ADCAP NET 04/10/2016 – Fundos de pensão e investidores pedem R$ 9,3 bi de ressarcimento a bancos – Veja mais!

Fundos de pensão e investidores pedem R$ 9,3 bi de ressarcimento a bancos
IstoÉ
04/10/2016

Uma onda de acusações de negligência está alcançando os grandes bancos que prestam serviços de gestão, administração de recursos e custódia para fundos de investimentos. Investidores, fundos de pensão e até mesmo autoridades como a Receita Federal e Ministério Público Federal pedem cerca de R$ 9,3 bilhões de ressarcimento a bancos como BNY Mellon, Bradesco, BTG Pactual, Citibank, Deutsche Bank e Santander, sob a acusação de terem sido omissos na fiscalização de fundos ou corresponsáveis por investimentos que deram errado.

Pelo menos sete casos chegaram aos tribunais nos últimos dois anos e as instituições começam a se preocupar também com os efeitos da Operação Greenfield, que foi deflagrada há menos de um mês. Nesta operação estão sendo questionados os investimentos feitos pelos fundos de pensão em Fundos de Investimentos em Participações (FIPs). Os administradores desses fundos, contratados pelas fundações, estão também sob investigação.

Há duas semanas, o Bradesco teve de fazer um acordo com o Ministério Público para que seus executivos tivessem liberados os bens que foram bloqueados durante a operação. O banco se comprometeu a dar um seguro-fiança de R$ 100 milhões para garantir o ressarcimento caso fique comprovada sua responsabilidade pelas perdas sofridas pelo FIP Enseada. O FIP tinha recursos da Funcef, Petros e Previ e investiu em uma empresa derivada da Gradiente. O banco não quis comentar.

O valor que está sendo pedido ao Bradesco, no entanto, é ínfimo perto dos R$ 5 bilhões pedidos pelo Postalis, dos Correios, ao BNY Mellon. O banco americano é um dos maiores administradores de recursos do mundo e tinha exclusividade na prestação do serviço para o Postalis, de acordo com o presidente da fundação, André Motta. Segundo Motta, o Postalis pagava R$ 60 milhões por ano ao BNY, que teria, por contrato, se comprometido a preservar os investimentos da fundação. “Este é o contrato que hoje nos protege”, afirma.

A conta bilionária foi feita com base no que a fundação deveria ter atingido de rendimento e no que perdeu ao longo dos anos. Além disso, a fundação pede indenização em dois casos específicos: um fundo que aplicou em títulos da dívida argentina e venezuelana e um fundo de crédito chamado Silverado. Em ambos, os gestores são acusados de terem cometido fraudes, gerando prejuízos, e o administrador, de ter negligenciado a fiscalização.

O Postalis foi envolvido em uma série de escândalos com alguns executivos sendo acusados de crimes. O BNY não quis falar sobre o assunto. Em nota, afirmou: “Estamos nos defendendo contra as vagas e infundadas alegações formuladas pelo Postalis em ações judiciais, que não se baseiam em fatos”.

O caso Silverado também envolveu entre os investidores bancos como BTG Pactual, Sul America Investimentos e JP Morgan. Todos buscam ressarcimento de R$ 400 milhões por parte do BNY e de Deutsche Bank e Santander, custodiantes do fundo. Em sua defesa, na Justiça, os bancos tentam demonstrar que os investidores que questionam as perdas eram qualificados e tinham acompanhamento da gestão dos fundos. Além disso, defendem que seguiram as regras estabelecidas pelos próprios investidores. À reportagem, não quiseram fazer comentários.

Santander e Deutsche também estão sendo responsabilizados pelas perdas de R$ 400 milhões no Trendbank, outro fundo de crédito envolvido em fraudes. Os investidores eram, em sua maioria, fundos de pensão. Também o BTG, como administrador, está na lista dos processos, em um caso envolvendo a família do chinês Ban Chun, acionista da BRF Foods e que alega ter perdido R$ 400 milhões em operações de derivativos. O BTG não quis comentar, mas no processo se defende dizendo que Chun era sócio da gestora responsável pelo negócio e sabia dos investimentos.

Fisco

Além de investidores, o Fisco está atualmente contestando o papel dos gestores de fundos. No ano passado, o grupo Bertin foi autuado em R$ 3 bilhões pelo processo de fusão com o JBS. Segundo o Fisco, o pagamento do imposto foi evitado por meio de um FIP, do qual o Citibank era administrador e, por esse motivo, deverá responder solidariamente pela autuação. O Bertin está recorrendo. O Citibank não quis comentar.  As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Correios diminui receita no esporte, e natação, tênis e handebol ligam alerta
Globo.com
03/10/2016

A crise financeira que atinge o Brasil chegou nos Correios. Com a conta no negativo em R$ 2,1 bilhões só em 2015 e possibilidade de fechar no vermelho em R$ 2 bilhões este ano, a entidade irá cortar investimentos no esporte, o que atingirá em cheio as contas da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) e da Confederação Brasileira de Tênis (CBT). Patrocinadas pela estatal, as entidades receberam o aviso de realinhamento e uma proposta para que elaborem novos projetos, com orçamento reduzido em relação ao acordo atual, e que serão avaliados para serem aprovados ou não.

– Na última terça-feira (27), o presidente dos Correios, Guilherme Campos, se reuniu com os presidentes da CBT, CBHb e CBDA para tratar da  renovação dos contratos de patrocínio. Na ocasião, foi solicitado às confederações que apresentassem um projeto, com valores reduzidos frente aos atuais, para ser avaliado pelos Correios. Neste momento, mantemos a informação repassada nas últimas solicitações de informações de que as renovações dos contratos de patrocínio esportivo estão em análise nos Correios – explicou os Correios através de nota enviada ao GloboEsporte.com.O maior rombo deve ficar com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. Entre 2014 e 2016, a entidade recebeu R$ 48,7 milhões dos Correios. Em nota oficial, a CBDA informou que irá enviar uma nova proposta de acordo de patrocínio com a estatal e que pretende estudar uma forma de equilibrar suas necessidades com a atual situação da entidade. Atletas que recebiam ajuda financeira, como os jogadores de polo aquático que reforçaram o Brasil na Olimpíada Rio 2016.

Por outro lado, a Confederação Brasileira de Tênis, que recebeu R$ 17 milhões entre 2014 e 2016, irá votar uma mudança de sua sede de São Paulo para Florianópolis visando economia. O contrato com os Correios terminou no dia 26 de setembro, está em processo de renovação e hoje a CBT não conta com qualquer parceiro. A queda de arrecadação fez com que a confederação rescindisse contrato com 55 parceiros e encerrasse o apoio financeiro a tenistas como Thomaz Bellucci e Bruno Soares e Marcelo Mello, que recebiam verbas provenientes desse acordo.

Já a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) recebeu entre 2014 e 2016 o valor de R$ 13,5 milhões. A entidade também conta com o patrocínio do Banco do Brasil e esclareceu que foi comunicado pelos Correios da necessidade de preparar novo projeto com “valores reduzidos drasticamente”. O atual contrato da estatal com a CBHb vai até o dia 27 de novembro e ainda contempla o Torneio Quatro Nações, em novembro, preparatório para o Mundial masculino que acontece em janeiro de 2017, na França. Presidente da CBHb, Manoel Luiz Oliveira explicou que a redução dos Correios atrapalha a preparação das seleções para torneios internacionais e indiretamente a gestão do novo CT, em São Paulo.

–  Toda a redução de valores afeta o global. Tudo que contemplava o recurso dos Correios e teve redução será afetado. Isso inclui os treinamentos das seleções. Sabemos que não será fácil, mas vamos buscar novos parceiros e fazer adequações no planejamento para os próximos anos. O Centro Nacional de Desenvolvimento do Handebol será afetado de forma indireta, pois a redução de valores influencia o universo global da Confederação. Para o Centro também podemos buscar parceiros para mantê-lo de forma independente – garantiu Manoel.


Entrevista com vice dos Correios José Furian Filho
ESPLANADA WEBTV
30/9)

Entrevista de José Furian Filho, vice-presidente de Logística dos Correios, à Esplanada Webtv, programa de entrevistas da Coluna Esplanada para plataformas digitais: Pauta: logística para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016; e-commerce; entrega de urnas para as eleições.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=VPCq2-zscn0

Outras Notícias