Adcap Net 07/01/2020 – “Dificuldades para a intenção de privatização” – Veja mais!

“Se pudesse privatizar hoje, privatizaria”, diz Bolsonaro sobre Correios

Bolsonaro ainda criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que transferiu para o Congresso a palavra final sobre privatização das chamadas “empresas-mãe”

Bolsonaro com Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni (Foto: Carolina Antunes/PR)

Revista Forum
07/01/2020

Em sua sanha privatista, que tomou forma durante a campanha quando aceitou a assessoria do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, Jair Bolsonaro afirmou que seu desejo era vender hoje os Correios, se pudesse.

“Se pudesse privatizar hoje, privatizaria. Mas não posso prejudicar o servidor dos Correios. É isso”, disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada, nesta terça-feira (7).

O presidente ainda criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que transferiu para o Congresso a palavra final sobre privatização das chamadas “empresas-mãe”, as grandes estatais, como os Correios.

“O STF decidiu que as empresas-mães…as privatizações têm que passar pelo parlamento. Você mexe nessas privatizações com centenas, dezenas de milhares de servidores. É um passivo grande. Você tem que buscar solução para tudo isso. Você não pode jogar os caras para cima. Eles têm que ter as suas garantias. Tem que ter um comprador para aquilo. É devagar. Tem o TCU com lupa em cima de você. Não são fáceis as privatizações”, disse.

Bolsonaro diz que pretende privatizar Correios, mas reconhece dificuldade

Terra
07/01/2020

O presidente da República, Jair Bolsonaro, reconheceu que enfrenta dificuldades para privatizar os Correios e outras empresas públicas. “Não são fáceis as privatizações. Até o próprio Correio que a gente quer privatizar, mas tem dificuldade”, disse.

Ele também afirmou que não tem como garantir que conseguirá viabilizar a venda da estatal até o final do seu mandato.

“Se eu pudesse privatizar (os Correios) hoje, privatizaria. Mas não posso prejudicar o servidor dos Correios”, disse o presidente na manhã desta terça-feira, 7, ao sair do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro lembrou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina que a venda de empresas-mães precisam passar pelo Legislativo e outras questões que encara como empecilhos para dar sequência às privatizações, entre elas o controle do Tribunal de Contas da União (TCU).

“E aí você mexe com centenas, milhares, dezenas de milhares de servidores, é um passivo grande. Tem que buscar solução para tudo isso. Não dá para jogar os caras para cima, eles têm que ter suas garantias, além de que tem que ter um comprador para aquilo, tem o Tribunal de Contas da União com lupa em cima de você. Não são fáceis as privatizações”, declarou o presidente da República.

‘Se eu pudesse privatizaria os Correios hoje, mas não posso prejudicar os servidores’, diz Bolsonaro

Estadão
07/0/2020

Presidente reconheceu dificuldade para vender empresas públicas e afirmou que não tem como garantir a privatização dos Correios até o fim de seu mandato

O presidente Jair Bolsonaro reconheceu que enfrenta dificuldades para privatizar os Correios e outras empresas públicas. “Não são fáceis as privatizações. Até o próprio Correios que a gente quer privatizar, mas tem dificuldade”, disse. Ele também afirmou que não tem como garantir se conseguirá viabilizar a venda da estatal até o final do seu mandato.

“Se eu pudesse privatizar (os Correios) hoje, privatizaria. Mas não posso prejudicar o servidor dos Correios”, disse o presidente na manhã desta terça-feira, 7, ao sair do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro lembrou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina que a venda de empresas-mães precisam passar pelo Legislativo e outras questões que encara como empecilhos para dar sequência às privatizações, entre elas o controle do Tribunal de Contas da União (TCU).

“E aí você mexe com centenas, milhares, dezenas de milhares de servidores, é um passivo grande. Tem que buscar solução para tudo isso. não dá para jogar os caras para cima, eles têm que ter suas garantias, além de que tem que ter um comprador para aquilo, tem o Tribunal de Contas da União com lupa em cima de você. Não são fáceis as privatizações”, declarou.

O presidente defende desde a campanha a privatização dos Correios. Em junho de 2019, chegou a demitir o general Juarez Aparecido da Paula e Cunha da presidência da estatal por “agir como sindicalista”. Para o cargo, nomeou o general Floriano Peixoto, antes ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.

A privatização dos Correios poderia ser feita de duas formas: uma opção seria qualificar estudos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para definir “cenários” sobre modelo de privatização que poderia ser adotado. A segunda alternativa seria incluir a empresa no Plano Nacional de Desestatização (PND), o que exigiria encaminhar Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e projeto de lei ordinária ao Congresso. Para aprovar uma PEC, é necessário o apoio de três quintos da Câmara (308 de 513 deputados) e do Senado (49 de 81 senadores) em dois turnos.

Do Marcelo: Bolsonaro constata como é duro privatizar no Brasil

BR Político
07/01/2020

Em conversa com jornalistas, na tradicional paradinha na saída do Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro admitiu a dificuldade que o governo enfrenta para poder vender as estatais do País. Na campanha e durante todo o seu primeiro ano de mandato, Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, deixaram clara a disposição de reduzir o papel do Estado e a intenção de privatizar o maior número possível de empresas.

O presidente, entretanto, percebeu que a tarefa é muito mais complicada do parecia ser, como reconheceu hoje cedo ao falar sobre os problemas para conseguir vender, por exemplo, os Correios. “Não são fáceis as privatizações. Até o próprio Correio, que a gente quer privatizar, mas tem dificuldade”, disse. Bolsonaro citou como entraves a necessidade da venda das estatais precisar ser aprovada pelo Congresso, a fiscalização do Tribunal de Contas da União sobre o processo e o próprio destino dos funcionários das estatais.

Na verdade, há um outro gigantesco fator que também ajuda a barrar o processo das privatizações em todo o Brasil, seja no nível federal ou estadual. A questão política tem sido uma barreira quase intransponível nesses processos. A forte pressão dos servidores das empresas, como no caso dos Correios, sensibilizam políticos, especialmente num ano eleitoral. O próprio Bolsonaro sabe que corre o risco de sofrer desgaste na sua imagem nesse debate e tem insistido que os funcionários dessas empresas não podem “ser jogados para cima” numa eventual venda.

Vai mais longe a pressão política contra privatizações estratégicas. No Congresso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), já afirmou ser contrário à proposta de venda da Eletrobrás, considerada uma das joias da coroa que o governo pretendia disponibilizar dentro desse processo. A empresa tem atuação estratégica nas regiões Norte e Nordeste. E, por isso, parlamentares das duas regiões, mesmo os liberais, gritam contra sua venda.

Por isso, nada mais realista do que a fala de hoje do presidente dizendo que “se pudesse privatizar hoje, privatizaria”. O problema é que, como Bolsonaro parece ter percebido, politicamente ainda não pode.

Direção Nacional da ADCAP.

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