Adcap Net 01/08/2017 – Correios estudam reduzir gastos de R$ 2 bi – Veja mais!

Rentabilidade do PostalPrev supera meta do 1º semestre

Postalis
1 de agosto, de 2017

O Plano PostalPrev teve rentabilidade de 4,43% no primeiro semestre de 2017, superando em 15% a meta atuarial para o mesmo período. O plano está superavitário em R$ 507 milhões no fechamento do primeiro semestre.

Atualmente com um patrimônio consolidado de R$ 4,8 bilhões, o PostalPrev teve um crescimento de R$ 324 milhões no ano. Cerca de 63% dos investimentos do plano estão em Títulos Públicos Federais, ou seja, aproximadamente R$ 2,8 bilhões.

O Diretor de Investimentos, Christian Schneider, avalia que as estratégias de alocação dos recursos tomadas até o momento estão se mostrando acertadas e em consonância com os movimentos do cenário econômico que vivemos. “Estamos atuando de forma assertiva nos investimentos do Postalis. Prova disso, são os resultados que já começam a aparecer no Plano PostalPrev”, destacou.

Para saber mais, acompanhe o boletim “Postalis em Números” que apresenta dados da gestão como alocação da carteira de investimentos, volume de arrecadação, pagamento de benefícios, evolução do patrimônio, reservas matemáticas e rentabilidade dos planos de benefícios. Por meio do boletim, os participantes podem acompanhar de perto a gestão do Instituto.

http://www.postalis.org.br/postalprev-supera-meta-no-1o-sem/#.WYDFr4jyuUk

Empresário terceiriza área de TI

ESTADÃO ON-LINE
31/7/17

Com fornecedor, PME busca suporte e segurança de dados

Montar uma equipe de tecnologia da informação (TI) e investir nessa área em uma companhia demandam tempo, conhecimento e dinheiro. Por isso, muitos empresários acabam delegando esse serviço a provedores que oferecem soluções digitais como emails corporativos e armazenamento em nuvem.

Questões envolvendo o atendimento foram consideradas essenciais para 33% nesta categoria. Desses, 71% destacam entre os critérios de escolha a agilidade na resolução de problemas. “Sabemos que o suporte 24 horas é importante para aproximar o pequeno empresário, que busca uma administração de TI simplificada”, diz Izabelle Macedo, diretora de marketing para a América Latina do Google Cloud.

A segurança dos dados também é importante para os entrevistados. “Ninguém vai pegar todas as informações da companhia e pôr na nuvem de uma empresa de que nunca ouviu falar”, afirma Luis Carlos dos Anjos, gerente de marketing da Locaweb.

Uso do Gmail pessoal leva a corporativo
A conta pessoal no Gmail é a porta de entrada para pequenos e médios empresários adquirirem os serviços corporativos de e-mail e nuvem da Google, que ficaram em primeiro no ranking de satisfação da categoria, com 90 pontos. “Muitas pessoas já usam o Gmail como pessoa física e vêm em busca de uma solução mais robusta para sua empresa”, diz Izabelle Macedo, diretora de marketing para a América Latina do Google Cloud.

Chamado de G Suite, o serviço da Google para empresas oferece e-mail comercial, videoconferência, agendas, armazenamento na nuvem e compartilhamento de arquivos. “A integração de todos esses serviços é muito importante para o pequeno empresário, porque significa uma redução de custos. Ele não precisa adquirir vários softwares para o processamento de dados.”

Para 61% dos entrevistados, os serviços em si são o principal critério para optarem por uma marca. Desses, 67% consideram a qualidade o quesito mais importante. Segundo Macedo, o serviço de e-mail da Google tem uma garantia de tempo de atividade de 99,9%. “Ou seja, não há um momento em que ele não estará funcionando”, afirma.

Plataformas apostam em loja virtual
Perto da Google no ranking de satisfação, a Locaweb, que obteve 87 de índice, quer ir além dos serviços de e-mail e hospedagem. A empresa, que estima que 80% dos seus clientes são pequenos e médios empresários, tem investido também em soluções de comércio eletrônico, como a criação de lojas virtuais.

“Muitos empresários já tinham um site institucional e, do ano passado para cá, observamos um aumento na sua intenção de também vender pela internet. Registramos uma taxa de crescimento de 50% na unidade responsável por essas soluções”, afirma Luis Carlos dos Anjos, gerente de marketing da Locaweb.

A Uol Host também tem apostado na modalidade. “Hoje, o cliente consegue, com poucos passos, criar uma loja virtual integrada com a PagSeguro e os Correios”, afirma Roosevelt Nascimento, gerente geral de produtos da marca.

A empresa quer se consolidar como uma one-stop shop, uma loja com todos os produtos e os serviços em um único lugar. Para isso, começou a trabalhar também com ferramentas de divulgação para os clientes, como revenda de Google AdWords e suporte para envio de e-mail marketing.

BRASIL Novidades na legislação vão impactar resultados

VALOR ECONÔMICO
31/7/17

Algumas novidades na legislação e na prestação de serviços públicos devem impactar as vendas de fim de ano. Por exemplo, a lei sancionada no final de junho pelo presidente Michel Temer, a 13.455, que permite dar descontos na venda de produtos e serviços quando o pagamento for à vista ou em dinheiro. A diferenciação de preço não é obrigatória, cabendo ao empresário adotá-la ou não.

Mas quem quiser usar essa prerrogativa para alavancar as vendas deve informar o cliente – com anúncio em formato e local visíveis -, destacando as vantagens oferecidas em função do prazo ou da forma de pagamento. “Os negócios que concederem o desconto terão um apelo comercial mais forte, especialmente nas campanhas de promoção e liquidação, quando os percentuais poderão ser ainda mais altos”, diz Fabiana Mendes, sócia-diretora da consultoria GS&Friedman.

Por outro lado, ela aponta a mudança do modus operandi que o pagamento em dinheiro vai exigir para manusear os recursos financeiros e fechar o caixa. Até a sanção da lei, o comércio não tinha autorização legal para cobrar valores mais baixos em pagamentos à vista ou em dinheiro. Dessa forma, o consumidor que optava por eles acabava sendo impactado pela taxa de 5% que as operadoras de cartão de crédito cobram.

Outra mudança prevista é a regulamentação para os marketplaces. A partir de 4 de setembro, todas as operações de pagamento de marketplaces serão centralizadas, compensadas e liquidadas por meio da Câmara de Interbancária de Pagamentos (CIP). Com essa medida, o objetivo do Banco Central é aumentar o controle sobre a circulação monetária nessas plataformas digitais, além de assegurar maior liquidez e segurança dos créditos.

Antes da mudança da regra, o marketplace recebia os pagamentos na sua própria conta bancária e depois transferia o percentual da venda à loja virtual. Agora, todos os pagamentos serão direcionados para uma conta de liquidação, que será mantida por uma instituição autorizada pelo Banco Central.

Caberá ao próprio marketplace lançar nessa conta as operações de recebimento e crédito em nome do recebedor (loja virtual), bem como registrá-las na CIP. Periodicamente, os saldos devidos a cada uma das partes serão calculados. Só então os valores serão efetivamente distribuídos, tanto para o marketplace quanto para a loja virtual.

Os marketplaces serão os mais afetados: embora as tarifas bancárias tendam a diminuir, os custos com tecnologia devem aumentar. “A integração com a Câmara de Interbancária de Pagamentos exigirá despesas com tecnologia, interconexão e gestão de procedimentos, ou seja, novos processos e sistemas”, afirma Gerson Rolim, diretor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net)

Uma alternativa para minimizar o impacto da integração é terceirizar a intermediação de pagamentos com empresas especializadas, ainda que isso também traga novos custos à operação do marketplace. Para o varejo virtual e para o consumidor, não haverá aumento de custo. “Para eles, a centralização será invisível”, diz Rolim.

Outra novidade neste semestre que deve mudar a vida dos lojistas é a chegada do boleto à prova de fraudes. De forma gradual, até dezembro, vão deixar de existir os boletos de pagamento não-registrados – conhecidos como boletos simples. Conforme determinação do Banco Central, agora os boletos devem ter os seguintes dados: CPF ou CNPJ do beneficiário e do pagador, valor e data de vencimento. A medida visa à prevenção e redução de fraudes.

Para empresas que ainda não trabalham com boletos registrados, o custo da operação deve aumentar devido à necessidade de integração com um banco que gere o documento de cobrança. “Uma das vantagens é que, em caso de não pagamento, o protesto será automático”, diz Rolim, diretor da camarae.net.

Os negócios de e-commerce serão um dos setores mais afetados pela mudança. Segundo Rolim, 5% dos pagamentos no varejo on-line é via boleto. “Em sites de serviços, o percentual chega a 100%”, afirma. O fim do e-Sedex, serviço de encomenda expressa dos Correios, que operava com preços inferiores para vendas pela web, também vai exigir planejamento, cálculos e novas negociações das lojas virtuais, para que o valor do frete não espante os clientes.

Experiência do cliente e infraestrutura são os principais desafios da logística no Brasil

E-COMMERCE BRASIL
31/7/17

Caminhos diferentes, com muito buraco nas estradas, mas destinos iguais. Apesar de apresentarem visões diferentes sobre como será o cenário da logística no e-commerce nos próximos dez anos, Lemuel Silva, chefe do departamento de Soluções Logísticas dos Correios, Antonio Queiroz, diretor de Vendas da FedEx Brasil e Armando Marchesan, CEO da Sequoia Logística, concordam em pelo menos um aspecto: experiência do cliente será o principal desafio das empresas, além da falta de infraestrutura no Brasil.

Os três participaram, na última quinta-feira (27), do auditório de Gestão do Fórum E-Commerce Brasil 2017. Para o chefe dos Correios, que recentemente passaram a cogitar uma volta do e-Sedex, relacionamento com o cliente começa na compra, mas termina na entrega. Na sua opinião, o grande desafio é como melhorar a experiência do cliente.
“A resposta não é novidade: quanto mais rápido e mais barato, melhor. Ou seja, frete grátis e redução de prazo. Essa é a minha visão”, resumiu Silva.

A estratégia, apesar de comum no e-commerce, não é compartilhada por boa parte dos lojistas, que enxerga o frete grátis como um rombo nas contas da empresa e iniciou um movimento para, cada vez menos, bancar o valor da entrega.

Mesmo assim, o representante da estatal apontou formas como o custo da distribuição pode ser diminuído e, assim, possibilitar queda nos preços do frete. “O primeiro ponto passa pela descentralização dos Centros de Distribuição. Eu tenho de replicar estoque, fazer a gestão de estoque, ter planejamento de demanda e escolher os SKUs que valem a pena”, afirmou.

Na sua opinião, serão necessários novos modelos de logística na próxima década, modelos nos quais “o produto saia de um armazém próprio para conseguir entregar no mesmo dia ou algumas horas, com o governo ajudando ou não.” Ele ainda adiantou que, além das mudanças recentes no e-Sedex e no PAC, os Correios passaram a planejar outras alterações, sem explicar quais.

Por outro lado, Antonio Queiroz, da FedEx Brasil, classificou o frete grátis como insustentável. “Muito mais do que o frete é a solução que está sendo dada ao cliente. No fim do dia, a carga precisa se deslocar de um lugar ao outro. A pergunta é: quais as soluções dadas ao consumidor?”, questionou.

Para ele, com novos usuários entrantes, “e pagantes do frete”, é importante que se ofereça uma gama de serviços disponíveis, considerando custo-benefício, integração de sistemas entre embarcadores e transportadores e informação mais rápida.

“Além disso, precisamos pensar em flexibilidade e velocidade na resolução dos problemas, torre de controle com especialistas de acompanhamento de operações B2C, capacidade de fornecer rastreamento em tempo real aos consumidores finais e nível de serviço elevado na entrega”, opinou.

Buraco na via Nada disso será possível, porém, se a infraestrutura brasileira para entrega – seja por terra, água ou ar – não receber investimentos. Segundo Armando Marchesan, CEO da Sequoia Logística, a notícia não é boa para o setor.

De acordo com dados do governo, 0 investimento em infraestrutura como um todo caiu 37,6%, de R$ 131, 7 bilhões em 2014 para R$ 105,9 bilhões em 2016. Já no modal terrestre, o principal para a logística, a queda foi ainda maior, de 40%. “Nos próximos anos, não estamos nem compensando a depreciação. Significa que a gente vai não melhorar”, cravou.

Para sair da situação de défict de rodovias e de segurança, seria necessário aplicar cerca de 2% do PIB por 15 a 20 anos, conforme Marchesan explicou. Hoje, esse índice está em 0,5%.

Por outro lado, existe esperança. “Notícia boa: a velocidade em que as tecnologias estão ficando mais baratas é alta. O preço médio delas saiu de US$ 180 mil em 2007 para US$ 879 em 2015. Antes de sonhar, precisamos fazer o básico bem feito”, cravou.

Economista condenado por fraude dirige revitalização do porto do Rio

FOLHA ON-LINE
30/7/17

Há quase 20 anos, o economista Antônio Carlos Mendes Barbosa, o Tata, busca explicar o depósito, em sua conta, de nove cheques provenientes de uma fraude no Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios. Multado em R$ 500 mil pela CVM (Comissão de Valores Imobiliários) em 2005, o ex-superintendente de Desenvolvimento de Mercado da BM&F conseguiu há dois anos reduzir a pena à metade, sem ser inocentado. Ele tenta na Justiça Federal anular a condenação e provar que não participou do esquema.

Afastado da Bolsa de Valores por iniciativa própria desde o início dos anos 2000, Barbosa assumiu neste ano a Cdurp, companhia responsável pela revitalização da região portuária do Rio, na gestão Marcelo Crivella (PRB). No cargo, tenta desfazer o nó financeiro no projeto, que tem provocado dívida com a concessionária que realiza as obras no local e afetado a conservação da área.

Neste intervalo de quase 15 anos, o economista diz que, para se manter, orientou investimentos de alguns clientes. Se ficou longe dos holofotes, sua história foi inspiração para as telas do cinema.

Exibido no Festival do Rio em 2014, “Casa Grande” recebeu o prêmio de melhor filme pelo júri popular. Dirigido por Fellipe Barbosa, filho do presidente da Cdurp, ele narra as dificuldades financeiras de uma família rica após Hugo -interpretado por Marcello Novaes- ficar desempregado.

A produção não faz referências ao processo. Nas poucas cenas sobre a profissão de Hugo, ele aparece comentando ações do grupo X, de Eike Batista, e buscando recolocação no mercado financeiro. O protagonista é o filho Jean e as mudanças na sua vida.

“O que acontece com a família do filme aconteceu com meus pais em 2002, 2003. Fala de uma família da alta burguesia carioca que vai à falência e decide esconder do filho até que ele passe no vestibular”, afirmou Fellipe, em entrevista no Festival de Munique, em 2014.

Nessa fase, o diretor –premiado no Festival de Cannes com “Gabriel e a Montanha”–estava em Nova York cursando mestrado em cinema na Universidade Columbia. “Minha inspiração foi querer corrigir minha ausência.”

Naquele período, Mendes Barbosa já havia se afastado da BM&F e respondia ao processo na CVM. O colegiado apurava uma fraude de R$ 2,2 milhões no fundo Postalis por meio da corretora Telles entre 1998 e 1999.

POSTALIS
De acordo com o processo, dois laranjas eram beneficiados em operações com prejuízo ao fundo de pensão. Os valores eram repassados à dupla em cheques. Alguns deles foram entregues a outras pessoas. Nove, que somavam R$ 99 mil, foram depositados na conta de Tata.

O relator do caso, Sérgio Weguelin, afirmou que Barbosa “foi um inconteste partícipe da trama”.

O voto foi aprovado por unanimidade. Mas o então diretor da CVM, Marcelo Trindade, disse ter dúvidas sobre a participação de Barbosa. “Não sei qual era a influência dele nessa operação. Se era pela apresentação do Postalis ou em troca de uma omissão ou promessa de omissão na fiscalização.” A decisão não relata atos do economista em favor da fraude.

“Minha atribuição era dar cursos para desenvolver as corretoras a buscar novos investidores. Nunca fiz fiscalização”, disse Tata.

O presidente da Cdurp afirma que recebeu os cheques porque vendeu dólares à corretora para, com reais, pagar a construção de sua casa no bairro do Itanhangá –a mesma usada como set de filmagem de “Casa Grande”, uma propriedade de três andares com piscina onde mora até hoje. O argumento não convenceu o relator.

“É sofrível a justificativa para a origem do dinheiro, como se fosse verossímil que os dólares vendidos pudessem corresponder, por coincidência, aos exatos 10% sobre os ganhos em detrimento do Postalis”, escreveu Weguelin.

Na Justiça, Barbosa tenta anular a decisão afirmando que a CVM não permitiu que ele provasse sua inocência.

“Não tenho vergonha nenhuma. [] Recebi [uma multa,] o que o Jorge Paulo Lemann [acionista da Inbev e do fundo 3G] e qualquer pessoa do mercado financeiro já recebeu”, afirmou Barbosa, que não foi inabilitado para atuar no mercado nem denunciado pela Procuradoria -o caso foi arquivado em âmbito criminal.

Cosméticos
Barbosa diz que pediu para ser demitido no início das investigações. A queda de rendimento afetou a família. A mulher passou a vender cosméticos, e a casa quase foi vendida –episódios relatados no filme.

“Joguei minha carreira fora na Bolsa por causa disso. Me retirei do mercado e fui cuidar da minha vida”, afirmou o economista.

Ele diz que em fevereiro de 2016 decidiu procurar Crivella. “Tinha uma certa experiência e disse que queria colaborar com a campanha e o futuro governo dele.”

“Aquilo [o filme “Casa Grande”] foi uma ficção que ele fez baseada na minha vida. Tem 15% do que ele viveu. Mas chorei quando vi”, afirmou o presidente da Cdurp.

Correios estudam reduzir gastos de R$ 2 bi

Exame
29/07/2017

Com o risco de fechar as contas no vermelho pelo quinto ano consecutivo, a diretoria dos Correios começou a estudar alternativas para reduzir os benefícios dos funcionários.

Nos cálculos da empresa, seria possível economizar R$ 2 bilhões por ano se os benefícios fossem limitados apenas ao que exige a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Também está sendo avaliada uma restrição no plano de saúde, em que os dependentes ficariam de fora. Os dados constam em estudo feito pela direção da estatal, obtido pelo Estadão/Broadcast.

A reportagem apurou que a direção da estatal elaborou um levantamento interno para avaliar a diferença entre o que é pago atualmente aos 109 mil empregados – que são celetistas mas com estabilidade no emprego – e as exigências da CLT usadas por empresas públicas e privadas. A diferença entre o praticado no mercado de trabalho para grande parte da população e o que é pago pelos Correios alcança aproximadamente R$ 800 milhões anuais.

Além disso, a empresa economizaria mais R$ 1,2 bilhão se deixasse de pagar assistência médica para pais e filhos dos empregados, como é feito hoje. Com dependentes, o plano custa R$ 1,8 bilhão em 12 meses. Além dos funcionários da ativa, o plano contempla 27,7 mil aposentados.

Na prática, o montante economizado, de R$ 2 bilhões, é superior ao déficit previsto pela empresa para 2017, de R$ 1,3 bilhão. A estatal, palco inaugural do mensalão há mais de dez anos, também terminou no vermelho em 2015 e em 2016.
O estudo foi feito para embasar as negociações do acordo coletivo de trabalho para os anos de 2017 e 2018, com mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Isso não significa, porém, que será utilizada pela direção como proposta oficial para os funcionários. Entre os benefícios que a empresa pretende tesourar estão: gratificação de férias, vale alimentação, vale refeição durante as férias, vale cesta extra e vale cultura.

A maior economia seria na gratificação de férias complementar. Hoje, os funcionários recebem 70% de gratificação de férias – enquanto os trabalhadores da iniciativa privada recebem um terço. Isso representa hoje um custo de R$ 303 milhões num ano. Caso a estatal seguisse o adicional de férias tradicional, o valor dispensado seria de R$ 144 milhões, o que representaria uma economia de R$ 159 milhões por ano.

O presidente dos Correio, Guilherme Campos, disse que os benefícios foram acordados quando a empresa tinha monopólio de mercado. “Com a queda do monopólio, fica impossível a estatal ter dois terços de seu custo só com salários e benefícios”, disse. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares contesta o argumento de que a empresa tenha prejuízo. Os trabalhadores acusam a direção de “maquiar” o balanço e argumentam que os benefícios superiores ao definido pela CLT funcionam como compensação pelos baixos salários.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O e-Sedex vai voltar, mais vantajoso e não somente para encomendas, diz gerente dos Correios

UOL BLOG PORTA 23
29/7/17

Há pouco mais de um mês, os Correios acabaram com o serviços de entregas e-Sedex, criado há 17 anos para desenvolver o comércio eletrônico brasileiro. A reação dos pequenos varejistas foi imediata. Houve muito choro e ranger de dentes, reportagens estimando aumentas da ordem de 30% e 40% do valor do frete das mercadorias compradas para a Internet. Mas, de forma geral, as mudanças provocadas pelo fim do serviço, foram pouco percebidas pela massa dos consumidors. “Na verdade, em 32% das faixas da nova política dos Correios o frete ficou mais barato que o próprio eSedex. Estamos falando de faixas onde estão a maior demanda, no sul e no sudeste, que concentram o maior mercado”, comenta Lemuel Costa e Silva, chefe do departamento de encomendas e e-commerce dos Correios, que participou esta semana do Fórum E-commerce Brasil 2017, em São Paulo. Tem mais, a empresa pretende, de fato, voltar a usar a marca e-Sedex, mas não somente para encomendas. “Estamos pensando em ao menos duas novas soluções para e-commerce que devem usar a marca, que é uma marca forte”, comenta o executivo.

O zum zum zum entorno da volta do e-Sedex começou a circular mais forte na semana passada, e chegou até a motivar a liberação de uma nota oficial da presidência da estatal. Nela, Guilherme Campos confirma que estão em andamento estudos para reformulação do serviço, seguindo a mesma lógica usada até aqui para tornar os serviços da empresa mais atraentes em áreas mais rentáveis, sem abrir mão de cumprir a obrigatoriedade de universalização. E refuta o impacto negativo nas entregas com o fim do e-Sedex. A nota confirma que 32% dos envios que antes eram feitos por meio do e-Sedex tiveram queda real de preço. E informa que a diferença foi, em média, de 8%. “Mas há casos em que o preço chegou a cair 30%”, diz o texto. Calma lá… Antes de parar de ler, se irritar, dizer que os Correios estão mentindo, que tal tentar entender a lógica por trás da reestruturação das ofertas da estatal para o e-commerce brasileiro e como ela obedeceu a uma tentativa da empresa de voltar a ser competitiva no segmento de logística do varejo online?

Cenário Vamos lá. Faz algum tempo que Pedro Guasti, VP de Intelligence Market do BuscaPé, diretor geral da e-bit e presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP, alerta que para boa parte do ecossistema do e-commerce nacional, o fim do e-Sedex não faria a menor diferença. Por quê? Por vários motivos. O maior dele é que o e-Sedex já vinha deixando de ser uma boa alternativa frente às outras opções do mercado e, mais recentemente, do próprio Correios. Pedro lembra que várias dessas empresas de logística viram nas muitas greves e paralisações do Correios, que ajudaram a denegrir a imagem do serviço por conta dos atrasos causados nas entregas, uma oportunidade para ganhar mercado, aproveitada sobretudo para cargas grandes e de maior valor.

Isso aparece claramente nas informações fornecidas com exclusividade para este blog pela BigData, que há três anos coleta uma enorme massa de dados para a pesquisa “Perfil do e-Commerce Brasileiro”, do PayPal. Os dados são referentes à segunda semana de julho, nos três anos comparados. Em 2017, a empresa identificou 600 mil varejistas online na massa de dados analisados. Em 2016, foram 547 mil e em 2015, 450 mil. Os números, nos gráficos abaixo, surpreenderam até mesmo o Lemuel, dos Correios. “Achava que era a nossa participação era maior”, diz ele. Vale ressaltar que foram consideradas palavras referentes ao modelo de entrega.

Os resultados da BigData Corp comprovam que o mercado passou a ter muitas alternativas, principalmente para médias e grandes cidades, feitas por empresas privadas, conforme havia apontado Pedro.

Outro fenômeno importante a considerar nesses três anos, foi o movimento feito pelos grandes marketplaces, como MercadoLivre, Uol Host, etc, que atendem a maioria dos pequenos lojistas. Vários passaram a contar com serviços de entrega próprios, como o Envio Fácil, do PagSeguro e o Mercado Envios, do MercadoPago, lembra o diretor da e.bit. Esses serviços usam os Correios, embora alguns não digam isso abertamente. E têm uma taxa melhor do a taxa do balcão da estatal, conforme explica Lemuel. De acordo com ele, os Correios têm contratos em condições especiais com 16 marketplaces. Inclusive, alguns marketplaces verticais, como o Elo7, específico para artesanato. “Eles diluem o preço do frete na cesta de outros serviços”, comenta o chefe do serviços de encomendas da estatal. O pessoal do Uol Host, confirma. O Envio Fácil agiliza a parte operacional de impressão de etiqueta e monitoramento de entrega, com taxas que podem economizar mais de 50% do valor do frete. O modelo foi criado em parceria com os Correios. É aí que o fim do e-Sedex começa a fazer sentido e percebe-se uma grande desinformação, até mesmo entre os varejistas. De acordo com Lemuel, a nova política comercial dos Correios pesou mais para determinados perfis de carga e localização de entrega.

“De fato, entregas para algumas cidades do norte e nordeste ficaram um pouco mais caras. Em compensação, a maioria das entregas locais e estaduais, especialmente nas regiões sul e sudeste, que concentram a maior demanda, ficou mais barata”, diz ele.

A reformulação considerou que nos grandes centros, e em cidades do sul e sudeste, muitos varejistas online já haviam deixado de usar os serviços dos Correios, preferindo os serviços concorrentes. “Analisamos a demanda do próprio Correio, as demandas e o potencial de mercado e começamos a ajustar a nossa escala para dar um preço melhor onde existe maior escala e potencial de mercado. Foi isso com que fez que norte e nordeste ficasse um pouco mais caro”, comenta o executivo dos Correios. De acordo com ele, o Sedex d+1 ficou mais barato e mais rápido que o PAC para entregas locais. em média, 10%. “Por isso, na maioria dos locais de alta demanda o valor da entrega ficou menor que os valores do e-Sedex”, reafirma o executivo, lembrando que essa lógica ajuda à de subsídio cruzado interno dos Correios, obrigado, pela legislação, a ter presença mesmo em locais onde não são realizados nenhum envio ou entrega no ano todo.

“No e-commerce esse subsídio estava desbalanceado. A concorrência, presente só nos grandes centros, estava ficando com o filé e os Correios só com o osso”, diz ele, para quem a nova política vem se mostrando acertada para a empresa e para o mercado. “Não tem nem dois meses e já registramos ganhos”, comenta Lemuel, mencionando aumento de dois dígitos no volume de entregas e no faturamento.

Novas ofertas “Nossa intenção foi corrigir as distorções ampliando benefícios para voltar a ser competitivo”, explica Lemuel. “Infelizmente, não soubemos dizer isso para o mercado”, diz ele. De fato, sobressaiu o choro de muitos pequenos e-commerces que trabalham mais com entregas nacionais.

Seguindo essa lógica, a equipe de Lemuel continua trabalhando no desenho de novas ofertas. Duas novas soluções já no formo vão atender o e-commerce nacional. E para elas, segundo ele, cabe o uso da forte marca e-Sedex, como mencionado anteriormente. “Essas duas soluções consideram uma estratégia mais ampla, de ofertas integradas de serviços e não apenas encomendas”, diz executivo.

Aproveitando o gancho, quis saber como havia evoluído o serviço de logística integrada lançado no ano passado, o Correios Log para atender justamente o pequeno varejista. Na época do lançamento do Correio Log, uma pesquisa realizada pelos Correios havia revelado que 90% das lojas virtuais do Brasil são pequenos negócios e 89% delas assumem a própria logística nas etapas de armazenagem e manuseio. O cenário já mudou um pouco, mas ainda assim, o serviço se mostrou acertado. Lojistas de São Paulo e de Brasília, familiarizados com o Log, falam em reduções de mais de 40% com os custos de armazenagem, manuseio e entrega.

“Já temos mais quatro praças preparadas para entrar em operação agora no mês de agosto: Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte e Curitiba. Junto com as duas já existentes, atendem 90% das praças onde há maior competição e onde está o consumidor”, revela Lemuel. “Aproximar esses centros de logística do consumidor nos permitirá reduzir mais o preço final do frete”, diz ele.

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Direção Nacional da ADCAP.

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