BNY Mellon se diz confortável com investimento

 

Valor Econômico
03/09/2013

 

As emissões de debêntures das empresas controladas por Arthur Pinheiro Machado, sócio da ATG, foram realizadas dentro dos padrões de mercado. A afirmação é de Zeca Oliveira, presidente da BNY Mellon, responsável pela gestão dos fundos do Postalis que investiram nos papéis.


Enquanto o prazo médio de vencimento das emissões de debêntures é de 6,3 anos, de acordo com o dado mais recente da Anbima, a associação que representa as instituições que atuam no mercado de capitais, a Alubam e a RO Participações captaram pelo prazo de 10 e 15 anos, respectivamente. Mas o presidente da BNY Mellon faz uma conta diferente. “Considerando as emissões indexadas ao IPCA, a média é de 10 anos”, diz.


Em seus cálculos, Oliveira não leva em consideração o prazo médio ponderado, também conhecido como “duration”. A maior parte das emissões realizadas no mercado brasileiro possui amortizações antes do vencimento, o que reduz o prazo médio. Esse não é o caso das debêntures da RO e da Alubam. Ele argumenta, porém, que as emissões contam com a possibilidade de resgate antecipado dos papéis pelo emissor. “Não faz sentido falar em “duration” nesse caso”, afirma.


Questionado sobre o risco de adquirir 100% de uma emissão de debêntures e alocá-la em um único fundo, Oliveira diz que a alocação ocorre “de acordo com as necessidades atuariais de cada cliente”. A meta de rentabilidade do maior plano do Postalis é de INPC mais 6%, equivalente em 12,57% em 2012. Mas o retorno dos investimentos do plano foi de apenas 7,11% no período, depois de já ter ficado abaixo da meta em 2011.


Sem mencionar a fundação, o executivo afirma que as garantias e rentabilidades oferecidas pelas debêntures eram adequadas ao perfil de investimentos dos clientes, no momento de cada operação.


Ambas as emissões contam com garantia do fluxo de dividendos das empresas investidas. Caso esses recursos não sejam suficientes para honrar o pagamento de juros, as debêntures contam também com alienação fiduciária das ações das companhias. No fim do ano passado, a RO Participações tinha um capital de R$ 800,00.

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