Adcap Net 03/07/2018 – E-commerce brasileiro busca alternativas à ‘Correiodependência’- Veja mais!

Prefeitura entra com ação e Justiça determina que Correios restabeleça serviços em Pirajuba

G1
03/07/2018

juiz da 1ª Vara Federal em Uberaba, Élcio Arruda, determinou que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos tem o prazo de 30 dias para restabelecer os serviços de correspondências em Pirajuba. A decisão, do dia 28 de junho, também estabelece que, em caso de não cumprimento, a empresa será penalizada com multa diária de R$ 500.

Em março deste ano, a agência dos Correios em Pirajuba foi atacada por criminosos, o que comprometeu a estrutura física do local.

Desde então, segundo a Prefeitura – autora da ação judicial – os Correios “vem prestando um serviço incompatível com a necessidade da comunidade local, principalmente pelos atrasos nas entregas ou simplesmente ausência completa da prestação de serviços para muitos habitantes”. O texto falando sobre a ação foi publicado nesta terça-feira (3), no site do Município.

O G1 entrou em contato com a assessoria dos Correios e aguarda retorno sobre o assunto.Segundo o prefeito de Pirajuba, Rui Gomes Nogueira Ramos, na época do ataque, a Prefeitura disponibilizou um local provisório para os Correios sem custos, para não gerar impacto na prestação de serviços.

“Fizemos em apenas dois dias a adequação em um espaço público existente na rodoviária do município. Mesmo assim, os Correios não usufruíram dessa parceria e desde então vem falhando com seu compromisso com o povo”, comentou.O Município ainda informou que um dos motivos que levou a mover a ação foi o fato de Pirajuba não ter ponto de atendimento. Com isso, as postagens só tem como serem feitas em cidades vizinhas o que inviabiliza o serviço para a maioria dos moradores.

Agente da ECT demitido quando exercia cargo estadual consegue reintegração imediata

Jornal Jurid
03 de Julho de 2018

A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou a reintegração imediata de um agente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) despedido por abandono de emprego durante o exercício de cargo no governo do Estado do Amazonas. Com isso, ele não terá de esperar o trânsito em julgado da reclamação trabalhista que move contra a empresa.

Entenda o caso

O empregado afirmou ter sido nomeado para o cargo de secretário executivo adjunto da Secretaria de  Estado  de Articulações  Políticas  Públicas  aos  Movimentos  Sociais e  Populares (SEARP) em abril de 2010. Na data do ajuizamento da ação, exercia a função de subsecretário estadual. Segundo ele, o Governo do Amazonas havia cumprido todas  as  formalidades  previstas  em lei para  cessão  de  servidor público e, mesmo assim, foi demitido por abandono de emprego.

Em sua defesa, a ECT afirmou que o agente não aguardou a autorização do Ministério das Comunicações, a que estava vinculado, para se afastar de suas atividades e tomar posse no cargo estadual.

O juiz de primeiro grau considerou irregular o afastamento sem a autorização discricionária do órgão de origem. Mas o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM), ao examinar recurso do agente, entendeu que não havia ficado caracterizada a intenção de abandonar o emprego, uma vez que a própria ECT admitiu ter recebido solicitação de cessão do Estado do Amazonas. Determinou, por isso, a reintegração.

A decisão do TRT seria efetivada após o trânsito em julgado (quando não cabem mais recursos). Como a ECT recorreu ao TST, o empregado apresentou petição com pedido de tutela de urgência visando à reintegração imediata.

A petição foi examinada juntamente com o recurso de revista da ECT, que não foi conhecido. Em relação ao pedido do agente, o colegiado entendeu estarem presentes os requisitos da medida de urgência. Os ministros levaram em conta a não caracterização da falta grave alegada pela empresa e os severos efeitos econômicos e psicológicos que o desemprego acarreta.

A relatora, ministra Maria Helena Mallmann, observou ainda a ausência de perigo na irreversibilidade da medida. Ela enfatizou que não houve o ânimo de abandonar o emprego e que a demora na regularização da situação decorreu de atraso injustificado da própria administração da ECT. “Embora denominada de tutela de urgência, a presente medida mais se aproxima da tutela de evidência”, afirmou.

Caso a determinação não seja cumprida em até 15 dias, a empresa terá de pagar multa diária de R$ 1 mil. Após a publicação do acórdão, a ECT opôs embargos de declaração, ainda não julgados.

Processo: 1910-78.2012.5.11.0012

E-commerce brasileiro busca alternativas à ‘Correiodependência’

Gazeta do Povo
02/07/2018

A eficiência dos Correios, que já foi considerada a empresa mais confiável do mundo segundo a Revista Forbes, não suportou mais de uma década de decisões equivocadas por seguidas gestões com direcionamento político. Sobrou para todo mundo: empresas de pequeno porte e empreendedores individuais, que dependem da estatal para que seus produtos cheguem até o cliente, acumulam dores de cabeça e prejuízos com a queda de qualidade do serviço; e consumidores do e-commerce estão reduzindo compras pela internet por terem dúvidas se as encomendas chegarão inteiras e no prazo prometido. Para contornar o problema, lojas que possuem bom volume de vendas encontram nas transportadoras alternativa para garantir a qualidade no atendimento com menores valores no frete.De acordo com pesquisa da ABComm 2017 (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o frete ainda é o maior responsável pelos custos logísticos no e-commerce, 58,1%. Em março deste ano, os Correios anunciaram a nova tabela de preços para o envio de mercadorias. Os envios por PAC, mais barato, e Sedex ficaram de 8% até 51% mais caros, dependendo da rota fora dos grandes centros, segundo cálculo do Mercado Livre.

Por meio da assessoria de imprensa, os Correios responderam que o reajuste nas tarifas de serviços de encomendas, vigente desde março deste ano, foi de 8% para os objetos postados entre capitais e nos âmbitos local e estadual, que representam a grande maioria das postagens realizadas nos Correios.

Mas os valores são apenas uma parte da questão. O estudo conduzido pela ABComm mostra que as lojas virtuais querem diminuir a dependência dos Correios. Além do frete, o principal problema é o atraso na entrega. “A demora e o mau atendimento também precisam ser revistos”, aponta a entidade. Segundo a pesquisa, a tendência do número de lojas virtuais que contratam transportadoras por região continua crescendo, passando de 23%, em 2015, para 41,4%, em 2017.

Entrega demorada é gargalo
Quando questionada sobre a porcentagem de entregas que são extraviadas ou chegam ao destino com atraso, a resposta dos Correios foi a seguinte: “por questões de sigilo empresarial, os Correios não divulgam tais informações. Mas destacamos que em junho, a qualidade operacional da empresa no segmento de encomendas aproximou-se dos 95% de objetos entregues no prazo”.

Para a associação que congrega a lojas de comércio eletrônico, no Brasil os pedidos demoram cada vez mais para chegar à casa dos consumidores. De acordo com os números da ABComm 2017, na cidade de São Paulo, por exemplo, a média de espera máxima, que em 2015 era de três dias, passou para quatro em 2017. Em Recife, o tempo entre postagem do produto e recebimento pelo cliente passou de seis para dez dias e, em Manaus leva, em média,14 dias para as encomendas chegarem na casa do consumidor.

Em junho do ano passado os Correios encerraram o e-SEDEX. O serviço de postagem de produtos era o preferido entre as lojas de comércio eletrônico por ser o mais barato e rápido. A empresa argumentou que o e-SEDEX foi substituído por uma nova política comercial que passou a oferecer pacotes de serviços de PAC e SEDEX específicos para o e-commerce, com benefícios que vão desde redutores de preços à possibilidade de um pós-venda dedicado. Para a ABComm, a descontinuação do serviço foi “muito ruim para o e-commerce brasileiro”. A entidade divulgou que parte das lojas virtuais migrou para o Sedex, mas a maioria saiu em busca de serviços de transportadoras privadas.

Dificuldades motivaram saída do e-commerce
Em 2012, Claudia Mattos e Bianca Schmelzer iniciaram o próprio negócio, uma loja especializada em bolsas para a maternidade. Dois anos mais tarde, a Bolsa Bebê passou a vender os produtos também pela internet, decisão que incrementou a receita do empreendimento. Em 2017, as compras online representavam 70% do faturamento. Mas no final do ano passado os problemas com atrasos da entrega, aumento na taxa do frete e extravio da mercadoria começaram a aparecer com muita frequência.Para as duas empreendedoras, os valores dos fretes estipulados pelos Correios aumentaram muito e a qualidade do serviço caiu.

“Uma cliente cotou o frete em nosso site de uma bolsa no valor de R$ 600. O valor mais barato era de R$ 200. Então orientamos a cliente a fazer a compra pelo Mercado Livre – que tem negociação melhor com os Correios – onde nossos produtos também são vendidos. O frete caiu para R$ 70”, conta Bianca.

Sorry, the video player failed to load.(Error Code: 101104)
Para evitar mais frustração com as vendas online para cidades afastadas de capitais, as empresárias decidiram mudar completamente de estratégia. A intenção, que era não depender mais do espaço físico para compor a receita, passou a ser de chamar clientes para a loja.

A designer de semijoias Carolina Ribeiro Fernandes também viu o número de vendas cair por causa do valor do frete. Há dois anos e meio a publicitária vende braceletes fabricados a mão pela internet. Ela posta os modelos nas contas do Instagram e Facebook.

“Pessoas deixam de comprar pelo fato do frete ser muito caro”, afirma. Ela conta que passa por pequenos inconvenientes, vez ou outra, e precisa contar com a compreensão dos clientes. A maior parte dos insumos para a confecção das peças vem de fora do Paraná, já houve casos de atraso no envio da encomenda porque o material para fabricação da semijoia não chegou na data prevista.

Quem pode foge dos Correios. Este é o caso da Brasil Nutri Shop, franquia online de suplementos alimentares. A companhia desenvolve ao franqueado o site para que realize as vendas pela internet, sem necessidade de possuir estoque. Assim que o cliente compra um produto, tudo fica por conta da empresa guarda-chuva: envio, cobrança e solução de problemas. Com três centros de distribuição no Paraná, Santa Catarina e São Paulo e vendas mensais de R$ 500 mil, a Brasil Nutri Shop tem bom poder de fogo para negociar com empresas de entrega e até “escantear” os Correios.Com preços mais caros e prazos longos de entrega, o apelo do comércio online ficou menos atrativo, por consequência, a procura caiu 20%. Como o fraqueado ganha no porcentual da venda, as margens de lucro foram reduzidas de 22% para 19%. Temendo o colapso do modelo, Zacharias buscou alternativas e encontrou nas transportadoras. “É um sistema bem complexo ainda, não tem marcas de referência”, avalia. Por isto, ele recorreu a uma rede de empresas, selecionando a melhor opção por região.

Agora entre 60% e 70% das encomendas são movimentadas por empresas privadas. “O tempo de entrega ficou menor e o preço está 18% mais barato em comparação aos Correios”, garante Zacharias. Já a quantidade de extravios caiu pela metade. Mas a alternativa das transportadoras não é para todos. “Com vendas mensais a partir de R$ 50 mil esta opção vale a pena. Para empresas que vendem acima de R$ 15 mil já é possível negociar um preço de frete com as transportadoras que compense”, indica.

Mas, afinal, o que impede o desenvolvimento dos Correios?
A administração contaminada por interesses políticos implodiu a instituição, o que explica a queda no serviço prestado pelos Correios atualmente. O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou o resultado da avaliação da evolução econômico-financeira dos Correios em dezembro de 2017.

“A CGU verificou que, de 2011 a 2016, os Correios apresentaram crescente degradação na sua capacidade de pagamento no longo prazo (liquidez), aumento do endividamento e da dependência de capitais de terceiros, e principalmente, redução drástica de sua rentabilidade, com a geração de prejuízos crescentes a partir de 2013. No período avaliado, o Patrimônio Líquido da empresa reduziu aproximadamente 92,63%”.

O estatuto da empresa prevê que sejam repassados no mínimo 25% do lucro líquido para a União. Mas os percentuais transferidos aos cofres do governo federal chegaram a quase 100% nos últimos anos. O ano de 2013 foi especialmente desastroso. A União recebeu adiantamento de dividendos no valor de R$ 300 milhões, baseado na expectativa de lucro para a empresa. Mas naquele período os Correios registraram prejuízo de R$ 312 milhões.

Uma empresa, vários problemas
Para o professor do Departamento de Administração da Universidade Federal do Maranhão e autor do livro sobre os Correios, Tadeu Gomes Teixeira, a crise na companhia pública precisa ser analisada por setores da empresa para entender toda sua dimensão. “A crise com atrasos na entrega dos objetos postais, por exemplo, relaciona-se ao conjunto de decisões equivocadas na área operacional ao longo dos anos 2000”, garante.

Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União, em 2010, para avaliar o problema conclui que as causas eram a falta de carteiros e operadores de triagem, transbordo e problemas na Rede Postal Aérea Noturna, responsável pelo transporte de pacotes por avião. Apesar da falta de carteiros, a instituição iniciou o Programa de Demissão Voluntária (PDV)  a partir de 2008.A estatal reconhece que houve má gestão no passado e divulgou que está tomando medidas para recuperar a saúde financeira e competitividade. “Com relação aos balanços da empresa, em 2017 os Correios registraram lucro contábil de R$ 667 milhões, após quatro anos de prejuízos bilionários”, respondeu a empresa.

De acordo com Teixeira, existem caminhos que poderiam ser adotados para colocar a casa em ordem. “Uma primeira medida seria a abertura do capital da empresa, por meio de uma Oferta Pública Inicial de ações (Initial Public Offering — IPO) como forma de capitalizar a empresa e forçar a adoção de ações de governança menos comprometidas com estratégias políticas e mais consoantes com o mercado”, sugere.

Recentemente representantes de entidades ligadas aos trabalhadores dos Correios afirmaram que a diretoria da empresa pública agiu de forma deliberada para prejudicar a estatal e assim forçar a privatização. Segundo as últimas declarações do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, a ideia de privatizar a companhia saiu da pauta do governo federal.

Escolhas 

Conselho Correios
02/07/2018

Administrar é, essencialmente, fazer escolhas, pois, diante de recursos insuficientes para fazer tudo, o administrador tem rotineiramente que priorizar o mais importante, o mais urgente, o mais relevante para a organização.

Há alguns dias, conversava com alguns colegas a respeito da necessidade de a Empresa retomar sua comunicação mercadológica, aproveitando inclusive o fato de que nossa qualidade operacional parece se encontrar agora num patamar muito bom. Temos no portfólio da Empresa serviços concorrenciais, que demandam ações de comunicação sistemáticas para manter nossas marcas e serviços em evidência na mente dos clientes. Mas, em vez de campanhas mercadológicas na mídia, o que temos visto são patrocínios esportivos e culturais que pouca contribuição trazem para o negócio da Empresa, seja pela escolha de esportes de elite que nada se relacionam com nossa identidade, seja pelo espectro limitado de alcance dos patrocínios culturais.

E, além disso tudo, compondo o cenário, ainda temos uma situação econômico-financeira difícil na Empresa, que demanda medidas radicais de cortes de despesas para que a organização se mantenha.

Para complementar o contexto, tenho recebido mensagens de colegas informando a carência de materiais básicos para o funcionamento operacional da Empresa. Neste final de semana, por exemplo, recebi uma mensagem com esse teor:
“Marcos, não temos materiais de consumo básicos nas Agências ( cartão de ponto, fita adesiva, etc ),  não temos produtos ( selos, embalagens , etc ), absurdo , para atender ao cliente estamos  comprando envelopes e doando durante as postagens…..”

Compreendo a indignação do colega que me escreve. Importante dizer que ele não trabalha numa agência de região remota do País, mas sim numa do interior do Estado de São Paulo. Sua situação, porém, não deve diferir do que ocorre em outros locais, em função do forte contingenciamento orçamentário em curso em toda a Empresa.

Hoje de manhã, recebi de outro colega reprodução da publicação a seguir no Diário Oficial da União:

Assim, embora faltem recursos para comunicação mercadológica e até mesmo para as operações de atendimento, a direção dos Correios prossegue encontrando espaço para patrocínios esportivos e culturais como este, que, apesar de sua importância cultural para a região onde ocorre, na ótica empresarial não deveriam se sobrepor às demais necessidades que estão desatendidas, especialmente às ligadas à própria operação da Empresa.

Enquanto as estatais não forem dirigidas por princípios técnicos, escolhas assim continuarão ocorrendo, em detrimento das próprias empresas e também da sociedade como um todo.

Correios participa da inclusão digital de mais de mil de familias

Diário da Amazônia
02/07/2018

O Correios já ajudou na inclusão digital de mais de 1, 5 milhão de famílias no primeiro semestre de 2018. A previsão é de que no segundo semestre a Seja Digital, Entidade Administradora da Digitalização de Canais TV e RTV, em parceria com os Correios, realizem a destruição de 2 milhões de Kits em 637 municípios localizados em todas as regiões do Brasil. Os Kits entregues contêm antena, conversor e controle remoto.

Mais de 1.300 cidades brasileiras terão o sinal analógico dos canais abertos de televisão desligado, até dezembro de 2018. A distribuição dos Kits são gratuitos e busca garantir as famílias de baixa renda o acesso ao sinal digital. Neste ano, a ação está sendo realizada em 16 estados do País: Pará, Pará, Amazonas, Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre, Amapá, Tocantins, Roraima, São Paulo e Ceará. As cidades do interior também foram inclusas na distribuição.

A Seja Digital já entregou mais de 9 milhões de Kits em todo o país. A a operação logística da Seja Digital iniciou em 2016. Famílias inscritas em programas sociais do governo federal recebem os equipamentos depois de agendar, pelo telefone 147 (ligação gratuita) ou pelo site www.sejadigital.com.br/kit, a retirada nas agências credenciadas. Para o agendamento, é necessário informar o NIS (Número de Identificação Social). Além da retirada do kit digital, os beneficiários recebem, na própria agência dos Correios, um treinamento gratuito para facilitar a instalação em casa.
Para informações sobre o desligamento do sinal analógico de TV e a distribuição dos kits gratuitos, acesse a página www.sejadigital.com.br ou ligue 147.

Correios e Sintect discutem pauta de negociações para fim da greve em Resende

A Voz da Cidade
30. jun 2018 23:06

A greve dos carteiros da agência dos Correios de Resende pode terminar na próxima semana, após quase um mês de paralisação da categoria. Nesta sexta-feira a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ), membros do movimento grevista e a direção regional dos Correios participaram de uma reunião, na sede regional da entidade, no Rio de Janeiro.

O encontro teve como proposta discutir as reivindicações dos carteiros e uma possível solução para o fim da paralisação, que desde o dia 5 não entregam as correspondências do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) da agência de Resende. A unidade é responsável pelos municípios de Resende, Itatiaia e Porto Real, com milhares de moradores sem correspondências e entregas retidas em outras unidades que não chegam a Resende, pela falta de espaço suficiente na unidade e mão de obra operacional.

De acordo com Hallison Nunes, carteiro que representa a categoria junto ao Sintect, a reunião – finalizada após o fechamento desta edição – servirá para a empresa e sindicato criarem a base da pauta da assembleia geral que o Sintect promoverá na terça-feira, dia 3, às 9 horas, na Praça da Concórdia. “Nossa expectativa é a de obter ao menos os MOTs (mão de obra temporária) para auxiliar os carteiros que trabalham em Resende. Houve a promessa, em duas ocasiões, da vinda de trabalhadores temporários e nada ocorreu. Vamos discutir tudo que for proposto com a categoria, na terça-feira”, informa Hallison Nunes, que teve no encontro a companhia do diretor do Sintect-RJ no Sul Fluminense, Esmeralci Silva. “O Sintec está acompanhando a situação, a categoria pretende retornar ao trabalho, pede o abono integral dos dias parados e a chegada dos MOTs”, informou o sindicalista, referindo a última assembleia realizada no dia 26, prorrogando a greve.

ABERTO AO DIÁLOGO

A direção dos Correios, questionada sobre a situação na agência de Resende, enviou nota informando que “os Correios permanecem abertos ao diálogo e privilegiam o processo de negociação na solução dos conflitos. A área operacional já colocou em andamento o plano de contingência para minimizar a queda da qualidade das operações. No CDD Resende estão lotados 30 carteiros, sendo que 11 estão trabalhando e 19 estão em greve”, informa, lembrando que “a principal reivindicação é a alocação de mão de obra terceirizada (MOT). O processo de contratação está em fase final de análise pela vice-presidência de Finanças e Controladoria (VIFIC) dos Correios. Ele deve cumprir todas as exigências legais que regem a contratação de serviços nas empresas públicas e que todas as demais demandas estão sendo analisadas”, frisa.

Direção Nacional da ADCAP.

Outras Notícias