Globo.com
13/05/2014
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no Acre ainda enfrenta dificuldades para normalizar as entregas de correspondências acumuladas no Acre devido à cheia histórica do Rio Madeira, que interditou totalmente a BR 364 por quase um mês. O órgão estima que as entregas devem ficar normalizadas em até 30 dias.
“Estamos trabalhando com horas extras, no sábado, feriados. Tudo para poder atualizar toda a carga, para ficar dentro da normalidade. Ainda vai demorar, porque o efetivo é pequeno para a quantidade da demanda”, explica o diretor regional dos Correios no Acre, Samuel Oliveira.
De acordo com os Correios, mesmo com o uso de aviões na época da cheia, cerca de 300 mil correspondências ficaram acumuladas.
“Todo dia chegam 50 mil. Na época, a gente deu prioridade às encomendas, devido a necessidade mais urgente. É tanto que não estamos com atraso. Mas não cabia tudo nas aeronaves, tinha um limite de 1.400 quilos, sendo que a nossa demanda diária é em torno de 4 a 5 toneladas de carga”, diz Oliveira.
Cheia Histórica
A cheia histórica do Rio Madeira atingiu mais de 30 mil pessoas em Rondônia. A BR-364, único acesso por terra ao Acre, chegou a ser totalmente bloqueada diversas vezes por conta da lâmina de água de mais de um metro e meio sobre a pista. Desvios foram construídos nos pontos mais críticos, onde a travessia era feita através de balsa. Apenas caminhões com alimentos e medicamentos tinham a passagem permitida, a fim de não deixar o estado desabastecido. A recuperação das rodovias alagadas é calculada em cerca de R$ 200 milhões.
Na semana passada, as águas voltaram a encobrir trechos da BR-364, mas a situação ainda é considerada tranquila. No quilômetro 801, sentido Acre, apesar da forte correnteza, a água sobre a pista ainda não prejudica o trânsito.