Adcap Net 07/07/2017 – União gasta R$ 1,5 bi com propaganda em 2016; estatais puxam queda de 27% – Veja mais!

Receita Federal apreende mais de mil animais contrabandeados por correspondência

G1/SÃO PAULO
6/7/17

Cobras, escorpiões e salamandras foram retidos em força-tarefa do Ibama, Receita Federal e Correios nas últimas duas semanas em São Paulo. Ibama, Receita Federal e Correios apreendem mais de mil animais em correspondências Uma força tarefa do Ibama, da Receita Federal e dos Correios apreendeu em São Paulo, nas duas últimas semanas, mais de mil animais nas correspondências que saem do Brasil e chegam ao país.

Técnicos do Ibama de várias partes do país fizeram plantão no setor de remessas internacionais dos correios para a Operação Hermes. Especialistas do Ibama treinaram os funcionários dos Correios para ajudar a reconhecer os malotes contrabandeados.

A ação conseguiu interromper a viagem de muitas caixas contendo coisas que, ou não deveriam estar ali, ou deveriam ter autorizações específicas para serem despachadas.

Nos pacotes foram encontradas duas cobras, salamandras e escorpiões imperadores, todos ainda vivos. Chifres de kudu, um mamífero africano, que vieram de Israel foram apreendidos antes de chegar ao destinatário final.

Casacos de pele de um animal chamado mink e caixas com cílios postiços, feitos com o pelo desse mesmo animal vieram da China. A operação também interrompeu exportações irregulares. No setor internacional dos Correios, que funciona como uma fronteira entre o Brasil e os outros países são 8 mil remessas diárias só de exportação – um volume gigantesco.

Mas nem tudo segue viagem. As chapas de jacarandá da Bahia e os arcos feitos de pau-brasil – árvores ameaçadas de extinção – serviriam para fazer instrumentos musicais na Alemanha, Suíça e nos Estados Unidos, mas não estavam com todas as certificações.

A operação chegou a interceptar malotes mandando mais de mil borboletas e mariposas do Brasil para o exterior sem os documentos exigidos.

“Esse material todo que está entrando no Brasil ou está saindo do Brasil, se está saindo é patrimônio nacional, do povo brasileiro, pode ser material genético importante. E o que está entrando pode ser algo nocivo à fauna e flora do Brasil. Então, é importante esse papel de identificação para ajudar o Ibama na tutela da fauna e flora brasileira”, explica José Edilson Marques Dias, superintendente do Ibama de São Paulo.

Os animais que ainda estavam vivos foram levados ao Instituto Butantan e ao Aquário de São Paulo.

União gasta R$ 1,5 bi com propaganda em 2016; estatais puxam queda de 27%

PODER 360
5/7/17

Governo e ministérios cortam apenas 9% 71% dos gastos são de empresas públicas

No 3º ano consecutivo de redução na verba, o governo federal gastou R$ 1,5 bilhão em propaganda. O corte em relação a 2015 foi de 27%.

O resultado deve-se principalmente às empresas estatais, que tradicionalmente respondem pelo maior volume de despesas da União com publicidade.

Em 2016, as empresas públicas reduziram em 32% seus gastos com propaganda –de R$ 1,58 bilhão em 2015 para R$ 1,07 bilhão. Como correspondem a 71% da verba, puxaram o valor total do governo federal para baixo.

A administração direta (Planalto e ministérios), também reduziu a verba publicitária, mas em proporção muito menor: 9%. Em 2015, os gastos foram de R$ 477 milhões e em 2016, R$ 432 milhões.

Enquanto nas estatais os gastos caíram em todos os meios de divulgação, o governo expandiu as verbas para jornais impressos, revistas e mídia exterior, que engloba outdoors e exibição em TVs em ônibus e metrô, por exemplo.

Procurada para comentar os números, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, responsável por coordenar a publicidade do governo federal, respondeu que os gastos diminuíram em função da queda da arrecadação e da diminuição dos lucros das estatais.

Os dados são inéditos. Foram obtidos pelo Poder360 por meio da Lei de Acesso à Informação.

Essas informações sobre propaganda da União eram coletadas e organizadas pelo IAP (Instituto de Acompanhamento da Publicidade). O órgão paraestatal teve seu financiamento interrompido em março. Em atividade desde 1999 (começou a divulgar os dados em 2000), o IAP compilava todos os gastos com propaganda na esfera pública federal. A partir deste ano de 2017, não haverá mais essa estatística disponível.

Uma cifra que nunca foi divulgada de maneira consolidada é o custo com produção das peças publicitárias e também os gastos com publicação de balanços. É consenso no mercado que essas despesas aumentariam o valor total da propaganda estatal federal em cerca de 30%, pelo menos.

Queda nas estatais

Descontados da administração indireta os órgãos administrativos, como a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), restam as estatais que concorrem no mercado. São essas empresas e suas subsidiárias que detêm as maiores contas de publicidade da administração federal.

Em 2016, a única empresa a expandir seus gastos com propaganda foi o Banco da Amazônia (Basa), justamente o dono da menor conta entre as estatais. Passou de R$ 3,5 milhões para R$ 3,7 milhões (+6,5%).

A Caixa, que ostenta o maior gasto com publicidade da administração federal, reduziu de R$ 511 milhões em 2015 para R$ 498 milhões. Uma queda mínima, de 2,6%.

Todas as demais grandes contas sofreram reduções expressivas de 2015 para 2016. Eis 1 resumo em tópicos e a tabela completa: Banco do Brasil: cortou 22,2%, de R$ 347,7 milhões para R$ 270,4 milhões. Petrobras: cortou 42,5%, de R$ 242,6 milhões para R$ 139,6 milhões. Correios: cortou 67,9%, de R$ 198,9 milhões para R$ 63,8 milhões. BR Distribuidora: cortou 66,7%, de R$ 123 milhões para R$ 41 milhões. BNDES: cortou 66,4%, de R$ 66,0 milhões para R$ 22,2 milhões.

CORREIOS CELULAR TERÃO APARELHOS À VENDA NAS AGÊNCIAS, AFIRMA GUILHERME CAMPOS

TELE.SÍNTESE
05/07/2017

As agências dos Correios vão vender em breve aparelhos de celular, além dos chips do serviço pré-pago de sua nova operadora de telefonia móvel, que pretende estar presente em mais de três mil municípios brasileiros até o final deste ano. O presidente dos Correios, Guilherme Campos, nesta entrevista ao Tele.Síntese faz um balanço dos desafios de suas gestão, e avisa que pretende livrar a empresa do prejuízo (de mais de R$ 2 bilhões) ainda em 2017.

TELE.SÍNTESE: Qual a vantagem competitiva do Correios Celular, se é apenas pré-pago?
GUILHERME CAMPOS: Correios Celular é um produto muito simples de ser explicado. A presença física que dá muita credibilidade. E, na operação, a cada chamada você tem um retorno de qual é seu saldo restante. Transparência na relação com os clientes.
TELE.SÍNTESE: Esse serviço, para os Correios, do ponto de vista financeiro, é importante?
GUILHERME CAMPOS: É um produto importante, que tem agregado ao portfólio da empresa. Não é a solução para todos os problemas dos Correios, mas é um produto muito interessante e que nos ajuda nesse processo de reposicionamento da empresa, na busca da rentabilidade e de resultados. Nós já estamos colhendo um ganho marginal, e deu uma rejuvenescida na marca muito grande.
TELE.SÍNTESE: Vocês financiam aparelho de celular?
GUILHERME CAMPOS: Ainda não.
TELE.SÍNTESE: Mas pensam em fazer?
GUILHERME CAMPOS : Sim. Vamos vender aparelhos nas agências. Também me perguntei porque a gente não começa a usar o Correios Celular nas nossas atividades aqui da companhia. Aí descobri que não poderia, porque são licitação distintas.
TELE.SÍNTESE: Para vender o aparelho tem que ter uma negociação boa com o fabricante.
GUILHERME CAMPOS : Já recebi vários interessados.
TELE.SÍNTESE: Vai conseguir um preço igual ao das grandes teles, que compram centralizado para o mundo todo?
GUILHERME CAMPOS: Opa! Tenho recebido preços bem interessantes.
TELE.SÍNTESE: Imagina chegar a 500 mil usuários de celular ?
GUILHERME CAMPOS: Em doze meses.
TELE.SÍNTESE: Março do ano que vem (2018)?
GUILHERME CAMPOS: Isso!
TELE.SÍNTESE: Depois de um ano o sr. imagina já estar vendendo aparelhos?
GUILHERME CAMPOS: Acho que antes disso.
TELE.SÍNTESE: A empresa está com uma dívida muito grande
GUILHERME CAMPOS : Os Correios no Brasil deixaram de se preparar e de se atualizar para esse mundo aonde não tem mais papel. Os Correios no Brasil não fizeram a lição de casa há pelo menos dez anos.
TELE.SÍNTESE: O que o pretende com os Correios? Que tenha rentabilidade e que não precise de orçamento federal?
GUILHERME CAMPOS: Ele nunca teve orçamento federal. Nunca teve!
TELE.SÍNTESE: Mas hoje tem um prejuízo de dois bilhões. Quem paga?
GUILHERME CAMPOS: A empresa.
TELE.SÍNTESE: Ela se endivida para poder pagar o prejuízo?
GUILHERME CAMPOS: Ainda não chegou a se endividar.
TELE.SÍNTESE: Parece que essa nova estratégia para os Correios é que passe a prestar serviços para o governo. Seria a mesma exclusividade reivindicada, por exemplo, pela Telebras, que não precisa disputar licitação para prestar esses serviços?
GUILHERME CAMPOS: Estamos falando coisas distintas. O governo precisa se relacionar com o cidadão. Ele não precisa criar nenhum balcão para fazer esse atendimento ao cidadão. Pode usar os Correios, que já estão aí.
TELE.SÍNTESE: E como é que está avançando essa negociação? Estão negociando com o planejamento? Ministério por Ministério?
GUILHERME CAMPOS: Isso é tão importante, que na reestruturação que realizamos, foi destinada uma vice-presidência para tratar do assunto, que é a de negócios de setor público. E é ela que vai cuidar disso.
TELE.SÍNTESE: Como é o novo Correios que está imaginado?
GUILHERME CAMPOS: Um modelo de prioridade de negócios, saindo de um modelo anterior, funcional. O nosso momento é para reduzir custos, utilizar processos, sinergia entre as áreas, fazer um enxugamento para poder ter novamente resultados para o futuro. Uma migração de curto prazo cada vez maior, saindo do mundo do monopólico postal e entrando no mundo concorrencial, que é a encomenda. E agregando com outras atividades que possam ser potencializadas pelas características dos Correios.
TELE.SÍNTESE: Em relação ao enxugamento, tem enxugamento de pessoal?
GUILHERME CAMPOS: Tem. Já fizemos o PDI, que está aquém da nossa necessidade. Estamos avalizando a possibilidade da vinda de mais um PDI. Uma última chance para quem quiser aproveitar o PDI e sair da empresa, porque o próximo passo é demissão motivada. Porque nós estamos muito apertados mesmo.
TELE.SÍNTESE: Pretende sair do prejuízo em quantos anos?
GUILHERME CAMPOS: Nosso planejamento é estar no azul ainda este ano.
TELE.SÍNTESE: Porque precisa estar no azul ainda este ano?
GUILHERME CAMPOS: Porque a nossa situação como empresa, como estatal independente, não aguenta mais um ano na situação de prejuízo continuado que estamos passando. Simples assim!
TELE.SÍNTESE: E qual é sua avaliação sobre o Banco Postal?
GUILHERME CAMPOS: O modelo do banco postal não é dos Correios, é do Banco do Brasil e o Banco do Brasil não dá uma atenção com tanto carinho para o banco postal como ele dá para ele mesmo.
TELE.SÍNTESE: Tinha um problema, não sei se existe mais, em relação ao transporte aéreo. Foi resolvido?
GUILHERME CAMPOS: Transporte aéreo é um dos problemas a serem resolvidos. A definição da base aérea remonta o tempo de transporte da correspondência e não do transporte de encomenda. É necessária uma readequação do transporte aéreo.
TELE.SÍNTESE: Alguma ideia de abrir o capital dos Correios?
GUILHERME CAMPOS:Essa é uma questão de Estado. Quem pode responder a essa pergunta é o Michel Temer
TELE.SÍNTESE: Já foi discutido isso?
GUILHERME CAMPOS: Não.

Direção Nacional da ADCAP.

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