Correios: carteiros denunciam aparelhamento

Veja
07/10/2014

 

Pouco antes do primeiro turno, a Associação dos Profissionais dos Correios – ADCAP  publicou uma ‘nota pública’ denunciando o aparelhamento dos Correios (ECT). A associação, fundada em 1986, diz que está avaliando as medidas judiciais cabíveis e que “oportunamente se manifestará novamente sobre o assunto.”

 

A nota é  autoexplicativa.

 

“Nos últimos anos o aparelhamento político da ECT se acentuou com as mudanças introduzidas no Manual de Pessoal em 2011, que permitiram o acesso às funções técnicas e gerenciais por empregados e pessoas estranhas aos quadros de pessoal da Empresa sem a observância dos imperativos de competência técnica e capacidade gerencial;

 

“Em decorrência dessas alterações, 18 dos 27 diretores regionais da ECT são filiados ao Partido dos Trabalhadores.

 

“Além disso, muitas outras funções são ocupadas por critérios políticos nas Diretorias Regionais e na Administração Central da Empresa.

 

“Como exemplos desse aparelhamento, registre-se que enquanto mais de 50.000 carteiros labutam diariamente em condições muitas vezes desfavoráveis por uma remuneração mensal de cerca de R$ 1.500, outros carteiros ligados à burocracia sindical e partidária ocupam elevadas funções em Brasília e nos diversos estados, alguns deles com remunerações superiores a R$ 20.000.

 

“O citado aparelhamento afeta também o Fundo de Pensão dos empregados dos Correios, o Postalis, frequentemente citado em notícias veiculadas pela imprensa contendo suspeitas de investimentos duvidosos e de operações fraudulentas.

 

“O Postalis já acumula um déficit atuarial superior a R$ 2,2 bilhões em 2013/2014, levando em breve a uma drástica redução dos salários e benefícios dos empregados e aposentados dos Correios e atingindo cerca de 500 mil pessoal, o que levou a ADCAP a solicitar à PREVIC, junto com outras entidades representativas de empregados, a intervenção no Postalis.

 

“Diante do exposto, a ADCAP comunica que está avaliando as medidas judiciais cabíveis e que oportunamente se manifestará novamente sobre o assunto.”

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