Greve dos Correios: empregados e empresa se reúnem nesta quinta-feira (12) no TST
TST Notícias
Set/2019
O ministro Mauricio Godinho Delgado, do Tribunal Superior do Trabalho, designou para esta quinta-feira (12), às 13h30, audiência de conciliação entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e as federações representantes dos empregados. O ministro é relator do dissídio coletivo de greve ajuizado pela ECT nesta quarta-feira, em razão da paralisação da categoria, iniciada às 22h de terça-feira (10). A audiência foi marcada após o ministro ter recebido os advogados da empresa e dos empregados.
Greve
No dissídio coletivo, a ECT pede a concessão de tutela de urgência para que o TST determine a suspensão imediata da greve, sob pena de multa, ou a manutenção, pelos sindicatos do contingente mínimo de 90% em cada unidade para desempenho normal de suas atribuições. Segundo o relator, os demais aspectos do processo, entre eles os pedidos liminares, serão encaminhados durante a audiência ou logo a seguir.
(CF)
Processo: DCG-1000662-58.2019.5.00.0000
Funcionários dos Correios vão à PGR contra a direção da estatal
O Globo
11/09/2019
Carteiro dos Correios
A Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP) entrou hoje com uma representação criminal na PGR contra a diretoria da estatal.
Motivo: a direção dos Correios abandonou a mediação que vinha sendo conduzida pelo TST para fechamento do acordo coletivo 2019.
Os funcionários dos Correios entraram em greve a partir de hoje.
Justiça definirá aumento para funcionários dos Correios
O Dia
11/09/2019
Em greve por tempo indeterminado, os trabalhadores dos Correios (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) vão aguardar, agora, a solução do conflito com a estatal na Justiça. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) instaurou, no fim da tarde desta quarta-feira, o dissídio dos funcionários da empresa, que pedem a reposição inflacionária de cerca de 3% e o pagamento de alguns benefícios.
Segundo representantes dos trabalhadores, a empresa abandonou as negociações, e propôs um reajuste de 0,8%, equivalente a um quarto da inflação do período apurado (de julho de 2018 a julho de 2019).
Vice-presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP), Marcos César Alves Silva alega que o governo vem tratando a classe com “injustiça”. “A reposição inflacionária de 3% e manutenção de benefícios, eu diria que são o mínimo que se espera numa negociação”, disse.
Foi a empresa que entrou, nesta quarta-feira, com dissídio coletivo no TST. O Tribunal irá avaliar o processo de negociação e ouvir as partes. O relator apresentará seu voto, que será analisado depois por um colegiado do tribunal.
Em nota, os Correios informaram que, desde o início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes dos empregados, “nas quais foram apresentadas a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões”.
A empresa acrescentou que as federações, no entanto, “apresentaram reivindicações que superam até mesmo o faturamento anual da empresa”.
Privatização no contexto
Para Silva, o discurso da estatal desvaloriza a categoria, que tem contribuído para que os Correios apresentem resultados positivos. Ele ressalta que a intenção do governo federal de privatizar a empresa é mais um motivo de insatisfação dos trabalhadores.
“A questão da privatização também está no contexto. Essa é uma grande preocupação dos trabalhadores , principalmente pela forma como o governo está tratando o assunto. Querem fazer a toque de caixa, em vez de valorizar os Correios, pois, quem quer vender algo, valoriza o que se quer vender, mas só falam mal”, declarou Silva.
O vice-presidente da associação citou dados para reforçar os resultados da empresa. “Estamos com mais de 99% de regularidade na entrega de encomendas. Só no Rio há exceções pela questão da violência em umas regiões”.
Ele acrescentou que 90% das lojas virtuais usam os Correios. “Não se trata de monopólio, aí é uma predominância da empresa pela competência e pelo preço”.
‘Funcionários ficaram sem saída’
Sobre as reivindicações dos trabalhadores, Silva explicou que, desde o ano passado, a estatal passou a cobrar uma mensalidade para os planos de saúde. “Isso onerou o pessoal”, afirmou.
“Nessas negociações, a empresa queria reduzir benefícios e dar um reajuste de um quarto referente à inflação do período (de julho a julho). Os funcionários ficaram sem saída, a greve foi o único caminho”, disse ele, que acrescentou: “Agora, vamos para o dissídio. E o TST em outros dissídios, de outras empresas, normalmente determina a reposição da inflação aos trabalhadores”.
Direção Nacional da ADCAP.