Recentes matérias veiculadas na imprensa (links abaixo) mencionam o caso do Assessor Técnico da DR/RJ, João Maurício Gomes da Silva, politicamente colocado na função em decorrência de suas ligações partidárias e sindicais, conforme apontam as próprias matérias.
Com os esclarecimentos oferecidos pela ECT, sabemos agora que o citado empregado não ocupa a segunda posição mais importante da DR, mas sim talvez a terceira, já que a função de Assessor Técnico está no mesmo nível das funções de Gerente Regional. Isso muda quase nada, já que o fato visível é que, por suas ligações políticas, Janjão, como é conhecido, teve seu salário aumentado de R$ 1.350 para cerca de R$ 12 mil.
Janjão não é, porém, um caso isolado. Basta observar que, na lista dos atuais Diretores Regionais, Diretores Adjuntos, Coordenadores e Gerentes, estão muitos empregados sem formação, sem experiência de gestão e sem um “histórico brilhante” (na ECT) que justificasse uma magnânima promoção. Todos, porém, têm sólida vinculação política e disposição de replicar a prática no âmbito de suas DRs e Gerências, encostando profissionais com experiência e competência, para “abrir espaço” para outros companheiros.
Não é por acaso, portanto, que a Empresa tem dificuldades de manter indicadores de qualidade, que os resultados econômicos vão minguando, que o clima organizacional só piora, que as reclamações só aumentam, que os custos, inclusive de pessoal, só crescem. A ECT começa a colher os frutos desse processo de destruição de valores corporativos que o aparelhamento da gestão nos trouxe, colocando em risco sua própria existência e, consequentemente, a manutenção dos nossos empregos e segurança das milhares de famílias ecetistas.
A responsabilidade por esse quadro é da direção da ECT, em especial da área de gestão de pessoas, que modificou o MANPES e permitiu, assim, o descontrole na atribuição de funções e o surgimento de novos Janjões, a priorização do partido à frente dos interesses da Empresa, o desprezo a meritocracia como valor empresarial, colocando à frente de Diretorias Regionais pessoas despreparadas tecnicamente, desperdiçando a experiência e o conhecimento dos técnicos de carreira.
Cabe lembrar que o nome do Janjão é Maurício e isto lembra um outro Maurício que, por causa de R$ 3 mil reais, levou à criação da CPI dos Correios e alguns novos moradores na Papuda. O Maurício da DR-RJ (carinhosamente chamado de Janjão) é acusado, segundo a imprensa, de ter desviado R$ 15 milhões de reais. Em ano eleitoral, aonde isso vai levar?
O Janjão não foi um acidente! Foi um sinal!
Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.