Vermelho Portal
10/05/2013
Os trabalhadores dos Correios de Sâo Paulo, em estado de greve, decidiram, em assembleia na noite de quinta-feira (9), prorrogar o início da greve. A categoria acatou o pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT) para aguardar até às 18 horas de terça (14), prazo dado a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) para efetuar o pagamento da Participação dos Lucros e Resultados (PLR). Caso não ocorra, a paralisação deve ser decretada a partir das 22h do mesmo dia
Estava prevista uma paralisação de 24 horas que seria decretada às 22 horas de quinta. Desde o início de maio a categoria está em estado de greve tendo em vista que a ECT, de acordo com os trabalhadores, se nega a acatar a mediação do MPT que indicou que a PLR deveria ser paga até terça (7).
O prazo foi prorrogado, mas o MPT reafirma sua proposta anterior, de que a PLR 2012 seja paga nos moldes da PLR 2011, sem “Parcela Estratégica” nem “GCR”.
Se não houver entendimento, uma nova assembleia será convocada para quinta-feira, no Clube da CMTC, na região central da capital paulista.
A proposta do MPT foi feita durante uma reunião, ocorrida no dia 30 de abril, em Brasília (DF), entre representantes da ECT e da Federação Interestadual de Trabalhadores do Correios (Findect).
Segundo o sindicato da categoria em São Paulo, a ECT enviou telegrama aos 116 mil trabalhadores em todo Brasil, distorcendo fatos e desrespeitando, inclusive, o MP. Os trabalhadores também protestam sobre as péssimas condições de trabalho enfrentadas pelos carteiros.
No telegrama, a Empresa alega que, devido ao impasse, ela entrou com pedido de mediação no Ministério Público do Trabalho, o que os trabalhadores afirmam não ser verdade. Quem pediu a intermediação do MPT, diante do impasse nas negociações da PLR, foi a Findec, conforme ofício de 9 de abril, que relata todos os obstáculos colocados pelo patronal durante a negociação.
A Findect representa os sindicatos de São Paulo, do Rio de Janeiro (Sintect-RJ), Bauru, Rio Grande do Norte, Tocantins e Rondônia, que acaba de se filiar.
A Findect e os Sindicatos Unificados, filiados à federação, afirmam ter realizado várias reuniões com a empresa. No entanto, segundo os trabalhadores, a ECT não abre mão de suas imposições.