Publicado em 15 de novembro de 2014 por Correios
A respeito de matéria publicada pela revista Época desta semana, os Correios reafirmam que não existem quaisquer irregularidades nos negócios firmados para a construção de unidades operacionais da empresa em Cajamar (SP) e Brasília (DF).
A matéria da revista Época é um exercício de ilações e suposições, apoiando-se em situações que classifica como “suspeitas”, de acordo com seu entendimento subjetivo, e na prática de malabarismo futurístico, deduzindo fatos que “podem” vir a trazer prejuízos aos Correios.
A revista não apresenta nenhuma prova de irregularidade ou prejuízo. Além disso, ignora completamente os fatos documentados que foram apresentados aos repórteres e que comprovam que os negócios citados seguiram todos os trâmites legais e são vantajosos para os Correios.
Os fatos concretos e documentados nos processos, aos quais os repórteres tiveram livre acesso, são:
– os processos para a aquisição do terreno em Brasília e para o BTS (aluguel sob medida) de Cajamar tiveram cerca de um ano de laudos técnicos, avaliações e prospecções de mercado.
– ambos os negócios foram vantajosos aos Correios. O valor pago pelo terreno em Brasília ficou 35% abaixo do valor máximo de mercado aferido à época pelas avaliações. No caso do BTS de Cajamar, os Correios conseguiram o preço de R$ 23,90/m2 com o Postalis, inferior aos R$ 28/m2 apresentados por outra empresa.
– os projetos necessários à execução da obra de construção em Brasília já foram contratados (a empresa forneceu à reportagem o nome da empresa contratada, o número do contrato e o valor) e os procedimentos visando à licitação internacional para a aquisição das máquinas de automação estão em curso. A previsão de entrega da obra é julho de 2017.
– não procede a informação de que o terreno em Brasília “não pode abrigar empreendimentos empresariais”. A legislação atual permite o uso do terreno para a atividade de Correios e outras atividades de entrega.
– a revista distorceu as declarações do empregado Roger dos Santos a respeito do parecer jurídico sobre a aquisição do terreno em Brasília. O empregado esclareceu ao repórter que, neste caso específico, a Diretoria Executiva da empresa não contrariou o parecer jurídico; pelo contrário, seguiu a recomendação e reavaliou o risco.
– nunca houve intenção dos Correios de adquirir o terreno de Cajamar, como erroneamente informa a revista. Desde o início tratou-se de um projeto de BTS (locação sob medida), onde não há compra e sim aluguel, com pagamento apenas após a entrega do imóvel. Essa intenção dos Correios sempre foi pública, divulgada aos empregados da empresa e também à imprensa.
– a obra de Cajamar está em fase de ajustes solicitados pelos Correios e a previsão de entrega é início de 2015.
– tais ações são previstas no projeto de modernização e expansão do processo de triagem da estatal, que irá beneficiar a população brasileira com a melhoria da qualidade da prestação dos serviços postais.