Adcap Net 16/05/2017 – Correios vão reabrir plano de demissão voluntária neste mês – Veja mais!

Pensando no comércio eletrônico

conselhocorreios.blogspot.com.br
16/05/2017

Nos últimos dias, tenho lido muito a respeito do tema “comércio eletrônico”, em função de trabalho confiado a um grupo de técnicos que integro.

Depois de muitos anos acompanhando o tema numa perspectiva bem geral, tenho podido me aprofundar no assunto, como se fosse um empreendedor buscando informações desde as mais básicas para estabelecer seu comércio eletrônico.

Na etapa em que estou nestes estudos – bem mais perto do início que do final – confesso-me já surpreendido por algumas constatações que comentarei sinteticamente nesta postagem.

Uma primeira constatação refere-se ao farto material em português disponível para quem quiser montar sua loja virtual. Textos muito bem produzidos por especialistas, vídeos sobre os mais variados assuntos relacionados às operações de comércio eletrônico, cases comentados, enfim tudo o que um novato em e-commerce pode precisar está fartamente oferecido na internet, à disposição de quem se dispuser a pesquisar. No site do SEBRAE, por exemplo, o interessado encontra rico material sobre o tema, mas há muito mais disponível livremente.

Nesse manancial de informações sobre e-commerce, o empreendedor encontra ferramentas praticamente prontas e acessíveis para montar sua loja com alguns cliques. Pode, inclusive, começar sem gastar nada, com alternativas que oferecem uma opção mais enxuta sem nenhuma cobrança. E mesmo as operações que há alguns anos complicavam a vida dos lojistas tradicionais, como controle de estoque, cadastro de clientes, contas a pagar e a receber, entre outras, estão hoje integrados em ERPs populares cuja mensalidade cabe no bolso de qualquer pequeno empresário.

Outra questão que avançou muito ultimamente foi a integração com os marketplaces, o que permite que pequenos lojistas tenham seus produtos expostos e comercializados automaticamente em locais de alto fluxo de visitas, como o Mercado Livre, o Walmart ou o Submarino, entre outros. A integração com os marketplaces já é oferecida nativamente em algumas soluções de lojas virtuais e ERPs. De forma análoga, essas soluções já trazem integrados os diversos gateways e intermediadores de pagamento, como PayPal, Mercado Pago, PagSeguro etc.

E as soluções logísticas também se fazem presentes, especialmente com a integração aos serviços e às soluções de encomendas dos Correios. Serviços como PAC, SEDEX e SIGEP WEB fazem parte de praticamente todas as soluções de lojas virtuais e ERPs para e-commerce oferecidas no mercado brasileiro.

A percepção dessa importância dos serviços dos Correios para o comércio eletrônico só reforça a responsabilidade da Empresa, como líder inconteste de mercado, em continuar evoluindo e melhorando seus serviços, em trabalhar de forma integrada e colaborativa com os demais provedores de serviços de apoio ao e-commerce e em facilitar cada vez mais a vida do empreendedor, que tem nos Correios um parceiro indispensável.

Após investir R$ 80 mi, Petrobras corta patrocínio de cinco modalidades

FOLHA DE S. PAULO
16/5/17

A Petrobras decidiu cortar o patrocínio de cinco confederações esportivas olímpicas que apoiava desde 2011.

Em reunião no mês passado em sua sede, no Rio, a estatal anunciou aos líderes das entidades que não vai repassar dinheiro para o boxe, taekwondo, esgrima, remo e levantamento de peso na preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

O boxe e o taekwondo obtiveram medalhas nos Jogos do Rio, em agosto passado – Robson Conceição conquistou ouro e Maicon Andrade, bronze, respectivamente.

Em Londres-2012, já com o apoio da empresa, o boxe havia obtido três pódios.

De 2011 a janeiro de 2017, período de maior investimento para a Olimpíada carioca, a Petrobras destinou cerca de R$ 80,5 milhões ao seu projeto de esportes olímpicos.

Estava incluído neste montante, além do aporte às entidades, uma rubrica a esportistas de 15 modalidades chamada de “Time Petrobras”.

Os medalhistas olímpicos no Rio Isaquias Queiroz, Serginho, Mayra Aguiar e o nadador paraolímpico Daniel Dias faziam parte do elenco.

À Folha, a companhia disse que o patrocínio a olímpico “continuará fazendo parte da estratégia de comunicação” (leia mais ao lado).

O presidente da CBE (Confederação Brasileira de Esgrima), Ricardo Machado, esteve presente à reunião no Rio em que foi informado da descontinuidade do patrocínio.

Segundo ele, o repasse da Petrobras representava 50% do orçamento anual da entidade. “Vivemos um cenário muito preocupante”, disse.

“Para nós, é um horror, porque oferecemos tudo o que os atletas precisavam para a Rio-2016 e isso nos quebrou a perna. Não temos como manter o investimento em viagens para os atletas.”

Na Olimpíada, o Brasil teve dois atletas entre os oito melhores pela primeira vez.

Machado afirmou que a alegação dada para o corte foi a “reestruturação” da companhia. “Falaram que há uma possibilidade futura de retomar, mas é impossível saber.”

A Confederação Brasileira de Remo também confirmou a presença no encontro do mês passado, e que a Petrobras lhe repassou aproximadamente R$ 1,5 milhão em 2015 e 2016. O apoio da estatal era seu único além de convênio com o Ministério do Esporte e gerou consequências.

Ela teve de promover cortes em despesas e projetos.

CORREIOS
A CBJ (confederação de judô), que levou R$ 20 milhões em quatro anos da petrolífera por meio do Plano Brasil Medalhas, foi a única que disse ainda discutir renovação.

Enrique Dias, mandatário da confederação de levantamento de peso, disse que o patrocínio proporcionou “ganhos efetivos em todas as áreas” e lamentou o corte.

A estatal anunciou apoio às cinco confederações em 2010, em evento com a presença do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O investimento era feito pela lei de incentivo ao esporte, com os recursos administrados pela ONG Passe de Mágica, da ex-jogadora de basquete Paula, que posteriormente foi retirada do trâmite.

Crise e castigo
No epicentro da Lava Jato, a Petrobras fechou 2016 com prejuízo de R$ 14,8 bilhões.

Foi o terceiro ano seguido que a estatal registrou perdas bilionárias em seu balanço.

Em 2015, por exemplo, teve perda de R$ 34,8 bilhões.

Só atualmente a empresa, que no passado esteve entre as maiores do mundo, deu sinal de recuperação: fechou o primeiro trimestre de 2017 com lucro de R$ 4,44 bilhões. A Petrobras e outras grandes estatais como Correios, Caixa, Banco do Brasil e Furnas injetaram cerca de R$ 650 milhões no esporte olímpico nacional entre 2012 e 2016.

Após a euforia dos Jogos do Rio, porém, a empolgação e o dinheiro desabaram.

A Caixa, por exemplo, cortou até 20% do que repassava à Confederação Brasileira de Atletismo e ao Comitê Paralímpico Brasileiro. Os Correios reduziram em mais de 70% o valores de seus repasses às confederações de desportos aquáticos e tênis.

Mesmo com três medalhas, das quais duas de ouro, o Banco do Brasil cortou R$ 84 milhões da confederação de vôlei na comparação direta com o investido até 2016.

Outro lado
A Petrobras confirmou que o vínculo com as cinco modalidades às quais repassava dinheiro desde 2011 acabou.

Os contratos se encerraram em janeiro passado “uma vez que o patrocínio às confederações em questão visavam o ciclo olímpico Rio-2016”.

Apesar de não manter contrato com qualquer confederação no momento, a estatal disse que o “patrocínio ao esporte olímpico continuará fazendo parte da estratégia de comunicação da Petrobras, dentro de um novo formato pensado para os atuais desafios de imagem e reputação da marca”, prosseguiu a petrolífera, em nota enviada por sua assessoria de imprensa.

A empresa afirmou que essa eventual revisão do projeto esportivo será anunciada “em breve”, entretanto sem entrar em mais detalhes.

Criado no meio do ciclo rumo ao Rio para patrocinar atletas de renome, o Time Petrobras também está em xeque. Medalhistas em 2016, Serginho (vôlei), Mayra Aguiar (judô), Isaquias Queiroz (canoagem velocidade) e o nadador paraolímpico Daniel Dias faziam parte do programa, que tinha competidores de 15 modalidades.

“No momento, a Companhia avalia a continuidade do Time Petrobras, projeto que apoia atletas consagrados e de grande potencial para obtenção de resultados esportivos”, complementou.

Em 2015, por exemplo, o Time Petrobras recebeu quase R$ 1,8 milhão de recursos da estatal, mais até do que a confederação de levantamento de peso no período.
O investimento da entidade já havia sido reduzido em 2015, devido aos consecutivos prejuízos registrados em seu balanço anual.

Em julho de 2016, pouco antes do início da Olimpíada do Rio, a companhia não garantia a manutenção do seu apoio aos esportes.

Ela dizia que faria revisão no investimento e só então tomaria uma decisão quanto ao repasse de recursos às confederações esportivas.

Correios vão reabrir plano de demissão voluntária neste mês

Estadão
15/05/2017

O presidente dos Correios, Guilherme Campos, disse que a empresa vai reabrir o Plano de Demissão Voluntária (PDV) para seus funcionários.

O programa, aberto entre janeiro e fevereiro, não atingiu a meta, que era de 8 mil empregados, com previsão de economia entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão.“Devemos reabrir o programa ainda no mês de maio”, afirmou, após participar de audiência pública.

Segundo Campos, 5,5 mil trabalhadores aderiram ao PDV, mas boa parte teria desistido. Os números ainda não foram fechados.

As condições serão as mesmas do PDV anterior. Os Correios têm cerca de 17 mil funcionários elegíveis ao programa, com mais de 55 anos ou mais de 15 anos de tempo de serviço.

Campos disse ainda que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) vai mediar um solução para o Postal Saúde.

O plano de saúde é a principal causa do rombo da empresa que, em 2016, deve registrar prejuízo de R$ 2 bilhões.

O balanço ainda não foi publicado. Em 2015, o prejuízo foi de R$ 2,1 bi, dos quais R$ 1,6 bi foram causados pelo plano.

De acordo com ele, a proposta dos Correios é arcar com 100% das despesas com saúde de seus trabalhadores e aposentados.
As despesas com dependentes seriam arcadas pelos empregados, mas, nos anos em que a empresa registrar lucro, ela contribuiria com 15% desse gasto.

Hoje, o Postal Saúde tem 400 mil vidas, sendo 110 mil funcionários ativos e 30 mil aposentados. O restante são dependentes, além de pais e mães dos empregados.

Os Correios arcam com 93% das despesas do plano, e os funcionários e aposentados, com 7%. “É insustentável”, disse Campos.

O presidente dos Correios disse que o plano de recuperação da empresa pode evitar sua privatização.

Ele disse a venda dos Correios só será realizada se as ações não forem suficientes para socorrer a companhia.

No curto prazo, o objetivo é cortar despesas e melhorar os serviços para evitar perda de participação do mercado.

No médio prazo, a meta é elevar a presença dos correios no serviço de entregas.

Entre as ações futuras, Campos citou a exploração de serviços de logística e loterias, complementares às da Caixa, na área de esportes.

Segundo ele, os brasileiros gastam R$ 2 bilhões por ano no exterior em sites de apostas esportivas.

Ele destacou ainda que a rede dos Correios em todo o País poderia ser usada como agência de atendimento dos governos federal, estaduais e municipais, semelhante ao Poupatempo paulista.

Monopólio postal é direito do cidadão

Gazeta do Povo
15/05/2017
A Constituição Federal declara ser livre a comunicação, assegura o sigilo da correspondência e estabelece que o serviço postal seja de competência da União. Longe de conceder aos Correios um privilégio, a exclusividade dos serviços postais tem o objetivo de assegurar o direito a todos os cidadãos brasileiros, desde os que moram nos grandes centros até os que vivem nos lugares mais remotos do país.

No entanto, a necessidade de se rediscutir a exclusividade dos serviços postais sempre foi levantada. De tempos em tempos, surgem questionamentos sobre a exclusividade, que abarca apenas correspondências escritas de interesse específico do destinatário. A entrega de propagandas em forma de mala direta, por exemplo, é de livre concorrência, assim como a entrega de encomendas.Então, me pergunto: acabar com o monopólio postal vai garantir o acesso à comunicação e a presença nacional que levou três séculos e meio para ser conquistada sem imputar à sociedade o ônus de arcar com o prejuízo? A resposta que me vem, com toda certeza, é não. Extinguir o monopólio é decretar a falência imediata dos Correios e privar o cidadão do direito à comunicação em qualquer lugar do Brasil — para se ter uma ideia, os concorrentes da empresa na entrega de encomendas, por exemplo, chegam a apenas 600 cidades. Como ficará a população das demais localidades? Perderá seu direito constitucional?Levantamento de outubro de 2016 da União Postal Universal (agência da ONU que regula a atividade postal no mundo) com 165 países revela que 65% deles têm alguma exclusividade – entre eles, Estados Unidos, Canadá e China, países de dimensões continentais, como o Brasil, onde esse direito tem sido garantido pelos Correios.

É fato que vivemos uma realidade em que a comunicação mudou e vai continuar mudando. A sociedade brasileira assistiu ao surgimento de variadas formas de comunicação: telégrafo, telefone, fax, smartphones. As pessoas já não enviam cartas como antigamente. As novas tecnologias transformaram a forma como as pessoas se comunicam e as empresas se relacionam. Em 2016, o volume de cartas entregues pelos Correios foi 16,4% menor que em 2012, por exemplo.Outros países buscaram alternativas para garantir uma comunicação moderna e adequada. Aqui, deixamos de fazer nossa lição de casa e precisamos, agora, recuperar o que não foi feito nos últimos anos. Precisamos diversificar nossos serviços e explorar outras possibilidades para compensar a queda no volume das correspondências. Temos atributos como imagem positiva, confiança de todos os brasileiros, capilaridade, presença nacional e expertise em logística.

Então, não vale a pena recuperar a estatal, como têm feito outros governos pelo mundo? A história dos Correios mostra que a empresa possui credibilidade, eficiência (atualmente, de cada 100 cartas, 96 são entregues no prazo) e, quando corretamente conduzida, dá lucro à sociedade.

Por isso, antes de pensar em privatizar e retirar a exclusividade postal dos Correios, é necessário recuperar a empresa. Essa é a nossa missão e, lado a lado com nossos empregados, trabalhamos fortemente para cumpri-la. Por isso, estamos fazendo de tudo para reposicionar a estatal na nova realidade, como empresa pública e forte, orgulho de seus funcionários e da população brasileira.

Duas operadoras virtuais iniciam vendas em junho

Tele Síntese
15 de maio de 2017

A operadora móvel virtual Veek anunciou quando vai estrear comercialmente no mercado: junho. Mas antes, ainda nesta semana, começa a funcionar em fase beta, para poucos usuários. Alberto Blanco, sócio-fundador da empresa, conta que o modelo de negócio se baseia em uma estrutura enxuta, com planos digitais, construídos a partir de consultas realizadas com os usuários. As vendas de chips acontecerão por meio de marketing multinível, com foco principalmente no nicho jovem.

“Achamos que telecom é a próxima indústria a ser hackeada, uma indústria em que há muito espaço para se fazer algo diferente”, falou em painel durante o evento Tela Viva Móvel, que acontece hoje, 15, em São Paulo. Por ainda ser pré-operacional, as ofertas não estão definidas. O que já está fechado é que a operadora não vai oferecer SVAs, ou sequer SMS. O cliente vai escolher entre um plano de voz, ou um de dados, ou uma mescla de voz e dados. Tudo gerenciado por aplicativo, a exemplo do que já acontece com planos de Oi e Nextel.

A expectativa de Blanco é alta, a ponto de o executivo sugerir crescer a número próximo do 1 milhão de usuários em um ano. “Já temos pré-cadastrados, sem falar pra ninguém da empresa, 30 mil interessados”, disse.

Mercado de MVNOs
A Veek vai operar sobre a infraestrutura da Surf Telecom, nome fantasia da EuTV, operadora que se apresenta como uma agregadora de operadoras virtuais. Sobre sua plataforma já opera a MVNO dos Correios, a Correios Celular. Estão para ser ativadas ainda este ano as operadoras iFé e Connect.

Por sua vez, a Surf usa a rede da TIM em todo o Brasil, enquanto constrói rede própria em São Paulo – a empresa foi uma das compradoras de frequência do último leilão da Anatel. “Usamos a rede da TIM, mas temos core de rede próprio. Como uma MVNA, não queremos ter clientes finais, tentamos fomentar o surgimento de operadoras para redes de varejo, clubes de futebol, provedores de internet, bancos, igrejas. Conseguimos lançar uma operadora num período de três a seis meses”, contou Davi Fraga, CMO da Surf.

Outra operadora que tenta criar uma carteira de operadoras é a Movttel, responsável atualmente por três MVNOs no nicho religioso (Mais AD, Mais ADSA e Mais Parceiros de Deus). Confrontada com a realidade do mercado nacional, que desconecta chips há dois anos, a empresa precisou readequar a expectativa à realidade. Quanto lançou, em 2015, a Mais AD, em parceria com a Assembleia de Deus, acreditava ser possível angariar alguns milhões de clientes em poucos anos. O que não aconteceu.

“Nosso crescimento não está gigantesco como a gente imaginava. Este mês tivemos 36% de crescimento, mas no mês anterior registramos queda. É um crescimento lento, mas chegaremos daqui a pouco no milhão”, disse Aline Storchi, CEO da Movttel. A operadora pretende lançar novos negócios este ano, e tem memorandos de entendimento com sete clubes de futebol. O primeiro projeto esportivo sai do papel também em junho. Mas Aline não revela com qual agremiação esportiva. Afirma, porém, que vê chance de acelerar a captação de clientes.

“Aprendemos muito com erros no passado. Agora vai ter gente dentro do estádio vendendo. Mídia na camiseta, mídia no estádio. O projeto está nascendo bem redondinho. Fizemos também uma pré-venda, com número surpreendente de cadastros”, afirmou. A Movttel funciona como MVNO credenciada da Vivo, ou seja, não tem nenhuma infraestrutura própria.

Estado registra pelo menos 38 ataques a caixas e Correios em menos de 5 meses

G1
15/05/2017

Pelo menos 11 explosões de caixas eletrônicos e 27 assaltos em agências dos Correios foram registrados no Tocantins nestes primeiros meses de 2017. Os criminosos, cada vez mais, demonstram ousadia. Na capital, foram dois ataques a terminais de autoatendimento nos últimos 20 dias. O primeiro aconteceu no aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues e o mais recente em um caminhão agência que estava na Feira Agrotecnológica do Tocantins (Agrotins).

Na maioria dos casos, a ação dos bandidos deixa grandes estragos. A Prefeitura de Miracema, por exemplo, teve parte do teto destruído depois que homens explodiram um caixa eletrônico. O prédio teve que ser desocupado e o atendimento suspenso. Os outros ataques aconteceram em Brejinho de Nazaré, Pedro Afonso, Santa Fé do Araguaia, Guaraí, Pium, Nazaré, Fátima, Araguaína e Palmas.

A explosão nos caixas da Agrotins chamou atenção porque tinha reforço de policiamento durante todos os dias da feira. A Polícia Militar justificou que os assaltantes conseguiram no local de barco, pelo lago de Palmas. A Polícia Federal investiga o caso. (Veja vídeo)
Os caixas do aeroporto ainda estão sem funcionar. Também foram dois equipamentos explodidos. Além disso, mais de 50 tiros foram disparados e oito acertaram um taxi.

Além dos caixas eletrônicos, o número de assalto a agências dos Correios também cresce no estado. Em 2016 foram 31 casos. Esse ano, já foram 27 crimes. No último sábado (13), moradores de taipas, no sudeste do estado, foram surpreendidos com os bandidos que destruíram uma das paredes do prédio e abriram o cofre da agência.Segundo o delegado Vinícius Mendes, os criminosos mudaram a forma de executar os crimes e estão mais agressivos. Apesar, da quantidade de explosões, ele garante que bandidos estão sendo presos.

“No ano passado houve uma redução de 20 das ocorrências de crimes contra instituições financeiras no estado. E um crescimento de 30% no número de prisões feitas pela polícia civil de pessoas que praticaram crime contra instituições financeiras”, disse o delegado Vinicius Mendes.

A própria polícia diz que todas as explosões acontecem após o abastecimento dos caixas. Mas os órgãos de segurança pública, não informam se existem ações em andamento para evitar os ataques.

Outro lado
A Polícia Militar disse que tem se esforçado para bem cumprir a sua função constitucional de prevenção. “Para se evitar furtos e roubos às agências dos Correios e estabelecimentos congêneres, torna-se necessária a união de esforços entre os demais órgãos de segurança no cumprimento de suas missões.”

A PM disse ainda que as instituições devem adotar medidas de vigilância próprias. Sobre a atuação dos militares, a corporação disse que “estão sendo adotadas medidas de otimização do efetivo com redução do número de militares na atividade administrativa, realização constante de operações, implemento de novas modalidades de policiamento, capacitação da tropa entre outras ações de caráter estratégico.”

Reestruturação nos Correios pode gerar demissões, diz presidente

Correio do Estado
14 MAI 2017

Os Correios devem apresentar ainda neste mês de maio uma proposta de reestruturação para tentar levar suas contas de volta ao azul, afirmou ao G1 o presidente da estatal, Guilherme Campos. A empresa soma cerca de R$ 4 bilhões de prejuízo entre 2015 e 2016.

De acordo com ele, a reestruturação é fundamental para reverter o resultado negativo. Em março, o ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou que, se a empresa não promover o “equilíbrio rapidamente”, vai “caminhar para um processo de privatização.”

Campos disse ainda que a estatal já estuda a viabilidade jurídica de corte de uma parte dos seus funcionários, após o resultado de seu Programa de Demissão Incentivada (PDI) ter ficado abaixo do esperado.

Anunciado em novembro do ano passado, o PDI teve a adesão de cerca de 5,5 mil funcionários. No total, disse o presidente, 17 mil trabalhadores preenchiam os requisitos para participar do programa e a meta era de 8 mil adesões. A empresa também já havia anunciado o fechamento de agências.

“Se com esse movimento [PDI] nós não tivermos um número satisfatório para chegar num ponto de equilíbrio, nós partiríamos para um modelo de demissão motivada”, disse Campos.

Segundo ele, os alvos das demissões, se ocorrerem, serão os mesmos do PDI: funcionários do setor administrativo, com salários mais altos e que continuam trabalhando nos Correios apesar de já estarem aposentados.

A estatal tem hoje cerca de 110 mil funcionários. Com a saída dos 5,5 mil que aderiram ao PDI, a estimativa é de economia de R$ 700 milhões por ano.

Novo valor serviço de entrega
Campos avaliou como “consistente e transformador” o plano de reestruturação que deve ser apresentado neste mês de maio. Ele não quis dar detalhes, mas disse que uma das medidas será a adoção de uma “política comercial mais agressiva” para enfrentar a concorrência no setor de entrega de encomendas, que vai continuar a ser a grande aposta dos Correios.

Essa política mais agressiva, afirmou Campos, passa pela mudança nos preços do chamado Sedex, que vai ficar mais barato “nas localidades mais competitivas” (grandes cidades do país) e mais caro “aonde o custo é maior para chegar” (regiões mais afastadas dos grandes centros).

“Nós estamos perdendo mercado. Crescemos na parte de encomendas no ano passado, mas crescemos abaixo do mercado de encomendas”, disse Campos. Ele também afirmou que os Correios vão melhorar a qualidade do serviço de entrega de encomendas.

Plano de saúde
Outra medida considerada vital para a recuperação financeira dos Correios, segundo Campos, é a mudança no plano de saúde dos funcionários, da ativa e aposentados, que hoje gera um custo de R$ 1,8 bilhão por ano à empresa.

De acordo com o presidente, hoje o plano beneficia cônjuge, filhos e pais dos funcionários. A proposta da empresa é que ele passe a valer apenas para o empregado – filhos, cônjuges e pais ainda poderiam ser inscritos, mas o custo seria repassado ao trabalhador.

Se houver acordo e a mudança for feita, os gastos dos Correios com plano de saúde passariam de R$ 1,8 bilhão para R$ 600 milhões por ano, segundo Campos.

Outras mudanças
O presidente dos Correios também se disse favorável a mudanças na legislação que permitam aos Correios reduzir custos na atividade postal. Uma delas é reduzir a frequência com que os carteiros visitam algumas regiões mais afastadas e de menor demanda. Outra é desobrigar a empresa de estar presente em todas as cidades.

“A atividade hoje dos Correios não consegue mais financiar [a presença em todo o país]. Se houver uma decisão de estado pela permanência, tem que ter um subsídio, um aporte de recursos para que isso aconteça”, disse Campos.

De acordo com ele, uma das soluções possíveis para essa questão pode ser a criação de microfranquias, que seriam administradas por pequenos comerciantes em localidades remotas ou nas periferias dos grandes centros. Esses comerciantes passariam a ser representantes dos Correios em troca de um percentual da arrecadação com os serviços.

Empresa aérea
Para ganhar mercado no setor de entregas, o plano de reestruturação também vai prever investimentos em logística e transporte das mercadorias. Entre elas, disse Campos, os Correios podem, apesar da crise e das contas no vermelho, enfim colocar em prática o plano de criação de uma empresa aérea.“É um desenho que está sendo construído, mas não tenho a resposta hoje. A única certeza é que o modelo atual não atende mais nem os Correios, nem as empresas de transporte aéreo”, afirmou o presidente.

De acordo com Campos, o transporte de mercadorias dos Correios é feito hoje por “empresas pequenas, com aviões velhos que não dão aquela confiabilidade que precisamos.”

Liminar barra transferência ilegal de funcionários dos Correios

CONJUR
11/05/2017

A juíza Roberta de Melo Carvalho, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, suspendeu liminarmente a transferência de empregados dos Correios ocupantes de cargos de nível superior e técnico, lotados na área administrativa, para unidades operacionais da empresa.

A liminar foi concedida após a direção dos Correios comunicar a transferência dos funcionários por meio de circulares, sob a alegação de “otimização da força de trabalho”. Cerca de 2 mil funcionários dos Correios em todo o país foram atingidos pela decisão da diretoria da empresa. A suspensão da aplicação da medida só é válida para os membros da Associação dos Profissionais dos Correios, que impetrou ação civil pública contra a medida na Justiça do Trabalho.

Para a magistrada, a transferência dos empregados para unidades operacionais sem correlação de cargo, carreira ou função, com aqueles para os quais os empregados prestaram concurso público pode ter ferido regra interna dos Correios e a Constituição Federal. Por isso, ela entendeu que a legalidade e constitucionalidade das circulares devem ser analisadas ao longo do trâmite processual e com o exercício da ampla defesa e contraditório. “Diante deste cenário, não se deve permitir a transferência de empregados sem a análise pormenorizada da situação de destino.”

A advogada Adriene Hassen, do escritório Cézar Britto & Advogados Associados e Reis Figueiredo & Advogados Associados, representou a associação no caso. Para ela, a decisão da diretoria dos Correios é arbitrária porque os funcionários não podem exercer funções diferentes daquelas listadas no concurso público que prestaram para ingresso na empresa.

Clique aqui para ler a decisão.

Direção Nacional da ADCAP.

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