O Globo
21/08/13
RIO – O setor de serviços registrou alta de 8,6% de sua receita nominal em junho, frente a junho de 2012, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que é divulgada pela primeira vez pelo IBGE. No primeiro semestre deste ano, o aumento foi de 8,4%. O setor de serviços acumula expansão de 8,9% de sua receita nominal nos doze meses encerrados em junho. O desempenho em junho representa um avanço no ritmo de expansão, já que em maio a alta tinha sido de 7,6%.
No Rio de Janeiro, a receita nominal do setor de serviços teve alta de 7,7% em junho, frente a junho de 2012, abaixo da média nacional de 8,6%. São Paulo, por sua vez, registrou aumento de 9,8% no período.
A maior influência para o desempenho do setor de serviços em junho foi o segmento de transportes, que subiu 9,8% no mês. O setor de transportes respondeu por 3 pontos percentuais da alta de 8,6% de junho. Em seguida, a maior influência vem de de serviços de informação e comunicação, com 2,7 pontos percentuais.
Todas as unidades da federação tiveram crescimento na receita nominal em junho. As maiores altas ocorreram em Mato Grosso (29,7%), Acre (16,3%), Ceará (16%), Mato Grosso do Sul (13,4%) e Distrito Federal (13,2%). Já os piores desempenhos foram registrados em Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco (5,1% em todos), Paraná (4,6%), Piauí (3,2%) e Rio Grande do Sul (1,6%).
Pior desempenho foi em fevereiro, com alta de 7,1%
Os serviços prestados às famílias tiveram variação de 9% em junho, em relação a junho de 2012, enquanto os serviços de informação e comunicação avançaram 7,6%. Os serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram alta de 7,8% e os de transportes, serviços auxiliares dos transportes e dos correios, variação de 9,8%. Outros serviços, por sua vez, subiram 11%.
— Junho foi o mês da Copa das Confederações, com eventos em vários estados. A alta de 10,3% nos serviços de alojamento e alimentação puxou o desempenho do mês — diz Saldanha.
Esta é a primeira divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que acompanha 60% do setor de serviços, deixando de fora serviços financeiros, administração pública, saúde, educação e aluguel imputado (valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram). A pesquisa tem série histórica com início em janeiro de 2012. O segmento representa 31,4% da contribuição relativa no mês, contribuindo com 2,7 pontos percentuais (pp) para a composição do índice geral.
Segundo o IBGE, a análise da série de 18 meses revela que as maiores taxas de crescimento ocorreram nos meses de janeiro e março de 2012 (12,7%), abril de 2013 (11,8%) e outubro de 2012 (11,7%). O pior desempenho da série histórica ocorreu em fevereiro de 2013, quando a alta da receita nominal de serviços foi de 7,1%.