Adcap Net 13/03/2018 – TST decide que empregados dos Correios devem pagar por plano de saúde – Veja mais!

Correios têm greve ‘relâmpago’; TST diz que servidores pagarão planos de saúde

JCNET
13/03/2018

Depois de um dia de greve, os trabalhadores dos Correios deliberaram, em assembleia realizada nessa segunda-feira (12) à noite, pelo encerramento da mobilização em Bauru e região. A paralisação de 26 horas foi realizada no mesmo dia em que a categoria sofreu uma derrota no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Em sessão realizada ontem, a maioria dos ministros decidiu alterar as regras do plano de saúde, autorizando a cobrança de mensalidade dos funcionários da estatal em todo o País. Os servidores locais, contudo, optaram por voltar ao trabalho, mantendo o chamado estado de greve e a pauta de reivindicações junto à empresa.

“Foi mais uma paralisação de alerta aos Correios e de esclarecimento para a população sobre o processo de desmonte da estatal. Não queremos prejudicar as pessoas mais do que elas já estão sendo prejudicadas”, alega o vice-presidente do Sindicato dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos de Bauru e Região (Sindecteb), Luiz Alberto Bataiola.

De acordo com ele, as atividades seriam normalizadas a partir da 0h de hoje. O sindicato afirma que a adesão, em apenas um dia de greve, foi de 80% dos empregados dos Correios em Bauru e região. Já a empresa afirma que o índice de funcionários ausentes na base sindical de Bauru não chegou a 7% do efetivo, ontem. No Brasil, o percentual não teria alcançado os 13%.

A pauta de reivindicações da categoria é extensa e visa, segundo o Sindecteb, evitar o desmonte dos Correios e a consequente privatização. A empresa, por sua vez, afirmam que o verdadeiro motivo da paralisação foi a mudança na forma de custeio do plano de saúde da categoria, já que não houve descumprimento do acordo coletivo de trabalho, cuja data-base é agosto.

Com base nas mudanças determinadas ontem, os servidores devem passar a arcar com 30% dos custos com assistência de saúde e não mais algo em torno 10%. Pela decisão do TST, o pagamento do plano irá variar de acordo com a renda do funcionário.

COMO FICA

Quem ganha R$ 2,5 mil, por exemplo, pagará 2,5% do plano de saúde, ou R$ 62,50 por mês. Os filhos e cônjuges deste trabalhador também pagarão percentuais sobre essa mensalidade de R$ 62,50, de 35% e 60%, respectivamente. Mas, quanto maior o salário do empregado, mais elevado será o percentual a ser pago: quem recebe acima de R$ 20 mil, por exemplo, pagará 4,4% do valor da mensalidade. Quanto aos pais e mães dos titulares, que também são beneficiários, a decisão é de que poderão permanecer no plano até julho de 2019, quando um novo acordo entre a categoria e os Correios poderá ser costurado.

Até lá, pais e mães continuarão a pagar somente um percentual da consulta, a chamada coparticipação, como já ocorre hoje. Já quem já estiver em tratamento médico terá o direito de permanecer no plano até receber alta.

Além da cobrança de mensalidade, o TST alterou as regras para a cobrança de coparticipação em consultas e exames: o limite passa a ser de dois salários para os funcionários da ativa, não podendo ultrapassar a quantia correspondente a 5% dos rendimentos. Até a decisão do TST, os funcionários não pagavam mensalidade e a coparticipação era de 7% do valor das consultas, situação que os Correios consideravam insustentável.

Por meio de nota, a estatal informou que os custos com o plano de saúde foram de R$ 1,8 bilhão no ano passado, o equivalente a 10% do faturamento. Atualmente, os Correios contam com 108 mil funcionários na ativa e 32 mil aposentados, arcando com as despesas de saúde de 400 mil pessoas.

Lista de reivindicações

Ao anunciar a greve, na noite do último domingo (11), o Sindecteb enumerou as principais reivindicações da categoria, incluindo a não cobrança de mensalidade no plano de assistência médica. A entidade também reclama da demissão de 22 mil trabalhadores por meio de Planos de Desligamento Incentivado nos últimos quatro anos e a ausência de novos concursos públicos desde 2011.

“Isso sem contar os servidores que se aposentaram no período. Hoje, tem trabalhador de Bauru que está sendo emprestado para ajudar nas cidades vizinhas, que estão em situação ainda pior. Com a perda de mão de obra, é evidente que a qualidade do serviço não vai ser mantida. Quem é prejudicado é o trabalhador, que fica sobrecarregado, e a população”, aponta o vice-presidente do Sindecteb, Luiz Alberto Bataiola.

O sindicato questiona, ainda, o fechamento de agências; a suspensão das férias de todos os funcionários pela segunda vez consecutiva; e atrasos na entrega de cartas e encomendas devido à insuficiência de funcionários, que passaram também a ser hostilizados pela população.

“As críticas são constantes e já tivemos caso até de carteiro agredido. Os funcionários estão enfrentando sérios problemas de saúde, físicos e mentais. Os salários iniciais dos Correios são muito baixos, em torno de R$ 1,6 mil, e boa parte dos trabalhadores não tem como custear um plano de saúde”, observa, adiantando que o sindicato ingressará com recurso para que o TST detalhe, entre outros itens, se o cálculo da cobrança das mensalidades será feito a partir do salário bruto ou líquido dos servidores.

Greve dos Correios tem baixa adesão

IstoÉ
13.03.18

O primeiro dia de greve dos funcionários dos Correios, ontem, foi de baixa adesão. Segundo a empresa, 87,15% dos funcionários em todo o País trabalharam, o correspondente a 92.212 empregados. O dado foi coletado pela manhã, com base no sistema eletrônico de ponto da estatal.

Os Correios informaram que a greve foi concentrada na área de distribuição e todas as agências funcionaram, mesmo nas regiões que aderiram ao movimento. Já o secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios (Fentect), José Rivaldo da Silva, estima adesão de 25% dos funcionários.

“Diante da gravidade do problema da empresa, achamos a adesão baixa.”, admitiu Silva. Segundo ele, a Fentect, que representa 80 mil de 108 mil empregados da estatal, trabalha para aumentar a adesão à greve.No entanto, de acordo com os Correios, depois da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que autorizou a cobrança de mensalidade de funcionários e dependentes no plano de saúde, oito de 32 sindicatos que aderiram à paralisação de ontem decidiram retornar às atividades hoje. Quatro sindicatos não haviam aderido à paralisação. Os demais decidem hoje se continuam em greve.

O TST determinou que o valor cobrado de mensalidade dependerá da renda do trabalhador. O tribunal também alterou as regras de coparticipação – parte do valor de consultas e procedimentos que o funcionário divide com a empresa em consultas e exames. Não poderá haver cobrança em internações.

O tamanho da coparticipação depende da faixa de salário do funcionário. Entretanto, o desconto mensal não poderá passar de 5% do salário. Um funcionário que ganha R$ 2.500, por exemplo, pagará 2,5% do plano de saúde, ou R$ 62,50 por mês. Os filhos e cônjuges desse funcionário também pagarão porcentuais sobre essa mensalidade de R$ 62,50, de 35% e 60%, respectivamente. Quem ganha acima de R$ 20 mil, pagará 4,4% da mensalidade.A estatal alega que os custos do plano de saúde representam 10% do faturamento, uma despesa de R$ 1,8 bilhão ao ano, incluindo o custeio do benefício a empregados, dependentes, cônjuges, pais e mães dos titulares.

O Estado apurou que a estatal deve fechar 2017 com prejuízo entre R$ 2,3 bilhões e R$ 2,4 bilhões. O balanço financeiro ainda não foi divulgado mas, confirmado esses números, será o quinto ano seguido de resultados negativos. Para tentar reverter a crise, além de propor alterações no plano de saúde, a estatal fez plano de demissão dos funcionários (PDV) e fechou agências.

A Fentect afirma que a greve também serve para protestar contra alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários, a terceirização na área de tratamento, a privatização da empresa, extinção do diferencial de mercado e a redução do salário da área administrativa, entre outros pontos.Alternativas

Empresas de e-commerce e as de varejo, que contam com a opção de compra online buscam alternativas para não atrasar a entrega dos produtos. A Netshoes, por exemplo, realocou a expedição dos produtos para outros parceiros logísticos e notificou os clientes sobre possível aumento do prazo de entrega.

A companhia ressaltou que tem trabalhado para reforçar seus parceiros logísticos para reduzir ao máximo este vínculo com os Correios, que tem participação de até 20% do total de remessas das lojas virtuais.Sem sofrer o impacto da greve, a operação de e-commerce da Via Varejo (responsável pelas marcas Casas Bahia, Pontofrio, Extra e Barateiro) informou que conta com 150 transportadoras terceirizadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Já tem prazo limite! Correios promete acabar com frete grátis para encomendas internacionais

Tudo Celular
13 de março de 2018

Todos sabemos que os funcionários dos Correios anunciaram ontem (12/03) que estão iniciando uma greve por tempo indeterminado que atinge todo o país. A iniciativa vem em um momento em que a estatal enfrenta diversos problemas de caixa e por isso busca fazer alumas mudanças internas.

Agora, depois do confronto com o Mercado Livre, os dirigentes dos Correios estão de olho em mais uma forma de engordar o caixa da companhia. Em entrevista ao Valor Econômico, Guilherme Campos, presidente dos Correios, disse que a empresa identificou nos últimos anos o crescimento do “camelô eletrônico”.

Por isso, para ele, os Correios acabaram “subsidiando” em até R$ 1 bilhão os fornecedores chineses que encaminham suas “bugigangas” para o Brasil. Isso porque produtos com valores abaixo de US$ 100 acabam entrando no país sem a devida taxação por parte da União.Atualmente, chegam em média 300 mil objetos por dia no Brasil, sendo que isso representa um aumento de 200% no volume diário em apenas dois anos. Segundo Campos, grande parte desses produtos chegam ao Brasil com oferta de “frete grátis” e isso acaba escondendo uma manobra comercial.

Para ele, os sites chineses acabam se aproveitando de manobras para dificultar a fiscalização, sendo as principais delas a postagem de produtos sem rastreio, etiquetas fora do padrão internacional que não trazem o CEP do destinatário em código de barras. Isso acaba dificultando a triagem automatizada por parte dos Correios.

Desta forma, é preciso que a empresa faça toda a triagem manualmente e isso acaba impactando na operação da empresa, uma vez que ela é mais cara e demorada. Por isso, Campos acredita que se essas encomendas da China fossem registradas, os Correios receberiam cinco vezes mais para fazer o seu trabalho: “Os países que recebem produtos da China subsidiam a distribuição em cada um dos seus mercados”

Por isso, Campos diz que os Correios deixam de faturar R$ 15 por cada produto de origem chinesa que entra no Brasil, sendo que isso representa uma perda de R$ 1 bilhão por ano. Isso acaba sendo o equivalente a 6% de toda a receita da estatal registrada no ano de 2017.

Por conta disso, a empresa acaba enfrentando problemas com um “aumento desproporcional” de reclamações contra os Correios por demora na entrega. Para Campos, isso seria um indício claro de que boa parte dos produtos chineses não tem como destinatário os próprios clientes dos sites, mas sim pessoas que compraram esses objetos de revendas dos chamados “camelôs eletrônicos”.

Por conta disso, os Correios levaram o tema para a União Postal Universal (UPU) como uma forma de engrossar a pressão sobre a China. Mesmo assim, a estatal também está procurando uma maneira de se aproximar de Pequim para que os chineses comecem a enviar informações eletrônicas.

Caso a investida não funcione, já está nos planos dos Correios a implementação, ainda neste ano, de um sistema que levaria o comprador a pagar o frete no momento da entrega. Isso acabaria fazendo com que as ofertas de frete grátis se tornassem sem validade para produtos entregues no Brasil.

TST decide que empregados dos Correios devem pagar por plano de saúde

EBC
12/03/2018

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu, nesta segunda-feira (12), que os empregados dos Correios e seus dependentes deverão pagar mensalidade para manter os planos de saúde. O tema foi objeto de julgamento pela Seção de Dissídios Coletivos da corte, que aprovou a proposta do ministro relator, Aloysio Corrêa, por 6 votos a 1. A ação de dissídio coletivo havia sido ajuizada pela companhia ainda no ano passado, quando não houve acordo entre empregados e direção sobre a revisão do Postal Saúde no âmbito do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

A principal mudança é a introdução da cobrança de mensalidade dos empregados e seus dependentes (cônjuges e filhos), conforme faixas etária e remuneratória. Até então, os empregados e seus familiares que usavam o plano pagavam apenas um percentual por consulta ou exame, de acordo com uma tabela remuneratória do plano.

Os dependentes ascendentes (pais e mães) dos empregados continuarão no plano até julho de 2019, quando vence o ACT em vigor. Após esse período, deixarão de ser cobertos pelo plano, e ficarão assegurados os que estiverem em tratamento médico-hospitalar até a alta médica, segundo regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).Um novo plano-família, a ser criado no ano que vem, poderá incorporar pais e mães e outros eventuais dependentes dos funcionários. A proposta inicial da empresa previa a manutenção do plano apenas para funcionários ativos e aposentados e a criação de um outro plano para todos os dependentes.

Os ministros também aprovaram a proporcionalidade de pagamento das despesas totais do plano, que será de 30% para os empregados e 70% para os Correios. Além disso, ficou definido que, havendo lucro líquido no exercício anterior, a empresa reverterá 15% para o custeio das mensalidades do plano de saúde dos beneficiários. Além dos mais de 140 mil funcionários da ativa e aposentados dos Correios, o Postal Saúde atendia a outras 250 mil pessoas, totalizando aproximadamente 400 mil vidas.

A direção dos Correios aguarda a publicação da íntegra da decisão do TST para avaliar o impacto nas contas da empresa e adotar as medidas para a implantação das novas regras. Para o presidente dos Correios, Guilherme Campos, a decisão representa um grande avanço para a retomada do processo de recuperação da empresa, que enfrenta uma grave crise financeira.

“A decisão ficou distante da nossa proposta inicial, mas é um reconhecimento de que o custeio tem que ser compartilhado e o primeiro passo importante para a sustentabilidade do plano e dos próprios Correios”, explica.

À noite, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) divulgou nota orientando pela continuidade da greve e convocando, para esta terça-feira (13), uma reunião com a assessoria jurídica para discutir a decisão do TST e definir estratégias, a partir de agora. Os sindicatos também deverão se reunir no período da tarde.

Matéria atualizada às 22h56 para publicação de nota da Fentect posicionando a categoria sobre a decisão do TST.

Correios: ‘grevistas não falam sobre real motivo da paralisação’

Veja
12 mar 2018

Os Correios divulgaram nota hoje afirmando que o movimento grevista não fala sobre o real motivo da paralisação. Segundo a empresa, o que está por trás da greve iniciada ontem é o custeio do plano de saúde dos funcionários.

Pelos cálculos da estatal, o gasto anual com plano de saúde atinge 1,8 bilhão de reais por ano, o que corresponde a 10% do faturamento dos Correios.“Com o objetivo de ganhar a opinião pública, as representações dos trabalhadores divulgaram uma extensa pauta de reivindicações que nada têm a ver com o verdadeiro motivo da paralisação de hoje: a mudança na forma de custeio do plano de saúde da categoria”, dizem os Correios.Pelas regras atuais, além do funcionário, cônjuge e filhos, também são cobertos pelo plano de saúde pais e mães de colaboradores. Nenhum deles paga mensalidade para ter direito à cobertura de saúde. Proposta apresentada no ano passado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) previa a criação de uma cobrança mensal de 5,21% a 7,82% da remuneração bruta, dependendo do salário ou aposentadoria. Hoje, há uma coparticipação de 7%. A proposta do TST previa elevar a coparticipação para de 15% (exames) a 30% (exames).

“No momento, a empresa aguarda uma decisão por parte daquele tribunal. A audiência está marcada para a tarde de hoje”, informam os Correios sobre a questão do plano de saúde.

Para a empresa, a greve é injustificada e ilegal, “pois não houve descumprimento de qualquer cláusula do acordo coletivo de trabalho da categoria”.

Em notas, a estatal diz que a crise financeira que atravessa é “fruto da queda expressiva do volume de correspondências, objeto de monopólio, e da falta de investimentos em novos negócios, nos últimos anos, que garantissem não só a competitividade, mas também a sustentabilidade da empresa”. “Estes, dentre outros fatores, vêm repercutindo nas contas dos Correios e, neste momento, um movimento dessa natureza serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada da estatal e, consequentemente, de seus empregados.”

Segundo os Correios, a greve ainda não atinge os serviços de atendimento. “Até o momento, todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram ao movimento, estão abertas e todos os serviços estão disponíveis.”

A empresa diz que 87,15% do efetivo total dos Correios no Brasil está presente e trabalhando — o que corresponde a 92.212 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença.

Em nota de 2017, a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) dizia que o ‘plano de saúde podia ser o bode expiatório para mascarar denúncias’. “É preocupante a falta de transparência, como no caso do plano de saúde da categoria, que está em processo de julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e, ainda hoje, as representações dos trabalhadores não tiveram acesso aos números reais da operadora”, afirmou a entidade.

Como privatizar os Correios? Você pode ganhar até R$ 5 mil se tiver uma boa ideia

InfoMoney
12/03/18

Além das reclamações de encomendas que não chegam aumentarem muito em meio à redução de funcionários, o Correios gerou ainda mais turbulências aos consumidores nos últimos dias, após empregados da empresa (/assuntos/empresa) estatal aderir à greve por tempo indeterminado. A paralisação, que começou na noite de domingo (11), é parcial (ou seja, parte das agências está aberta), mas é bastante abrangente e atinge tanto os setores de atendimento como o de distribuição.

Entre as razões para a greve estão as contestações sobre plano de carreira e retirada de benefícios, além da cobrança de mensalidades e retirada de dependentes do plano de saúde.

Sobre esse último tópico, a resposta do Correios mostra a dificuldade que a companhia enfrenta: “a forma de custeio do plano de saúde dos Correios segue, agora, para julgamento pelo TST. A empresa aguarda uma decisão conclusiva por parte daquele tribunal para tomar as medidas necessárias, mas ressalta que já não consegue sustentar as condições do plano, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar com esses custos”.

Em novo comunicado enviado à imprensa, os Correios armam que a paralisação iniciada nesta segunda-feira é parcial e ainda não tem reflexos nos serviços de atendimento dos Correios. “Até o momento todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram ao movimento, estão abertas e todos os serviços estão disponíveis”. Além disso, segundo levantamento realizado pela estatal, 87,15% do efetivo total dos Correios no Brasil (/assuntos/brasil) está presente e trabalhando, o que corresponde a 92.212 empregados. De qualquer forma, em muitos lugares, os impactos estão sendo.

A companhia vem se mostrando um dos símbolos da ineficiência e atraso que acomete muitas outras empresas estatais (/assuntos/estatais), que estão cando para trás enquanto muitas outras têm se modernizado.

Em janeiro, o ministro das telecomunicações Gilberto Kassab armou que a atual gestão encontrou os Correios com uma administração desorganizada e com déficit de R$ 2 bilhões, sendo R$ 1 bilhão empenhado para o plano de desligamento voluntário do quadro de funcionários da empresa. “Impomos uma rigorosa recuperação e sua administração financeira foi melhorada. A operação negativa está em R$ 1 bilhão, mas estamos em ajustes, como a venda de imóveis e o ajuste do plano de saúde, o que nos permitirá chegar ao equilíbrio do Correios”, disse. Porém, pelo que parece, o ajuste nos planos de saúde não será simples.

Naquela mesma data, Kassab ainda disse que o governo (/assuntos/governo) já não trabalhava mais com a hipótese de privatizar os Correios, como chegou a ser aventado em 2017. Porém, dada a situação da empresa, essa “solução” para a companhia pode voltar a ser aventada, apesar de ainda sofrer resistências de muitos lados. Como privatizar os Correios?

Pensando nessa possibilidade, a Rede Liberdade, com apoio do Instituto Mises Brasil e do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica e do Instituto Liberal de São Paulo, lançou o Concurso “Como privatizar os Correios?”

Segundo a descrição que consta no site do Centro de Liberdade Econômica da universidade, “os autores deverão abordar o tema proposto focando na aplicabilidade de soluções para o setor à luz de teorias de pensadores liberais e de modelos e experiências adotadas em outros países”.

O primeiro lugar receberá um prêmio de R$ 5 mil, enquanto os segundo e terceiro lugares receberão R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente. O resultado será divulgado até dia 08 e maio e a premiação ocorrerá no dia 08 de maio durante a XVII Semana do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, no campus Higienópolis.

Direção Nacional da ADCAP.

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