Correios vão fechar 161 agências até julho em novo corte de gastos
CanalTech
28 de Maio de 2019
Os Correios vão fechar 161 agências até julho deste ano. A empresa anunciou o corte no último dia 20 de maio com a justificativa de “readequação da rede de atendimento e da força de trabalho”. O fechamento acontece em agências de todo Brasil, mas as mais afetadas são as capitais do Rio de Janeiro e São Paulo. Na fluminense, serão 24 agências fechadas; na paulista, outras 15.
A proposta inicial é conter custos, motivo pelo qual a maioria das agências serão fechadas em imóveis alugados. Os Correios ainda apresentaram uma lista das agências que devem ser fechadas, com maior proximidade a outras.
“O atendimento será absorvido por outras agências próximas, sem prejuízo da continuidade e da oferta de serviços e produtos”, informou a empresa.
Os empregados também serão realocados. Segundo comunicado, eles serão transferidos para outros municípios com maior demanda ou podem pedir enquadramento de atividade. No caso de atendentes das agências fechadas, a opção é passar ao cargo de carteiro.
Os Correios também contam com um Plano de Desligamento Voluntário (PDV) com inscrições que vão até junho. No total, 7,3 mil funcionários podem aderir a esse sistema, com preferência para os mais velhos, com mais tempo de serviço.
“A iniciativa visa, dentre outros objetivos, assegurar maior produtividade e garantir unidades rentáveis, sem comprometer, no entanto, a universalização dos serviços postais”, informa a companhia.
O movimento de encerramento de agências não é bem uma novidade para a companhia. Os Correios vivem crise desde 2016, quando somou uma dívida na casa de R$ 4 bilhões. Nos últimos anos, o número de agências fechadas varia. Em 2017, foram 250 agências em cidades com mais de 50 mil habitantes. No ano passado, esse número caiu para 41.
Outro movimento é o de reduzir planos de saúde dos funcionários para conter gastos. Os Correios têm cerca de 11 mil pontos de atendimento em mais de 5.500 municípios brasileiros.
O governo também estuda outros dois modelos para tirar o órgão da crise. O primeiro é buscar a abertura de capital. O outro seria a privatização da empresa, atualmente pública.
Veja lista completa das agências a serem fechadas está disponível no site dos Correios.
Fonte: Correios
Correios: agências da Rodoviária e de mais seis locais serão fechadas
Metrópoles
28/05/2019
O fechamento de 161 agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos por todo o país atingirá em cheio as atividades no Distrito Federal. Sete unidades em pontos movimentados da capital deixarão de existir até 5 de julho de 2019. As entidades trabalhistas dos carteiros e atendentes se preocupam com as consequências da medida aos profissionais e à população.
As agências na Rodoviária do Plano Piloto, no Palácio do Itamaraty, em Taguatinga Sul; no Aeroporto Juscelino Kubitschek, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT); em Sobradinho II; e a Central Filatélica serão encerradas. A empresa informou que um total de 31 funcionários deixarão seus postos atuais de trabalho, mas não divulgou o público atendido em cada local “por se tratar de informações estratégicas ao negócio”.
Todos são pontos bastante frequentados. A rodoviária, por exemplo, recebe em média 700 mil passageiros por dia, enquanto o aeroporto movimenta mais de 1 milhão de usuários ao mês. “O prejuízo vai ser grande, porque a rotatividade de pessoas nesses locais é enorme”, critica Amanda Gomes Corcino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Distrito Federal e Entorno (Sintect-DF).
Segundo a sindicalista, o fechamento das agências provocará aumento de demanda nas seis unidades remanescentes no DF, e mesmo o realocamento dos profissionais das unidades extintas não impedirá o aumento das filas. “Não adianta transferir gente se não houver espaço físico para realizar o atendimento. De que adianta ter dez pessoas a mais se só há um balcão?”, problematizou.
Amanda afirma também que a medida anunciada pela empresa afetará a qualidade de vida de centenas de profissionais. “O funcionário vai poder mudar de atividade, se transferir para outra unidade da federação ou, se não quiser nenhuma das duas, aderir ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) e ir embora”, pontuou.
A sindicalista acusa a empresa de caminhar em direção à privatização do serviço. Em abril, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), autorizou o início dos estudos para analisar a viabilidade da venda da estatal.
Antes de chegar a isso, porém, ela acredita que os fechamentos beneficiarão as 16 agências franqueadas dos Correios no DF, operadas por empresários que lucram com o negócio e repassam um percentual à empresa pública. “Tudo isso para favorecer essas pessoas. Já soubemos de denúncias de irregularidades nesse tipo de agência, em que não repassaram a receita devida e ficou por isso mesmo”, disparou.
Em virtude do futuro que se aproxima, o Sintect-DF convocou uma assembleia geral em frente ao edifício-sede dos Correios para 13 de junho. A ideia é decidir pela adesão à greve geral, marcada para o dia seguinte, convocada pelo braço nacional da entidade.
Resposta
Por meio da assessoria, os Correios informaram que todo o atendimento das unidades extintas será absorvido por agências próximas “sem prejuízo da continuidade e da oferta de serviços e produtos.”
Sobre uma eventual precarização do trabalho, a empresa assegurou que nenhum atendente deverá “retornar ao cargo de carteiro” e que os funcionários poderão ser transferidos dentro de Brasília. Na resposta, ainda foi assegurado que não houve qualquer irregularidade constatada nos contratos firmados com as agências franqueadas.
“A ação de readequação da rede está encerrando unidades que ocupam imóveis alugados e estão sombreadas por outras, sem impacto para a população atendida”, reafirmou a estatal. A respeito das ameaças de assembleia e greve geral, os Correios afirmaram que as informações deveriam ser consultadas “junto ao sindicato”.
Em situação financeira difícil, CBDA torce por renovação de contrato com Correios
Tribuma Paraná
28/05/2019
A CBDA tem uma longa relação de patrocínio com os Correios, desde quando era presidida por Coaracy Nunes, que deixou o comando em março de 2017 e pouco depois foi preso pela investigação contra esquema de desvios de recursos públicos repassados à entidade na operação Águas Claras – o dirigente responde em liberdade.
A estatal foi uma grande parceira da CBDA nos últimos anos e o contrato anterior, que rendia R$ 5,7 milhões por ano, terminou em fevereiro. Apesar de as partes terem anunciado uma renovação para os próximos dois anos, o acordo ainda não foi efetivado, o que atrapalha a confederação.
“O contrato com a CBDA ainda não foi finalizado, pois ainda está em processo avaliativo. Somente após essa etapa, um novo contrato poderá ser celebrado. Os valores e prazos para o novo contrato ainda não foram definidos e dependerão da finalização do contrato anterior”, explicou os Correios, em nota enviada ao Estado.
A CBDA enviou na semana passada a última documentação que faltava e espera um desfecho positivo em breve. “Como todo contrato com empresa pública, há um período de renegociação, de prestação de contas do contrato anterior. Leva-se um tempo. Lógico que gostaríamos que esse tempo fosse menor, mas acreditamos, pelas conversas com os Correios, que esse contrato será renovado, o que dá um respiro, mas não resolve todos os problemas”, explicou Leonardo Castro, diretor executivo da CBDA.
Os valores que serão pagos pelos próximos dois anos ainda não foram divulgados, mas a tendência é que sejam menores que os do contrato anterior.
Governo de Minas e Correios firmam parceria para ampliar oferta de serviços
Plox Política
27/05/2019
Nesta segunda-feira (27), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o presidente dos Correios, general Juarez Cunha, assinaram protocolo de intenções para instituir parceria com o Balcão do Cidadão Correios, no estado. A iniciativa prevê a disponibilização de serviços públicos com qualidade, comodidade e conveniência aos cidadãos mineiros, nas agências dos Correios. A assinatura ocorreu no Palácio Tiradentes, em reunião aberta pelo secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Otto Levy.
“Para nós o ganho será gigantesco. Passaremos de uma rede de 31 Unidades de Atendimento Integrado (UAIs) para 1.055 agências dos Correios, em todos os 853 municípios mineiros”, ressaltou Romeu Zema, para quem o cidadão será o maior beneficiado com a cooperação. “O governo está comprometido em fazer deste acordo uma referência para outros estados”, pontuou.
O presidente dos Correios, general Juarez Cunha, que irá lançar o Balcão do Cidadão nacionalmente na próxima sexta-feira (31/5), disse que 70% dos cidadãos brasileiros moram até três quilômetros de uma agência, nas cidades brasileiras. “A unanimidade dos Correios nos municípios faz com que 70% dos CPF emitidos no Brasil sejam nas agências”, explicou, completando que a empresa deseja levar outras comodidades para os cidadãos.
Minas será pioneiro nesta parceria, que começará ofertando serviços do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). Outras instituições, como ministérios, tribunais e prefeituras, além de estados, por meio do Balcão do Cidadão Correios, poderão, também, ampliar o acesso da população a serviços como emissão de carteira de identidade, entre outras conveniências, com a oportunidade de utilizar a infraestrutura e a capilaridade da empresa estatal.
A adesão do Governo de Minas Gerais, com a assinatura do protocolo de intenções, tem objetivo de ampliar a rede de atendimento aos cidadãos mineiros, que hoje é feita em duas vertentes: presencial e digital. Com a parceria, a disponibilidade de pontos de atendimento será ampliada, pois cada agência dos Correios será um ponto de apoio também do governo estadual. Estiveram presentes na cerimônia representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Ipsemg e Polícia Civil, e gestores dos Correios.
Melhoria do atendimento
O Governo do Estado de Minas Gerais está construindo um grande programa voltado para a melhoria dos serviços públicos que tem como frentes de atuação:
Simplificação de procedimentos
Digitalização dos serviços
Novas tecnologias para relacionamento com cidadão
Transformação dos serviços
Ampliação da rede de atendimento presencial
Essas iniciativas estão alinhadas à Política de Simplificação do Governo, que tem o objetivo de desburocratizar a relação com os cidadãos por meio de ações que facilitem o acesso aos serviços estaduais, seja de modo presencial ou digital.
Apesar da tendência de digitalização dos serviços públicos e da importância que o governo mineiro tem dado para o assunto, é preciso considerar a realidade de todos os cidadãos mineiros.
Minas Gerais é o estado com o maior número de municípios do Brasil (853), tendo uma dimensão territorial da França e uma população equivalente à do Chile. Aliado a isso, tem-se um perfil heterogêneo da população em relação ao uso e acesso a tecnologias.
Sendo assim, a prestação de serviços presenciais deve ser considerada. Atualmente, o Governo do Estado de Minas Gerais está passando por cenário de graves restrições orçamentárias e financeiras, o que dificulta a expansão da sua rede de atendimento presencial.
Dessa forma, a parceria com os Correios, por meio do Programa Balcão do Cidadão, aparece como uma estratégia ideal para expansão da rede de atendimento presencial. Em Minas Gerais, os Correios estão presentes em todos os municípios com 1.055 agências.
Por meio das 31 UAIs, em Minas, são realizados em média 6 milhões de atendimentos anuais, com serviços como emissão de carteira de identidade e carteira de trabalho, requerimento de seguro desemprego, dentre outros.
Alguns municípios ainda não contam com a prestação direta de serviços, o que faz com o cidadão, muitas vezes, tenha de se deslocar para obtenção do serviço desejado.
A ação inicial desse projeto será a implantação de serviços do Ipsemg em que os beneficiários poderão acessar nas unidades dos Correios serviços para obtenção dos seus benefícios, emissão de certidões etc. Por exemplo: hoje um beneficiário do Ipsemg, que mora no município de Buritis, tem de se deslocar por 250 quilômetros até Paracatu, que é a unidade mais próxima. Além do Ipsemg, que será um projeto piloto da parceria, há a expectativa de expansão para outros serviços estaduais.
Direção Nacional da ADCAP.