Extra online
12/08/2014
Os funcionários dos Correios que trabalham no Centro de Distribuição (CDD) Pilares, na Zona Norte do Rio, fazem uma paralisação desde a quinta-feira, dia 7 de agosto. As atividades ainda não têm previsão de serem retomadas, e os trabalhadores se recusam a voltar por causa da violência que a unidade sofre nos últimos meses. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro (Sintect-RJ), a direção dos Correios não apontou uma solução para o problema e ameaça descontar os dias parados.
O grupo planeja um ato em frente à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, na Cidade Nova, para cobrar do diretor regional uma posição sobre o assunto, inclusive do desconto dos dias parados. De acordo com os funcionários, eles correm risco de morte no exercício da profissão na região. A diretora do sindicato Edna Barros trabalha na unidade e afirma que a onda de assaltos já dura meses sem que providências sejam tomadas para resolver a situação.
— Nada foi feito até agora para preservar os trabalhadores da violência. O descaso é tamanho que os meliantes são os mesmos e os assaltos continuam normalmente sem que ninguém seja preso.
O Sintect/RJ acrescenta que assaltantes entram na unidade e ameaçam os gerentes:
— É uma situação insustentável, absurda — afirma a diretora do Sintect/RJ Rosemeri Leodoro.
As reivindicações relativas ao reforço das medidas de segurança da equipe do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD Pilares) foram atendidas pelos Correios, inclusive com a alocação de vigilante na unidade.
Sobre o assunto, os Correios divulgaram a seguinte nota de esclarecimento:
“Os Correios agem em parceria com as autoridades de segurança estadual e federal na prevenção a assaltos. A empresa vem mantendo contato direto com o 3º BPM que já providenciou o policiamento ostensivo na região abrangida pelo CDD Pilares. Na sede da empresa, no Rio de Janeiro, funciona o Núcleo de Repressão a Crimes Postais, órgão da Superintendência da Polícia Federal, com atribuição exclusiva de apurar os delitos postais e investigar os roubos, identificando quadrilhas que atuam contra os trabalhadores dos Correios e contra o patrimônio público.
A empresa também presta assistência médica e acompanhamento psicológico aos profissionais que são vítimas de violência”.