A liberdade da entrega de encomendas já existe
A GAZETA
19/4/18
Carlos Roberto Fortner*
Na terça-feira (10), foi publicado aqui neste espaço o artigo “Liberdade Postal”, assinado pelo presidente da Fecomércio – ES, José Lino Sepulcri. O texto induz o leitor a acreditar que os Correios têm o monopólio da entrega de encomendas, seja do e-commerce com origem no Brasil ou no exterior.
Isto não corresponde à verdade: os Correios não têm e nunca tiveram o monopólio de encomendas.
Ainda que o segmento de encomendas seja concorrencial, os Correios ocupam a primeira posição nas entregas do comércio eletrônico, destacando-se como o principal parceiro das lojas virtuais brasileiras.
Tanto assim que foram os vencedores da categoria melhor empresa de Logística no E-commerce no Prêmio ABComm de Inovação Digital 2018, um dos mais importantes e aguardados eventos do e-commerce nacional.
A “Liberdade Postal”, no caso das encomendas, já existe há muito tempo. Nesse ambiente concorrencial, tipicamente regido pela oferta e procura, os Correios disputam diariamente a preferência dos clientes no Brasil com mais de 200 empresas de logística regionais, nacionais e multinacionais.
No Brasil, o monopólio postal se limita tão somente às correspondências, malotes e telegramas. Ainda assim, tal benefício é concedido mediante uma contrapartida prevista na própria Constituição: a presença obrigatória em todos os 5.570 municípios do Brasil. Diferentemente de empresas da iniciativa privada, os Correios não têm a prerrogativa de escolher o mercado onde a operação é mais conveniente – ou mais lucrativa.
O bônus da exclusividade na prestação de serviços postais em nome do Estado traz consigo o ônus de ter de prestá-los em todas as localidades, inclusive naquelas onde nenhum outro operador chega – ou tem interesse em chegar. Some-se a isso a responsabilidade prevista em lei de resguardar o sigilo das mensagens pessoais e comerciais, que é exigida dos Correios, e para a qual se reconhece na empresa a fé pública. Como acontece com a maioria dos serviços postais públicos no mundo, a exclusividade postal dada aos Correios foi o caminho encontrado pelo Estado brasileiro para criar as condições necessárias à prestação de serviços postais básicos a toda a população, independentemente da distância e dos custos da operação, garantindo, assim, a igualdade e o direito de todos à comunicação.
* Carlos Roberto Fortner é presidente em exercício dos Correios
PF deflagra operação contra roubos aos Correios e cumpre mandados de busca
G1
19/04/2018
Polícia Federal deflagrou a operação Piratas do Asfalto na manhã desta quinta-feira (19) para coibir roubos a caminhões dos Correios em Teresina. Segundo a delegada Larissa Magalhães, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos bairros Mocambinho II, Zona Norte da cidade. Quatro pessoas são investigadas pelos crimes e três serão ouvidas hoje.
“Esta é a segunda vez que cumprimos mandados de busca e apreensão devido aos constantes assaltos a carteiros e caminhões na região. As ocorrências acontecem principalmente nos bairros Mocambinho, Água Mineral e Buenos Aires”, explicou a delegada.
Quatro pessoas são investigadas pelos assaltos aos Correios, um deles foi ouvido ainda em 2017. Hoje, mais três foram conduzidos à sede da PF em Teresina, após cumprimento de dois mandados de busca e apreensão.Segundo a delegada, dois dos suspeitos são primos e todos os envolvidos se conhecem. Ela declarou que os suspeitos roubam mercadorias dos Correios e até pedestres, mas distribuíam logo os produtos roubados.
“Eles atacam o caminhão dos Correios quando os funcionários vão entregar encomendas e roubam especialmente eletroeletrônicos”, revelou Larissa Magalhães.
Ela disse que os suspeitos serão ouvidos na sede da Polícia Federal e vão responder pelo crime de roubo. Uma das pessoas conduzidas foi flagrada com drogas e a delegada ainda analisa se ele será indiciado por tráfico.
População reclama do fechamento das agências do Banco do Brasil e dos Correios em Canaã dos Carajás
Por G1 PA
19/04/2018
Comerciantes e moradores reclamam dos prejuízos provocados pelo fechamento das agências do Banco do Brasil e dos Correios, em Canaã dos Carajás, no sudeste do estado. Os usuários contam que são obrigados a viajar para outra cidade para fazer operações bancárias.
Os avisos na porta da agência do Banco do Brasil em Canaã dos Carajás informam que não há previsão para o funcionamento dos serviços nos caixas.
“Já é difícil pra gente vir na agência daqui quando tá funcionando, que a gente passa um dia para resolver um problema no banco. Agora, 40 dias fechado, tudo que a gente tem que fazer que não depende de internet, tem que fazer na agência de Parauapebas”, diz o empresário Amarildo Neres.
Na agência do Banco do Brasil em Canaã, apenas transferências e saldos estariam disponíveis nos terminais de autoatendimento. “Muito ruim, muito péssimo pra nós. Quem mora na roça e precisa de alguma coisa não consegue nada”, afirma o agricultor Aparecido da Penha.
O atendimento ficou deficiente depois de um assalto no dia 10 de março. Bandidos conseguiram invadir a agência e arrombar três cofres.
Os serviços dos Correios também estão comprometidos. A agência está fechada e sem previsão de funcionamento depois de um assalto no início do mês, onde funcionários foram feitos reféns.
Sem as agências, o comércio de Canaã sente os prejuízos. “Tá totalmente parado e a gente fica na espera pra ver quando é que vai funcionar”, revela o empresário Bruno Pontes.
O Banco do Brasil informou que ainda não há previsão para reabertura da agência em Canaã dos Carajás. Segundo o banco, os clientes e usuários contam com duas casas lotéricas, um correspondente bancário e também podem realizar transações via internet.
Já os Correios informaram que a agência de Canaã dos Carajás permanece fechada para atendimento ao público e que a distribuição de cartas e encomendas da unidade será realizada com apoio do Centro de Distribuição Domiciliária Parauapebas. Ainda segundo os Correios, todas as providências estão sendo adotadas para que a unidade volte a funcionar o quanto antes, mas não há data prevista para esse retorno.
Leitora reclama de atraso na entrega dos Correios
ESTADÃO
18/4/18
Segundo a munícipe, o próprio carteiro da região disse que a empresa está com poucos funcionários
Isis de Almeida relata que desde o começo do ano as correspondências na região do Butantã, na zona oeste da cidade, estão chegando com atraso de mais de 15 dias. Ela já chegou a pagar contas vencidas.
Segundo o carteiro, o motivo é a falta de funcionários.
Reclamação de Isis de Almeida: “Desde o começo de janeiro de 2018 as mercadorias dos Correios chegam com mais de 15 dias de atraso em bairros do Butantã. Perdemos o prazo de duas contas pagando com prejuízo e teríamos perdido o prazo do pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) se não tivéssemos procurado o boleto pela internet.”
Resposta dos Correios: “Informamos que as entregas no endereço citado pelo cliente já estão ocorrendo de forma regular pelo carteiro. A distribuição de objetos registrados para esse local também permanece diária.
Os Correios colocam-se à disposição para outras informações pelo 0800 725 0100 ou pelo site correios.com.br – Fale com os Correios.”
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Mande uma mensagem para o e-mailspreclama@estadao.com ou por WhatsApp para o número (11) 97069 – 8639. Nossa reportagem vai apurar a denúncia e apresentar a resposta no blog Seus Direitos, um espaço voltado ao cidadão e ao consumidor.
Celular pré-pago dos Correios chega a Pernambuco
FOLHA DE PERNAMBUCO
17/4/18
Correios vão oferecer chips pré-pagos de R$ 10 que recebem recargas de R$ 30 a R$ 60. O serviço de celular será lançado nesta quinta-feira (19)
Os pernambucanos poderão optar por mais uma operadora telefônica a partir deste mês. O serviço de telefonia móvel da Empresa Brasileira Correios e Telégrafos (ECT) será lançado em Pernambuco nesta quinta-feira (19). Opção popular que busca aumentar as receitas da estatal, o Correios Celular oferece chips pré-pagos de R$ 10 e recebe recargas mensais de R$ 30 a R$ 60.
Superintendente dos Correios em Pernambuco, Deyse Ferraz contou que o serviço será lançado inicialmente na área do DDD 81 e poderá ser adquirido ou recarregado nas agências dos Correios. “O projeto faz parte da reinvenção da empresa, que busca ofertar novos produtos para ampliar a participação no mercado”, disse Deyse, garantindo que os planos de celular estão entre os mais baratos do mercado.
Entre os benefícios oferecidos pelo Correios Celular está o uso gratuito do WhatsApp e planos de internet de 30 dias, que não cortam a conexão após o consumo da franquia contratada.
Elaborados em parceria com a prestadora de Serviço Móvel Pessoal (SMP) EUTV, os chips da estatal já são vendidos em outros 15 estados brasileiros. Desde o lançamento, no ano passado, o serviço já teve mais de 100 mil adesões. A expectativa é ampliar esse número, chegando a novas áreas este ano. O DDD 87, no Interior pernambucano, por exemplo, deve ser atendido “com a maior brevidade possível após aprovação técnica da área de cobertura”. “O serviço ampliará o faturamento da empresa”, explicou Deyse.
Devedores dos Correios ganham mais prazo para refinanciar suas dívidas
JORNAL DO COMÉRCIO
17/4/18
Os Correios anunciaram a prorrogação do prazo para a adesão ao Programa de Realização de Acordo (Praect) para o dia 25 de junho. O programa é uma iniciativa da estatal para que dívidas de clientes, sejam pessoas físicas ou jurídicas, possam ser refinanciadas. O anúncio foi feito na semana passada.
As principais vantagens do programa são a possibilidade de refazer contratos comerciais com os Correios, a reutilização de serviços a crédito e a reabilitação para participar de licitações. Quem pagar à vista o débito poderá obter descontos de até 90% do valor da taxa de juros.
Outra possibilidade é a quitação do saldo devedor em até 60 parcelas, com desconto de 50% sobre o juros da dívida. O parcelamento em 120 vezes também é uma opção, porém o desconto dos juros será de 25%.
Um pré-requisito para a aprovação do refinanciamento é que o débito tenha sido contraído antes do dia 6 de abril de 2017 e que não ultrapasse o valor de R$ 5 milhões.
Os Correios estimam que existam 11 mil processos que possam se enquadrar no programa e que a soma dos valores desses débitos chega a quase R$ 1,2 bilhão. Os clientes dos Correios que ainda não foram contatados e quiserem participar do Praect podem obter informações no site da empresa, em www.correios.com.br.
Amazon está negociando com a Azul o transporte de produtos no Brasil
INFOMONEY
17/4/18
Notícia chega após rumor sobre um investimento milionário em sua filial nacional para aumentar as vendas diretas
A Amazon está negociando com a Azul Linhas Aéreas o envio de mercadorias no Brasil,
segundo informou a Reuters Essa notícia chega após os rumores sobre um investimento milionário em sua filial nacional para aumentar as vendas diretas.
O InfoMoney contatou a Amazon Brasil que armou que não comenta “rumores ou especulações” e não deu mais detalhes sobre a nova fase da empresa no Brasil.
Considerando essa movimentação, essa possível parceria parece ser um esforço para impulsionar ainda mais as vendas de produtos no mercado nacional – além de livros e eletrônicos que já são vendidos. A ideia é que o modelo da filial por aqui se aproxime cada vez mais do formato da empresa nos EUA.
Não se sabe em que fase está a conversa da Amazon com a companhia aérea, ou se as concorrentes da Azul foram contatadas. A Latam Airlines e a Gol não responderam ao pedido da agência para comentar a situação.
A Azul também não deu declarações sobre o caso. Vale lembrar, no entanto, que a empresa fechou um acordo com os Correios em dezembro de 2017, para criar uma empresa de entregas de mercadorias pelo ar no mercado nacional.
Além disso, na semana passada, a Azul anunciou que alugou duas aeronaves de frete da Boeing “para apoiar o rápido crescimento de sua unidade de negócios de carga”.
Correios pedem para a união devolver R$ 3,2 bilhões
Época
14/04/2018
Em grave situação financeira, os Correios estão cobrando da União, sua controladora, a devolução de R$ 3,2 bilhões referentes a dividendos transferidos em excesso ao governo federal quando a companhia ainda era rentável. O foco da discórdia são os repasses feitos entre 2007 e 2013.
No período, os Correios transferiram, em valores atualizados, R$ 8 bilhões à União quando a legislação das sociedades por ações – que regulou os repasses entre 2007 e 2010 – e, posteriormente, o estatuto da companhia limitavam o pagamento obrigatório de dividendos a R$ 4,8 bilhões. Só entre 2011 e 2013, quando o estatuto já limitava o pagamento de dividendos para a União a 25% do lucro líquido apurado no exercício, foram transferidos quase R$ 3 bilhões.A direção da companhia argumenta que o recolhimento excessivo de dividendos comprometeu a capacidade de investimento e a viabilidade econômico-financeira dos Correios. Na tentativa de rever esses recursos, a estatal, em ofício encaminhado há três semanas, solicitou para a Advocacia-Geral da União (AGU), a abertura de um processo de conciliação.Procurada, a AGU informou que o pedido está sob análise. Se aceito, o impasse deverá ser encaminhado à câmara da AGU responsável por negociar acordos amigáveis em controvérsias entre órgãos e entidades da administração pública. A empresa de entrega de correspondências, por sua vez, disse que não vai se manifestar sobre o processo. Limitou-se a informar que a audiência de conciliação ainda não foi agendada.
Cobrar do controlador a devolução dos dividendos foi um dos últimos atos do ex-presidente dos Correios Guilherme Campos antes de deixar o cargo, na semana passada, para se candidatar a deputado federal pelo PSD. Desde então, a presidência da estatal é exercida interinamente pelo vice-presidente de finanças e controladoria, Carlos Roberto Fortner.
No documento enviado para a advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça, a direção dos Correios cita as conclusões de uma auditoria feita pelo Ministério da Transparência e pela Controladoria-Geral da União que alerta sobre a perda de solvência (capacidade de pagar dívidas) e ao risco de maior dependência da empresa em relação à União.
O texto também aponta a necessidade de injeção de recursos do controlador, já em 2017, diante dos prejuízos acumulados nos últimos três anos. O excesso de dividendos transferidos ao governo foi citado pelo relatório do Ministério da Transparência entre os motivos da atual situação econômica dos Correios.
Direção Nacional da ADCAP.