justiça Federal para reverter a decisão que indeferiu a suspensão da taxa extra de entregas dos Correios no Rio. Nesta terça-feira, começou a valer a cobrança de R$ 3 para todas as encomendas (serviços Sedex e PAC) destinadas ao município e à Região Metropolitana, com origem em qualquer local do país. A justificativa da empresa é que o custo do serviço sofreu impacto em decorrência dos altos índices de violência no estado.

O recurso foi protocolado no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Ainda não foi definida qual turma de desembargadores irá julgá-lo. Na sexta-feria, a juíza Geraldine Pinto Vital de Castro, da 27ª Vara da Justiça Federal, negou um pedido de liminar feito pelo vereador. A magistrada considerou que o novo tributo não evidencia ilegalidade ou abusividade. Para Moura, não há justificativa para os Correios, que atuam em todo o território nacional, defenderem uma cobrança apenas para o Rio.

“O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) divulgou, este mês, o ranking das 30 cidades mais violentas do país e o Rio de Janeiro sequer consta dessa lista. A cidade está, inclusive, em plena intervenção federal na Segurança Pública, o que, é claro, tem o potencial de reduzir os índices de criminalidade. O que parece é que essa taxa será apenas para capitalizar a empresa, cuja crise financeira é de conhecimento de todos”, ponderou o vereador.O Procon Estadual aguarda decisão da Justiça Federal sobre um pedido de liminar apresentado na semana passada. A autarquia pede que o valor seja declarado ilegal e a devolução em dobro aos consumidores das quantias pagas de cobrança extra.

Os Correios ressaltaram que a cobrança já é praticada por outras transportadoras brasileiras desde março de 2017 e que poderá ser suspensa a qualquer momento, “desde que a situação de violência seja controlada”. Segundo a empresa, o valor será empregado para cobrir “os altos custos com segurança, que incluem gastos com contratação de escolta, monitoramento da carga, ferramentas de gestão de risco, segurança nas unidades, entre outras ações”.

Questionada, a estatal não respondeu quanto arrecadará com a medida ou o número médio de encomendas entregues nas áreas afetadas. Argumentou que se tratam de “informações estratégicas de mercado concorrencial”.

A Defensoria Pública da União (DPU) informou que não havia recebido, até o início da noite de ontem, esclarecimentos solicitados à estatal na quarta-feira por meio de ofício. O prazo para a resposta terminaria ontem à meia-noite. O defensor regional de Direitos Humanos no Rio de Janeiro, Daniel Macedo, avaliará hoje quais medidas serão tomadas.

Reajuste de 8% para encomendas
Também entrou em vigor ontem o reajuste anual dos preços de serviços Sedex e PAC para os objetos postados entre capitais e nos âmbitos local e estadual em todo o país. De acordo com os Correios, o aumento médio é de 8%. O reajuste e a taxa de entrega no Rio só não vai valer para itens comprados pelo site Mercado Livre, que obteve liminar favorável junto à Justiça Federal de São Paulo.

O Mercado Livre argumenta que a correção poderia chegar a 51% dependendo das rotas e localidade. A estatal reiterou que a média será de 8%, e não até 51%. Informou ainda que a revisão anual é prevista em contrato e baseada no aumento dos custos do serviço.

Justiça suspende reajuste nas tarifas dos Correios para clientes do Mercado Livre

Estadão
06 Março 2018

A Justiça Federal deu medida liminar em favor da companhia Mercado Livre e determinou que Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, entre outras medidas, suspenda os reajustes nas tarifas das encomendas PAC e Sedex, que teria vigência a partir desta terça-feira, 6. A decisão é da juíza federal Rosana Ferri, da 2.ª Vara Federal Cível de São Paulo.As informações foram divulgadas pelo Núcleo de Comunicação Social da Justiça Federal em São Paulo – Processo n.º 5004786-83.2018.403.6181.Em seu pedido, o Mercado Livre, que mantém contrato desde 2011 com a ECT, afirmou que no momento em que se discutia a renovação contratual, ‘teve ciência da implantação de uma nova política de preços, imposta de forma unilateral pelos Correios, sob pena de suspensão de todos os serviços’.

Segundo a ação, para evitar a descontinuidade nas entregas e um prejuízo aos usuários (compradores e vendedores), Mercado Livre se sentiu obrigado a aceitar tais condições.

A empresa entende serem ‘ilegais e abusivas’ as medidas e alega que ‘a nova política de preços ocasionará um grave dano aos seus negócios de e-commerce, podendo ocasionar a descontinuidade dos serviços’.

Para a juíza, há ‘plausibilidade nas alegações da autora, principalmente, no que tange à nova política de preços adotada pelos Correios’.

Rosana Ferri ainda ressalta que a plataforma de comércio eletrônico do Mercado Livre ‘movimenta milhares de negócios de pequenos empreendedores fomentando a economia, questão importante a ser considerada na atual conjuntura’.

“Obviamente a questão merece melhor análise com a formação do contraditório, todavia, em homenagem ao princípio da razoabilidade, entendo que deva ser concedida a tutela pretendida, a fim de não onerar a parte autora, pelo menos até a realização de audiência de tentativa de conciliação”, destaca a magistrada.

Segundo a decisão, a ECT ainda está proibida de reajustar as tarifas acima dos índices oficiais de inflação, bem como de impor acréscimos nos valores relativos aos envios de pacotes ‘não quadrados’ ou nas áreas de risco, e, por fim, de estabelecer unilateralmente qualquer outra medida que represente aumento de ônus ou redução de direitos ao Mercado Livre.

COM A PALAVRA, OS CORREIOS

Os Correios não concordam com a decisão da juíza da 2ª Vara Federal Cível de São Paulo e estão trabalhando para obter a suspensão da liminar. Enquanto isso, a empresa está cumprindo com a decisão judicial, que se aplica somente às demandas do Mercado Livre. Por respeito à relevância do comércio eletrônico brasileiro, os Correios mantêm uma Política Comercial com uma estratégia de precificação que segue a lógica do mercado e, mesmo com os aumentos de custos, a empresa busca o menor impacto possível nas praças mais relevantes para o e-commerce brasileiro.

Direção Nacional da ADCAP.

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