Trabalhadores dos Correios de SP paralisam atividades contra condições de trabalho

 

Mundo Sindical
08/04/2013

Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de São Paulo estão promovendo desde o final de 2012 diversas paralisações para protestar contra as péssimas condições de trabalho a que são submetidos diariamente. A falta de funcionários, sobrecarga de trabalho, falta de segurança e problemas localizados, como falta de limpeza e instalações precárias, fazem parte da rotina dos trabalhadores.

O Sindicato da categoria (Sintect-SP) tem negociado em mesas redonda com a ECT soluções, que contam com a intermediação da Justiça do Trabalho. No entanto, os trabalhadores não descartam novas paralisações e até um protesto geral.

Avanço

Como resultado dessas paralisações, a fiscalização do Ministério do Trabalho está agindo, o que já gerou multa para a ECT por  irregularidades encontradas  no  Complexo  COFESA-Vila Maria, TECA Rodoanel e CDD Taipas.   

Outro resultado é a realização de negociações diretas entre o Sindicato e a empresa, e através de mesas Redondas nas Gerências Regionais do Trabalho. Na Zona Leste, por exemplo, foi realizada Mesa Redonda para discutir problemas na faxina e falta de higiene nas unidades, que terminou com o compromisso da ECT de solucionar o problema.

Novas paralisações

Enquanto isso, os setores que já paralisaram continuam mobilizados para novos enfrentamentos, e outros entram na batalha, como o CDD Franco da Rocha, que parou no dia 01 de março e o CDD Francisco Morato, paralisado no dia 15 de março.

Pressão

“Essa luta vai continuar enquanto os graves problemas que afligem a categoria persistirem. O Sindicato estará em todas as unidades, na luta com a categoria, e estuda formas gerais de protesto, para pressionar com mais força a empresa a resolver problemas gerais, como o excesso de trabalho, falta de segurança e de funcionários”, declarou em nota o Sintect.

O Sindicato revela que os problemas que estão levando a categoria a realizar paralisações e protestos são, em grande parte, relacionados a ações da Direção Nacional dos Correios. “Mas há problemas que são ligados diretamente a ações das DR’s SPM e SPI, que por incompetência ou falta de vontade deixam problemas básicos ganharem dimensões amargas, como a falta de faxina na Zona Leste, a locação de unidades em prédios e locais inadequados, instalações precárias, falta d’água e até de papel higiênico, etc”, revela o Sintect.

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