Justiça Federal condena ex-funcionário dos Correios Manoel Filho
GP1
07/02/2017
O juiz federal Adonias Ribeiro de Carvalho Neto condenou o ex-funcionários dos Correios Manoel Pires do Nascimento Filho em ação civil pública por improbidade administrativa. A sentença é do dia 25 de outubro de 2016.
Segundo a denúncia, Manoel Filho, na condição de empregado dos Correios, realizou saques irregulares da conta de clientes do Banco Postal na agência de Barras, deixou diferença a menor gerada no caixa de atendimento do dia 03/09/2010, no valor de R$ 600,00, bem como se apropriou indevidamente, do valor de R$ 234,15, montante pago por Antônio de Pádua Lima, causando um prejuízo de R$ 49.351,20 aos Correios. Manoel Filho negou os fatos.
“Diante desse contexto, é patente a ocorrência de ilegalidade qualificada pelo elemento subjetivo, qual seja, o dolo genérico do empregado da empresa pública de se apropriar de valores depositados nas contas de clientes do Banco Postal que funcionava junto à Agência dos Correios de Barras/PI; o dano causado a esta é incontestável, uma vez que ressarciu o prejuízo ao correspondente postal da época, o Banco Bradesco”, diz trecho da sentença.
O magistrado condenou o ex-funcionário a ressarcir aos Correios o valor de R$ 49.351,20 que deve ser corrigido via Taxa Selic, desde o desfalque patrimonial, e com juros legais desde o evento danoso.
Outra condenação
Em dezembro de 2014, Manoel Filho também foi condenado pela Justiça Federal a 02 (dois) anos de cadeia em razão da prática do crime de peculato tipificado no art. 312 do Código Penal.
A Polícia Federal investigou o crime a partir de Procedimento Administrativo que apurou irregularidades em saques nas contas de clientes do Banco Postal de Barras/PI, envolvendo a quantia de R$ 5.900,00 (cinco mil e novecentos Reais), realizados no terminal de responsabilidade do réu, culminando na pena de demissão. As irregularidades apontadas na denúncia foram constatadas por meio de sindicância administrativa.
Greve prejudica entregas dos Correios em S. Gonçalo
O São Gonçalo
07/02/2017
Com mais de 60% dos funcionários paralisados desde a última sexta-feira, segundo a própria empresa, os trabalhadores do Centro de Distribuição dos Correios (CDD), em Alcântara, São Gonçalo, podem cruzar os braços na sua totalidade a partir de hoje e por tempo indeterminado. Eles realizam uma assembleia, nesta terça-feira, a partir das 8h30, em frente ao CDD, responsável por atender cerca de 10 bairros da cidade.
Os funcionários reivindicam melhores condições de trabalho e de infraestrutura do Centro de Distribuição e contratação de pessoal (há atualmente no local 67 empregados mas haveria um déficit de pelo menos 14).
“Na sexta-feira passada, foi realizada uma votação, e a maioria dos funcionários decidiu pela paralisação. Estamos sem condição nenhuma de trabalho. A água para beber é quente e há poucos ventiladores. É importante que a sociedade fique sabendo porque estão acontecendo eventuais atrasos nas entregas. Infelizmente precisamos fazer isso para lutar por melhorias”, disse um funcionário que solicitou anonimato por medo de represálias.
As condições insalubres são confirmadas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ).
“É urgente a mudança imediata para outro prédio mais adequado. Além do mais, a sobrecarga de trabalho por falta de pessoal prejudica a saúde do trabalhador e o serviço prestado à população”, afirmou o diretor do sindicato, Marcos Sant’aguida.
Em nota, os Correios informaram que “mantém negociação permanente com seus trabalhadores e irá ouvir os empregados. Caso haja necessidade, ajustes serão providenciados”.
Presidente dos Correios garante a permanência da Regional de Bauru
JCNET
05/02/2017
O presidente nacional dos Correios, Guilherme Campos Júnior, esteve no JC na última sexta-feira (3) e garantiu que a Diretoria Regional da estatal permanecerá em Bauru. Nos últimos meses, circularam informações sobre uma possível redução das atividades com a consequente transferência da Regional, fato que não ocorrerá.
À frente dos Correios desde junho do ano passado, Campos diz ter a missão de fazer a empresa fechar “no azul” em 2017. Após quatro anos seguidos de prejuízo, a estatal anunciou que irá desativar agências em todo o País e, para tanto, já vem dando andamento a um plano de demissão incentivada (PDI) e projeta ampliar seu escopo de atuação (leia mais abaixo).
Em meio a informações de pessoas que procuraram o JC receosas de que, dentro desta reestruturação, a Diretoria Regional dos Correios São Paulo Interior, sediada em Bauru, pudesse ser extinta ou mesmo transferida para Campinas, o diretor do Grupo Cidade e presidente da Associação Paulista de Jornais (APJ), Renato Delicato Zaiden, se reuniu, em audiência, no mês de janeiro, com o presidente da instituição, Guilherme Campos Júnior, e com o ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicação, Gilberto Kassab, quando foi exposta a ambos a preocupação gerada na cidade e região com essa possibilidade.
Na ocasião, o Guilherme disse que a empresa passa por uma grande reestruturação e que viria a Bauru já em fevereiro, visitaria o espaço Café com Política, no JC, e confirmaria pessoalmente à cidade, assim como aos funcionários, a permanência da Regional São Paulo Interior aqui, o que aconteceu nesta semana.
“As chances (de transferência da Regional) são zero. A sede está consolidada em Bauru. Houve muita especulação por eu ser de Campinas, mas isso não contribuiria em nada para a recuperação da empresa. E também não há a menor condição de fechar a unidade regional ou mesmo alterar suas atribuições e autonomia”, garante.
Em 2016, a estatal, que conta com 6.511 agências próprias, registrou prejuízo de cerca de R$ 2 bilhões, patamar semelhante ao de 2015. O número de unidades a serem fechadas ainda não foi divulgado, mas a ideia é fundir agências consideradas “superpostas”, ou seja, muito próximas uma da outra. “Neste caso, é mantida a que for mais representativa”, adianta o presidente.
Hoje, Bauru conta com cinco agências próprias (no Centro, Núcleo Mary Dota, Distrito Industrial, Bauru Shopping e distrito de Tibiriçá) e três franqueadas (no Jardim Redentor, Vila América e Vila Falcão). A possibilidade de encerramento das atividades de algumas delas não está descartada.
A Diretoria Regional de Bauru é a segunda maior do Brasil, ficando atrás apenas da Diretoria de São Paulo Capital.
FRANQUEADAS
Para reduzir custos e otimizar serviços, uma das estratégias projetadas pela empresa é a ampliação da rede de agências franqueadas – atualmente, são cerca de mil em todo o País, remuneradas com um percentual das receitas advindas dos serviços. Além do PDI, outra vertente incluída no plano de economia dos Correios é a revisão da política de universalização dos serviços postais, que obriga a estatal a estar presente em todos os municípios brasileiros.
“Isso (a universalização) fazia sentido quando um dos principais meios de comunicação entre as pessoas era a carta. Hoje, 80% das nossas agências registram déficit, principalmente em locais mais afastados e pequenos centros urbanos. A conta não fecha mais e é preciso encontrar uma equação que permita a manutenção da presença dos Correios em todo o território nacional”, enfatiza.
Segundo o presidente, o PDI já conta com adesão de dois mil funcionários nessas primeiras duas semanas. A expectativa é de adesão de seis mil a oito mil empregados até 17 de fevereiro, prazo final de inscrição, com previsão de economia entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão por ano.
Empresa ingressa no ramo de telefonia móvel já em fevereiro
O presidente dos Correios também informou que, a partir deste mês, a empresa irá ingressar no ramo de telefonia móvel, como uma nova concorrente das operadoras de celulares que já atuam no Brasil. O lançamento do projeto Correios Celular, em fase piloto, será feito em São Paulo, com implantações subsequentes em Belo Horizonte e Brasília. A meta é alcançar todos os Estados do Brasil até o final deste ano.
Guilherme Campos Júnior explica que a prestação do serviço se dará através do uso da rede da operadora TIM, por meio de um sistema conhecido como Mobile Virtual Network Operator (MVNO) – numa tradução literal, Operadora Móvel com Rede Virtual. “A empresa aluga parte de sua rede instalada”, pontua.
Inicialmente, serão vendidos chips e recargas somente para planos pré-pagos, mas, a partir de 2018, devem ser iniciados estudos para definir a viabilidade da oferta de planos pós-pagos. “Vamos entrar no mercado de uma maneira muito competitiva, nos valendo de nossa vasta capilaridade e da confiança que o brasileiro tem nos Correios”, completa.
Plano de saúde
Guilherme Campos Júnior destaca que também pretende rediscutir o plano de assistência médica dos funcionários, a Postal Saúde. De acordo com o presidente dos Correios, o prejuízo de R$ 2 bilhões em 2016 foi fortemente influenciado pelo rombo de R$ 1,8 bilhão gerado pelo plano de saúde.
Pelo modelo atual, funcionários da ativa ou aposentados, bem como seus pais e dependentes, têm direto ao Postal Saúde. Em média, 7% das despesas são descontadas da folha de pagamento e os 93% restantes são custeados pela empresa.
“Do jeito que está, haverá intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o plano será extinto. O que nós queremos é que haja um acordo para que ele possa ser reformulado e mantido. Não estamos entrando no mérito do que é justo, mas, sim, do que é possível dentro do contexto econômico atual”, diz.
No Executivo
Em visita a Bauru, o presidente dos Correios, Guilherme Campos Júnior, reuniu-se com o prefeito Clodoaldo Gazzetta (PSD), na última sexta-feira (3). Foi uma visita de cortesia ao gabinete ao Chefe do Executivo, segundo a assessoria de imprensa.
Acompanharam o encontro, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Renda, Aline Prado Fogolin, e o Diretor Regional dos Correios em São Paulo Interior, com sede em Bauru, Wilson Abadio de Oliveira. Na oportunidade também estiveram juntos o ex-prefeito de Torrinha, Thiago Rochiti, e vereadores da região.
Vereadores reiteram importância da manutenção da unidade local
Em sua passagem por Bauru, Guilherme Campos Júnior esteve reunido, na tarde de anteontem, com os vereadores Chiara Ranieri (DEM), Ricardo Cabelo (PPS), Roger Barude (PPS), Sandro Bussola (PDT) e Serginho Brum (PSD). O prefeito Clodoaldo Gazzetta, que já havia se encontrado com o presidente dos Correios, também participou do encontro, no Palácio das Cerejeiras.
Presidente da Câmara Municipal, Sandro Bussola aproveitou a ocasião para reiterar a importância da manutenção da Diretoria Regional no município. “A presença dos Correios em Bauru fortalece o papel de polo regional que nossa cidade exerce. Nosso desafio é buscar cada vez mais ampliar o exercício de liderança regional. Além disso, são 1.200 empregos gerados, que precisam ser valorizados, especialmente em um momento de crise como o atual”, disse.
Diretoria Regional é campeã no varejoCom significativa importância para os Correios, a Diretoria Regional São Paulo Interior (DR/SPI), sediada em Bauru, registrou o melhor resultado do País no varejo em 2016. O segmento de varejo contempla todas as correspondências e encomendas postadas diretamente nas agências da empresa.
“É um motivo de incentivo para a equipe de Bauru, que, nos últimos quatro meses, bateu consecutivamente as metas estabelecidas. Nosso resultado no ano passado foi superior, inclusive, ao da Diretoria São Paulo Metropolitana”, frisa o diretor regional Wilson Abadio.
De acordo com ele, o resultado foi conquistado devido à capilaridade da DR/SPI, que abrange 730 unidades de atendimento próprias e terceirizadas em 583 municípios. “Além disso, como o nosso forte não é o monopólio, como é São Paulo, com grande volume de postagens de boletos e mala direta de grandes empresas, acabamos fortalecendo nosso trabalho no varejo”, observa.
Em termos de faturamento, a diretoria representa 12% do total arrecadado pelos Correios no País, o mesmo volume do Estado do Rio de Janeiro inteiro ou de Minas Gerais. Ela também é a única regional em que o faturamento com encomendas é superior ao faturamento postal, uma meta que vem sendo perseguida pelos Correios em âmbito nacional diante da redução do tráfego mundial de mensagens físicas provocado pela popularização das novas tecnologias de comunicação.
“A atividade do monopólio, que é a atividade postal, está acabando. Quem hoje manda ou recebe cartas, cartões postais? É preciso haver uma redefinição de empresa, focada em encomenda, logística e outras oportunidades de negócios, para que os Correios possam se recuperar”, salienta presidente da estatal, Guilherme Campos. Ainda hoje, 48% do faturamento da empresa vêm das correspondências, impulsionadas, sobretudo, pelo envio de boletos e mala direta.A DIRETORIA
A DR/SPI é a segunda maior rede de atendimento dos Correios no Brasil. Possui 13.075 empregados próprios e 288 jovens aprendizes, o que representa mais de 10% da força de trabalho dos Correios. Também é a segunda maior diretoria em número de clientes com contratos – são 22.750, entre órgãos governamentais, instituições financeiras, escolas, editoras e vários segmentos da indústria e comércio.
Em 2016, registrou receita de R$ 1,62 bilhão, o segundo melhor resultado entre as regionais. Desde sua criação, em meados de 1999, ampliou sua participação na receita dos Correios de 7% para 8,33%, no ano passado. Diariamente, DR/SPI cuida de 4,2 milhões de objetos postais, que são tratados e distribuídos por 650 unidades.
Com redução de valores, Correios renovam com CBDA e CBHb
Globo Esporte
03/02/2017
Os Correios renovaram contrato com duas entidades esportivas esta semana: a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e a Confederação Brasileira de Handebol (CBHd). Ambos os acordos foram de dois anos. A primeira entidade receberá R$ 11,4 milhões, e a segunda, R$ 3,2 milhões. A redução dos valores em relação aos contratos anteriores, de acordo com os Correios, é reflexo do cenário atual de reestruturação pelo qual a empresa passa.
Entre 2014 e 2016, a CBDA recebeu da estatal R$ 48,7 milhões, ou R$ 16,2 milhões por ano. Neste novo contrato, a entidade terá R$ 5,7 milhões por ano, menos R$ 10,5 milhões. Já a CBHb no mesmo período R$ 13,5 milhões, ou R$ 6,7 milhões, menos R$ 5,15 milhões por ano. Superintendente executivo da CBDA, Ricardo de Moura, estava confiante com a renovação no mês passado. Ele vê como natural a redução dos valores da parceria que completa 26 anos com uma empresa que atravessa grave crise financeira.
– Estamos felizes por seguir contando com recursos que foram e continuam sendo vitais para as modalidades aquáticas no Brasil. O país passa por um momento de dificuldades e estamos inseridos nisto. A CBDA já reuniu as cinco modalidades – natação, maratonas aquáticas, polo aquático, nado sincronizado e saltos ornamentais – para adequar calendários e ações. Os projetos sociais conduzidos pela Confederação também continuarão. O enxugamento em todos os setores é natural e necessário neste cenário, mas estamos nos preparando há algum tempo para este momento e seguiremos adiante – disse.
No ano passado, os Correios ameaçaram suspender o contrato com a CBDA após denúncia do Ministério Público, que investiga a suspeita de superfaturaramento de uma licitação de materiais esportivos que seriam utilizados na preparação de atletas que disputaram a Olimpíada. O presidente Coaracy Nunes e a diretoria chegaram a ser afastados da entidade por uma liminar da Justiça, mas retornaram após a mesma ser cassada. A CBHd também passa por crise política.
O presidente Manoel Oliveira, há 27 anos no cargo, foi reeleito nesta semana, mas enfrenta uma série de denúncias de gastos de mais de R$ 800 mil sem comprovantes, como denunciou o site da ESPN Brasil. O resultado da eleição ainda não foi homologado pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do handebol.
De acordo com a CBDA, antes da era Correios os esportes aquáticos no Brasil conquistaram quatro medalhas olímpicas, 55 pan-americanas e duas em campeonatos mundiais. Depois dos Correios foram 10 pódios em Olimpíadas, 162 medalhas em Pan-Americanos e 27 medalhas em campeonatos mundiais dos cinco esportes. Além dos Correios, a CBDA conta com recursos do Bradesco/Lei de Incentivo Fiscal, Lei Agnelo/Piva – Governo Federal – Ministério do Esporte, COB, Speedo e Estácio. A CBHd também é patrocinada pelo Banco do Brasil.
Sindicato quer que sucateamento de veículos dos Correios seja investigado
G1
03/02/2017
Três semanas após denunciar o sucateamento de veículos, o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC) protocolou, na quinta-feira (2), um pedido de investigação no Ministério Público Federal do Acre (MPF-AC), em Rio Branco. No documento, o sindicato pede que o MPF-AC investigue o caso para que os veículos voltem a circular.
Ao G1, os Correios informaram, por meio da assessoria de comunicação, que a empresa está com o contrato com a empresa de manutenção em dia. A empresa acrescentou que, inclusive, já iniciou a manutenção nos veículos da estatal, mas que demanda um tempo para que todos sejam avaliados. Os Correios negaram que os veículos do CDD do bairro Seis de Agosto estejam abandonados.O Sintect-AC alega que desde o ano passado bicicletas, automóveis e motocicletas estão sem manutenção. Nesta sexta-feira (3), o presidente do Sintect-AC, Edson Pinheiro, disse que o sindicato descobriu outros veículos parados no Centro de Distribuição Domiciliar do bairro Seis de Agosto. Os veículos estariam expostos ao sol e chuva no pátio do centro.
“Pedimos investigação sobre esse sucateamento porque acreditamos que esses veículos poderiam estar rodando, ajudando nas entregas. Tem carros da frota nova que estão no meio desses carros. Logo na frente conseguimos contabilizar uns seis carros sem manutenção. Ao todo, devem ter uns 10 carros parados”, detalhou.