Adcap Net 02/03/2017 – Para CGU, Correios não tomaram medidas para evitar dilapidação de seu patrimônio – Veja mais!

Trabalhadores do setor de Sedex dos Correios param atividades em Alagoas

G1
02/03/2017

Os trabalhadores do setor de Sedex dos Correios em Alagoas decidiram paralisar as atividades nesta quinta-feira (3). Eles reclamam que o Centro de Tratamento de Cargas e Encomendas, no Distrito Industrial, em Maceió, é insalubre e não oferece condições de trabalho.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos de Alagoas (Sintect), a paralisação será por tempo indeterminado, caso as negociações não avancem. Durante a mobilização, as correspondências via sedex não serão entregues.

“Houve uma mudança do prédio do Tabuleiro do Martins em novembro de 2015 e o novo local tem muitos problemas com relação a saúde do trabalhador”, disse o vice-presidente do sindicato, Alisson Guerreiro.No setor trabalham cerca de 45 funcionários. De acordo com o sindicalista, o espaço não tem ventilação e o piso não é adequado para o serviço. “O local parece uma estufa, sem ventilação. A temperatura alta está prejudicando a saúde de trabalhadores. E a poeira provocando alergia”, comentou Guerreiro.

Por meio de nota, a diretoria dos Correios em Alagoas informou que algumas ações já foram tomadas buscando minimizar e solucionar a questão da climatização no centro operacional.

A empresa disse ainda que recebeu, na última semana, 12 novos ventiladores para instalar nas áreas do galpão onde realiza as atividades de triagem e pré-distribuição de encomendas. Seis deles já estão em funcionamento.

“Esse é um paliativo enquanto o processo de aquisição das turbinas de ventilação centrais não entra na sua fase de licitação. A Regional está no aguardo da liberação de orçamento por parte de Brasília para dar andamento ao que seria a resolução final desse contratempo. Por sermos uma empresa pública, esta é a única maneira para se realizar a aquisição desses equipamentos”, diz a nota.

O vice-presidente do Sindicato disse que uma reunião entre a categoria e a direção dos Correios em Alagoas está agendada para esta tarde. “Essa é nossa última tentativa de negociação porque o assunto já foi colocado para a direção diversas vezes. Se não houver acordo, poderá ter início uma greve”, disse.

A diretoria confirmou que haverá uma reunião na tarde desta quinta e disse que gestores explicarão quais as ações que estão sendo tomadas.

Mesmo com rombo bilionário, Correios patrocinam torneios de tênis

Época
02/03/2017

Nos últimos dois anos, o rombo dos Correios chegou a cerca de R$ 4 bilhões. Apesar desse desfalque, a estatal continua investindo seus recursos em patrocínios de eventos esportivos. Acaba de destinar, por exemplo, R$ 400 mil para dois eventos de tênis. Um deles é uma etapa do ATP Challenge Tour, a ser realizada em Campinas, no interior paulista.

Correios ainda tem futuro na era digital, mas vive sucessão de erros

Correios do Brasil
02/03/2017

Todos os anos, como agrado garantido em negociação coletiva, os funcionários dos Correios recebem um cartão com R$ 1 mil de crédito para gastar em supermercados. Quando se leva em conta a inchada estrutura de pessoal da empresa, o “vale-peru” – como esse benefício é mais conhecido entre os carteiros – se traduz em uma despesa de R$ 117 milhões.

Tudo nos Correios ganha proporções grandiosas e os dois anos seguidos – 2015 e 2016 – de prejuízo no patamar de R$ 2 bilhões são alarmantes, mas é precipitado considerar a empresa, que completou 354 anos em janeiro, como doente terminal.

É verdade que a comunicação eletrônica tornou obsoleta boa parte das atividades postais, mas a era digital também abre perspectivas promissoras, como o e-commerce, para uma empresa com amplo conhecimento logístico e presença em 5,5 mil municípios.

Por isso, a conta pela sangria financeira dos Correios deve ser debitada menos das transformações tecnológicas e mais da inabilidade de seus gestores. No governo da ex-presidente Dilma Rousseff, falava-se com desenvoltura sobre um “plano estratégico” para a empresa até 2020, mas foram sugados R$ 8 bilhões em dividendos que esvaziaram seus cofres e houve um represamento sem precedentes das tarifas.

O fundo de pensão Postalis é alvo de investigações da Polícia Federal. Seus beneficiários terão que fazer contribuições adicionais até 2039 para cobrir o rombo deixado por investimentos equivocados, como títulos públicos emitidos por Argentina e Venezuela – puros “papéis podres”.

Tentativas de maximizar ganhos e enxugar despesas também mostraram resultados menos brilhantes do que indicavam seus anúncios. A concorrência aberta para criação de uma operadora virtual de telefonia celular atraiu poucas empresas. O processo de relicitação do Banco Postal, que poderia gerar receitas bilionárias aos Correios, terminou sem interessados. As adesões ao programa de desligamentos voluntários ficaram em metade do esperado.

Poucas decisões foram tão inconsequentes como a criação da Postal Saúde, em 2013, para cuidar da assistência médica dos empregados. Ela foi, sozinha, responsável por R$ 1,8 bilhão do prejuízo de R$ 2 bilhões verificado no ano passado. A cada R$ 100 gastos pelo plano, nada menos que R$ 93 saem do caixa dos Correios. Não é apenas o vale-peru que estraga as contas e ameaça o futuro da empresa. (Fonte: Valor Econômico)

Em Goiás, 44 municípios não têm carteiros

Correios do Brasil
02/03/2017

De acordo com dados do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e suas Concessionárias, Permissionárias, Franqueadas, Coligadas  e  Subsidiárias  no Estado de Goiás (Sintect/GO), hoje, os Correios em Goiás contam com um déficit de 250 carteiros. Ainda segundo dados do Sindicato, 44 municípios estão sem funcionários para fazer as entregas de encomendas. Para completar, a empresa ainda está irregular no Tribunal de Contas da União (TCU), devido a uma irregularidade na contratação de 368 pessoas em 2014.

O secretário de assuntos jurídicos do Sintect/GO, Edimar Ferreira, relata que desde 2013 a situação dos Correios com relação aos seus funcionários tem se mostrado crítica. “Mas foi em 2014 que a situação ficou mais grave”, afirma. Mas, para entender o que levou à situação atual, é preciso voltar um pouco no tempo. Em maio de 2011, a empresa realizou seu último concurso público, mas em meados de 2014 ainda contratava os chamados. No entanto, de acordo com o TCU, o prazo já havia passado e as contratações, portanto, tornaram-se ilegais.

Dessa maneira, 368 funcionários têm sido notificados pelo TCU em relação ao processo que revoga os registros de suas admissões naquele ano. No termo de ciência enviado aos contratados, o órgão solicita o desligamento deles assim que o processo for concluído. Segundo o secretário, os Correios afirmam que esse problema tem que ser resolvido diretamente entre o empregado e o TCU, e que a empresa fez tudo corretamente. Diante disso, o funcionário fica de mãos atadas e aguardando a regularização de seus contratos.

Além disso, a empresa tem até o meio de 2018 para fazer novo concurso, já que há um déficit problemático de pessoal atualmente. “Têm cidades do Estado que conta com um corpo mínimo de funcionários e o carteiro acaba virando um seis em um, fazendo trabalho de carteiro, faxineiro, entre outros”, afirma Ferreira. Ainda, há o problema de que 44 cidades sequer têm carteiros e as unidades encontram-se, em muitos casos, sucateadas. O secretário de assuntos jurídicos afirma que esse déficit prejudica o cidadão Goiano, que, muitas vezes, tem que ir à cidades vizinhas para pegar suas encomendas nos Correios. No total, a empresa está sem 250 funcionários para que funcione regularmente.

Diante disso, o Sintect/GO age na coleta de dados de cada funcionário notificado e na reunião dos documentos para que eles estejam respaldados quando o TCU interferir diretamente e não houver intermédio dos Correios. Ferreira afirma que, até então, a empresa não deu resposta a esses funcionários e, pelo que se posicionou até agora, não irá tomar interferir no processo. De acordo com o documento encaminhado pelo órgão, o concurso público de edital 11/2011 foi prorrogado, mas, juridicamente, a possibilidade de prorrogação não era prevista.

Em nota resposta, os Correios afirmam que contam, hoje, com um quadro efetivo de 1654 carteiros. Segundo afirmam, “a estatal leva em consideração o fluxo postal do município, pontos de entrega, geografia local e, para operacionalizar a distribuição, trabalha com remanejamento de profissionais para atender as diversas regiões do estado”. Dessa maneira, reiteram que não há município desassistido, porque os carteiros são remanejados quando eles consideram que há necessidade. A empresa também não deu previsão para o próximo concurso, e justificou que estão fazendo um estudo do quadro e das demandas para, então, decidir quando abrirão o próximo edital. Quanto às notificações do TCU, eles reforçam que, enquanto não ocorre o trânsito na justiça, os empregados permanecem no quadro da empresa. (Fonte: Rádio Rio Vermelho)

Para CGU, Correios não tomaram medidas para evitar dilapidação de seu patrimônio

01/03/2017
Extra

Uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) responsabilizou o Conselho de Administração e a Diretoria Executiva dos Correios por não tomarem medidas que evitassem a dilapidação do patrimônio da estatal. Isso porque a parte dos lucros e outros dividendos da empresa repassados para a União entre 2011 e 2013, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, ficaram muito acima do que o recomendado, comprometendo a saúde financeira dos Correios. Em 2015, a situação chegou a tal ponto que a empresa teve um prejuízo de R$ 2,1 bilhões.

Segundo a CGU, os Correios pagaram à União aproximadamente R$ 1,9 bilhões entre 2000 e 2010. Nos três anos seguintes, os valores subiram para R$ 2,9 bilhões. O resultado desses repasses e outros problemas na gestão da estatal foi a redução do caixa dos Correiros. Em 2011, havia R$ 6 bilhões. Em 2013, caiu para R$ 4,5 bilhões. Em 2015, já estava em R$ 1,9 bilhão.

“Somente em 2011, foi repassado o valor de R$ 1,7 bilhões. Assim, verifica-se que já havia a possibilidade de se entrever que essa situação poderia causar um impacto financeiro à empresa. Ainda assim, foram pagos mais R$ 1,2 bilhões, somando-se os valores repassados em 2012 e 2013”, diz trecho da auditoria.

O estatuto da empresa prevê que sejam repassados no mínimo 25% do lucro líquido. Mas, na prática, o percentual ficava muito acima, às vezes chegando a 100%. Em 2013, a situação se agravaria. Os Correios adiantaram ao governo R$ 300 milhões, 97% do lucro que teria naquele ano, no total de 308,2 milhões. Em 2014, no entanto, foi constatado que houve na verdade um prejuízo de R$ 312,5 milhões.

Segundo a CGU, já havia tendência de queda no lucro operacional em 2011, mas a Secretaria do Tesouro Nacional entendeu na época que a situação econômica dos Correios era confortável. Para a CGU, houve falta de zelo do Conselho de Administração da Diretoria Executiva no pagamento de dividendos.

“A partir de 2011 os lucros operacionais da Empresa já apresentavam uma tendência de queda, por conseguinte, a ECT (Correios) poderia ter exposto sua posição econômica junto ao Tesouro Nacional, de forma a evitar elevados montantes de repasses ou, ao menos, alertar o acionista das consequências desfavoráveis que essas transferências poderiam causar”, diz trecho da auditoria.

Em sua defesa, que consta no relatório, os Correios disseram que, “por ser uma empresa pública com 100% de seu capital da União, o acionista é representado na Assembleia-Geral pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, representante do órgão, Ministério da Fazenda, que determinou o pagamento dos valores aos Correios”.

A CGU não ficou satisfeita com a explicação: “Em que pese o acionista, representado pela PGFN, ter a prerrogativa de solicitar os repasses dos dividendos, a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração da ECT são instâncias deliberativas do processo, conforme reiterado na própria manifestação, e, por esse motivo, têm o dever de proteger os interesses da empresa, atuando como instância de aprovação para o pagamento de dividendos.”

A destruição de estatal por estatal

O Antagonista
01.03.17

A voracidade por capital com que o PT governou durante três mandatos e meio deixou os Correios também de joelhos.

Dilma Rousseff torrou o caixa dos Correios, exigindo que a estatal repassasse à União o lucro que tinha e que não tinha.

De acordo com o Globo, a estatal repassou R$ 1,9 bilhão entre os anos 2000 e 2010. Nos três anos seguintes, porém, os Correios remeteram R$ 2,9 bilhões para atender à sanha gastadora de Janete.

Os repasses exagerados, os desmandos de gestão e a corrupção na estatal (usada desde o primeiro mandato de Lula para financiar o mensalão) foram responsáveis por levar os Correios ao prejuízo de R$ 2,1 bilhões em 2015.

Agora a Controladoria Geral da União decidiu responsabilizar o conselho de administração e a diretoria executiva da estatal por não terem tomado medidas que impedissem a dilapidação do patrimônio da empresa, diz a reportagem.

BRASIL Portarias devem impedir reposição de demissões voluntárias

VALOR ECONÔMICO
1º/3/2017

O governo deverá publicar novas portarias reduzindo o limite de pessoal nas estatais que fizeram planos de demissão voluntária ou de aposentadoria incentivada nos últimos meses. A ideia é aproveitar o enxugamento dos quadros pela saída espontânea dos funcionários para vedar formalmente a possibilidade de reposição por meio de concursos.
No Banco do Brasil e na Caixa, haverá “zero reposição” e os limites vão diminuir na mesma quantidade de adesões aos planos implementados recentemente, segundo o secretário de Coordenação e Governança de Empresas Estatais (Sest) do Ministério do Planejamento, Fernando Soares.

Cerca de 9,4 mil empregados se desligaram do Banco do Brasil.A Caixa tinha a expectativa de atrair dez mil pessoas ao programa de demissão voluntária lançado no início de fevereiro, que ficou aberto até segunda feira. Não houve divulgação do número de adesões. O Banco do Brasil e a Caixa têm hoje, respectivamente, limite fixado de 115.495 e 97.732 empregados.

No caso da Eletrobras, que está prestes a abrir um PDV para cerca de 5 mil pessoas, a perspectiva é não haver reposição. Apenas a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que conseguiu pouco mais de cinco mil adesões, poderá fazer contratações equivalentes a 25% do pessoal que saiu. O quadro máximo dos Correios é de 118,6 mil funcionários. “Cada caso é um caso. Mas, de forma geral, as estatais precisam melhorar seus resultados, aumentar a produtividade e, principalmente os bancos, se adequar às mudanças tecnológicas”, afirma o secretário.

Para ele, os programas de demissão voluntária e aposentadoria incentivada têm dado uma importante contribuição no esforço de saneamento das empresas e compensado o gasto inicial com indenizações: “Eles estão tendo payback em dez meses.”

Soares prepara o lançamento, nas próximas semanas, de um novo boletim – provavelmente bimestral – das empresas estatais. A ideia é elevar o grau de transparência sobre os principais dados das 153 companhias sob controle direto ou indireto da União, com informações como aportes, investimentos e quadro de empregados.

Ciente de que as estatais não estão em condições de gerar dividendos e reforçar as contas públicas, Soares avalia que uma colaboração ao ajuste fiscal pode vir com a redução dos aportes feitos pelo Tesouro nas empresas.

De 2015 para 2016, a União aumentou suas capitalizações de R$ 3 bilhões para R$ 5,4 bilhões, principalmente devido à injeção de recursos na Eletrobras. O secretário garante que esse número vai ser menor neste ano, mas acha muito cedo para cravar uma estimativa. “Zerar totalmente é bastante difícil, mas não temos espaço fiscal para novos aportes. Como as receitas não estão se recuperando como gostaríamos, fica inviável”, afirma Soares.

A crise econômica e o agravamento das contas nas estatais derrubaram os dividendos pagos ao governo. Em 2015, a União recebeu R$ 22,1 bilhões – quase 40% do que o recorde de 2012. No ano passado, foram só R$ 5,6 bilhões.

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