Correios reduz patrimônio líquido em 80% e tem prejuízo de R$ 1,4 bilhão em um ano
JC Online
24/10/2017
Mesmo com a entrega de 7,466 bilhões de objetos em 2016, a Empresa de Correios e Telégrafos teve um prejuízo de R$ 1,4 bilhão naquele ano. Os números fazem parte do relatório de administração da empresa, publicado nesta terça-feira (24) no Diário Oficial
da União, que demonstra uma redução de 6,58% nos ativos dos Correios, com perda de 80% do patrimônio líquido em apenas 12 meses. No mesmo ano, o reajuste médio nas tarifas de serviços postais e telégrafos nacionais e internacionais foi de 10,64%. Os segmentos mensagem e encomendas foram os que mais impactaram o desempenho positivo das receitas de vendas.
O crescimento da receita da empresa foi, basicamente, impulsionado pelo desempenho do segmento de mensagem (Franqueamento Autorizado de Cartas), o qual representa 47,48% da receita de vendas e teve crescimento de 5,96%, alcançando um montante de R$ 8,9 bilhões.
De acordo com o relatório, a despesa total cresceu, de 2015 para 2016, 6,58%, passando de 21 bilhões para R$ 22,3 bilhões, impactada representativamente pelo benefício pós-emprego (saúde e trabalhista), com R$ 1,6 bilhão, gastos com saúde de R$ 1,5 bilhão e transporte de malas e malotes, com R$ 1,5 bilhão.
No mês passado, agravando ainda mais a situação da empresa postal, os sindicatos que representam os trabalhadores deflagraram greve em 23 estados e no Distrito Federal, pedindo um aumento retroativo. Com a assinatura de um Acordo Coletivo de Trabalho, os trabalhadores conseguiram, entre outros pontos, reajuste de 2,07% (INPC) retroativo ao mês de agosto de 2017, compensação de 64 horas (8 dias) e desconto dos demais dias de ausência.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu em setembro que existe a possibilidade de privatizar os Correios, mas armou que ainda “não há uma decisão tomada”.
Em 2016, os Correios anunciaram um Programa de Demissão Incentivada (PDI) e pretendia atingir a meta de 8 mil servidores, mas apenas 5,5 mil aderiram ao programa. Em março, também houve o fechamento de 250 agências, apenas em municípios com mais de 50 mil habitantes.
Atrasos e qualidade operacional Na mesma linha, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, armou que o governo espera definir um plano de ganho de eficiência para os Correios, com o objetivo de retirar a estatal da atual situação de dificuldade financeira, para iniciar a discussão sobre a privatização da companhia ou a abertura de capital.
Embora tenha recorrentes denúncias referentes a atrasos e problemas na entrega de documentos e encomendas, o relatório garante que a qualidade operacional alcançou em 2016 o resultado de 93,50% da meta estabelecida (95,60%), englobando os principais produtos dos segmentos Mensagem, Encomenda, Logística Nacional e Internacional.
Vice-presidente financeiro dos Correios subiu no telhado
Correio Braziliense
24/10/2017
Enquanto participava há pouco do primeiro dia do evento Colecionar, patrocinado pelos Correios, o presidente da estatal, Guilherme Campos, foi surpreendido com uma comunicação expressa da Casa Civil da Presidência da República. A mensagem do Palácio do Planalto era curta e grossa. Avisava apenas que o vice-presidente Financeiro da empresa pública , Arsênio Mello Esquef, será exonerado nos próximos dias.
Atônito, Campos convocou os demais vice-presidentes presentes no evento para comunicar a decisão do Planalto. O substituto ainda não está definido. Mas o grupo avalia que o cargo entrou nas negociações para que o presidente Michel Temer garanta os votos necessários para barrar o prosseguimento da denúncia contra ele que será votada amanhã pela Câmara dos dos Deputados. A informação foi confirmada ao Blog por dois vice-presidentes dos Correios que ouviram as afirmações do presidente da estatal.
Serviço de fulfilment dos Correios chega a R$ 1,8 milhão de faturamento em 2017
e-commercebrasil
24 de outubro de 2017
O Correios Log+, serviço de e-fulfillment dos Correios para e-commerce, anunciou a marca de R$ 1,8 milhão de faturamento em 2017. De acordo com a estatal, “o resultado comprova a aderência do serviço às necessidades do mercado e consolida a operação.”
Voltado para pequenos e-commerces, o Correios Log+ foi lançado em setembro de 2016 e permite que as lojas virtuais mantenham seus estoques de produtos nos armazéns logísticos dos Correios, que se responsabiliza por atender os pedidos vendidos, fornecer embalagens gratuitas para cada encomenda, preparar, expedir e distribuir diretamente para o comprador em todo o Brasil.
Outra vantagem de entregar aos Correios o recebimento de produtos e atendimento de pedidos da loja virtual é a possibilidade de gerenciar o e-commerce de qualquer lugar do mundo.
De acordo com os Correios, a solução chega a reduzir até 47% dos custos logísticos totais (armazenagem, preparação e distribuição) e já está disponível em seis localidades: Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo e Distrito Federal. Saiba mais sobre o serviço em www.correios.com.br/correioslogmais.
Correios e Receita Federal lançam novo modelo de importação
Correio de Corumbá
24 de Outubro de 2017
Será lançada, nesta quarta-feira (25), a plataforma eletrônica Minhas Importações, ambiente online que irá viabilizar a implantação do Novo Modelo de Importação no Brasil e integrará ações entre os Correios e a Receita Federal, permitindo o pagamento de impostos e o desembaraço aduaneiro de forma mais simplificada. Com a otimização do processo, o prazo de desembaraço aduaneiro no Brasil também deve ser reduzido, oferecendo comodidade e agilidade aos importadores.
Com a plataforma, o correio do país de origem poderá enviar, via sistema, as informações do objeto para os Correios no Brasil, que irão disponibilizar os dados automaticamente para a Receita Federal e para os demais órgãos anuentes, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Vigilância do Trânsito Agropecuário Internacional (Vigiagro). O cliente poderá acompanhar detalhadamente o processo de desembaraço da sua encomenda, interagir com os órgãos de controle, realizar o pagamento dos impostos e serviços pela internet, enviar documentos complementares e solicitar a revisão de tributos. Assim, todo o processo é realizado eletronicamente e os Correios podem, então, entregar a mercadoria diretamente no endereço do destinatário.
O novo sistema será disponibilizado no site dos Correios e foi desenvolvido, ao longo de quatro anos, em parceria com a Receita Federal. O importador terá acesso às funcionalidades da área interativa após cadastrar-se pelo site www.correios.com.br, na opção Acesso ao idCorreios no canto superior direito da página.
Fases de implantação – O novo modelo será implantado em três fases, de acordo com a modalidade dos serviços. A primeira, que está valendo desde o dia 18, abrange o serviço expresso internacional – EMS (código de rastreamento iniciado com a letra “E”). Para os serviços mais utilizados atualmente nas compras internacionais, que são as Pequenas Encomendas Simples e Registradas (sem código de rastreamento ou com código iniciado com a letra “R”), o modelo tem início para os objetos que chegarem ao Brasil a partir de 6 de novembro, bem como para a modalidade Prime (código iniciado com a letra “L”). A partir de 11 de dezembro, passa a valer também para o serviço Colis (encomendas cujo código inicia com a letra “C”).
Novas oportunidades – A plataforma também trará novas oportunidades para negócios logísticos internacionais: o Serviço de Caixa Postal Internacional (Compra Fora); o serviço de Importação Consolidada com Entrega Fracionada; e o serviço de resgate de objetos internacionais em situação de devolução à origem.
Outra possibilidade será a implantação de serviços como o de logística reversa internacional, para empresas ou clientes que necessitem realizar a troca ou devolução de produtos internacionais. Esse modelo dá à Receita maior controle sobre os objetos importados, pois a entidade passará a ter as informações detalhadas sobre as remessas que chegam ao país.
Simultaneamente, o sistema permite a realização de convênios com as Secretarias de Fazenda de todos os Estados para a cobrança do ICMS Importação incidente sobre as remessas postais em documento eletrônico único, juntamente com os impostos federais e os serviços dos Correios.
Brasília recebe duas exposições para apaixonados por selos postais
CORREIO BRAZILIENSE
24/10/17
O evento ainda reúne colecionadores de cédulas e moedas, apaixonados por carros antigos, por orquídeas e artesanato
Se há quem diga que a história do mundo pode ser contada por meio de imagens, então, um pequeno adesivo que viaja pelo espaço e o tempo também deve ter muito o que falar. É assim que os filatelistas encaram os selos postais. O que para muitos pode ser apenas um pequeno desenho insignificante colado em um canto de um envelope, para os colecionadores, o símbolo oferece uma riqueza cultural inimaginável.
Por meio desses desenhos, é possível entender uma sociedade e levar os costumes de um povo para os quatro cantos do mundo. A partir de hoje, Brasília recebe, pela primeira vez, uma exposição internacional de filatelia. Ao todo, serão 55 países com coleções raras para todos os amantes do tema. Três delas são sobre a capital federal.
O evento, que prossegue até o dia 29 no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, vai reunir filatelistas do mundo inteiro, colecionadores de cédulas e moedas, apaixonados por carros antigos, por orquídeas e artesanato. A Colecionar 2017 vai abrigar duas grandes exposições de filatelia: a Brasília 2017 Internacional Stamp Exhibition, com participação de 55 países, inclusive com as 16 mais premiadas do mundo. A outra, a Exposição Nacional — Brapex 2017, contará com participação de todos os estados do país. Antes disso, Brasília só tinha recebido essa exposição em 1978.
Rainha inglesa
Dentro do intercâmbio das exposições, pode ser encontrado o selo de uma rainha inglesa. Assim como, em terras asiáticas, há quem se depare com um adesivo postal do Congresso Nacional. Essa troca mostra que sempre haverá algo por trás desse pedaço de papel: desde curiosidades mundiais a importantes decisões políticas.
O paulista Reinaldo Estevão de Macedo, 57 anos, é um dos expositores do evento. Ele escolheu Brasília como tema da coleção “A cidade que nasceu de um sonho”. Porém, muitas das imagens que adquiriu ele encontrou em outras partes do mundo. “Fica uma cultura intrínseca. Eu me mudei há três anos, acabei gostando da cidade. Montei uma coleção para contar a história. O tanto que eu li para entender, acho que conheço bastante a cidade. Mais que muito brasiliense”, orgulha-se.
O amor pela filatelia começou quando Reinaldo ainda era pequeno. Aos 14 anos, o irmão havia ganhado um caderno com vários selos colados em fita adesiva. “Acho que ele não tinha o que fazer, e deu para mim. Achei aquela coisa colorida muito legal e quis estudar”, contou. Com o desejo de entender mais sobre aquele universo, Reinaldo descobriu a magia por trás do adesivo. “Não é apenas um lado cultural, é também disciplinador. Eu preparei minha primeira coleção em 1982 e me empolguei”, disse. Hoje, Reinaldo não sabe dizer quantos selos coleciona no total, mas se interessou tanto pelo assunto que chegou a herdar uma coluna sobre o tema em um jornal e hoje, é vice-presidente da Federação Mundial de Filatelia.
Já a história de Marcelo Correa, 42, começou nos anos 90, quando comprou uma coleção de selos sobre o mundo, vendida à época. “Hoje, eu coleciono principalmente Brasil, peças raras, cartas do Dom Pedro I, princesa Isabel e Pelé. Tenho um armário de 2,5 m de altura bem cheio”, garante. Na exposição Brasília da Utopia à Realidade, o filatelista conta como a capital foi imaginada séculos antes de ser efetivamente construída. Segundo ele, a atração pela capital federal começou por causa da arquitetura que mesmo construída há mais de 50 anos, continua moderna. “Eu falo sobre a cidade, a inauguração, prédios, Congresso e Senado. Falo também dos presidentes, de Juscelino a Lula, que tiveram menções em selos”, informa.
Fim das cartas
Mesmo com os avanços tecnológicos, e com a possibilidade cada vez mais remota da comunicação ser feita por cartas, em meio à realidade de mensagens instantâneas pelos celulares, Marcelo não acredita que, um dia, a filatelia vá acabar. “Os selos vão continuar sendo emitidos, e ainda existe uma parcela muito grande de gente apaixonada. Você vê jovens amantes, é um mercado que está sempre se renovando. Talvez não crescendo como gostaríamos, mas ainda se mantém vivo”, comenta.
O terceiro expositor, Aluísio Queiroga, 61 anos, ampliou a paixão. Ele não apenas coleciona selos, como também cartões-postais. Estes últimos são tema da exposição “Brasília ontem e hoje”, que conta a história da capital. Ele trará para o evento 94 cartões distribuídos em três quadros, contendo cada um 16 folhas. “A motivação e inspiração vieram com minha admiração por Brasília e pela sua história. Estou na cidade desde 1979”, disse. Ele descobriu esse universo aos 20 anos, quando começou a colecionar selos postais. Com o passar do tempo, desenvolveu coleções temáticas sobre determinados assuntos, como, por exemplo, Brasília, medicina e faróis de navegação. “A paixão pela filatelia surgiu quando percebi que é possível aprender muito com os selos. Por meio deles, podemos contar a história de uma nação, de um esporte, de uma personalidade. Enfim, tudo que diz respeito à cultura e ao conhecimento estão presentes”, assegura.
Para atrair a atenção dos jovens amantes da filatelia, Aluísio aconselha que eles comecem por selos brasileiros e a respeito de um determinado tema, de acordo com a preferência que tiver. “São inúmeros os temas que se podem escolher. Acho que assim fica mais fácil. Com o crescimento da coleção, muitas ideias vão surgindo”, disse. Além disso, ele também aconselha a conhecer outros colecionadores e a visitar associações. “Cada selo é uma obra de arte e tem algo em particular. Em um pequeno pedacinho de papel, o artista consegue retratar o motivo proposto de uma forma simples e ao mesmo tempo cheia de significado”, concluiu.
Curiosidades
Os primeiros selos foram vendidos em 1840. O desenho era chamado de Esfinge da Rainha. Até hoje, a Inglaterra é o único lugar onde o nome do país não está impresso no selo. Em vez disso, há uma silhueta da rainha. O selo mais caro do mundo custa R$ 10 milhões. A filatelia é o estudo, pesquisa e o ato de colecionar selos. Os colecionadores são chamados de filatelistas.
Colecionar 2017
Evento reúne duas grandes exposições de filatelia: a Brasília 2017 Internacional Stamp Exhibition, e a Exposição Nacional – Brapex 2017, além de programação artística
Data: De 24 a 29 de outubro Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães Horários: De 24 a 29, das 10h às 22h e no final de semana, das 9h às 18h. De graça
Mais uma oportunidade: concurso dos Correios teve prazo prorrogado
Diário do Litoral
23/10/2017
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) divulgou retificação ao edital n° 01/2017 de concurso público para o preenchimento de 88 vagas e formação de cadastro em cargos de nível médio/técnico e superior das áreas de medicina e segurança do trabalho. Dentre as várias mudanças no regulamento inicial, foi informada a prorrogação do prazo de inscrição e da data da realização das provas.
Agora, os interessados terão até o dia 05 de novembro, exclusivamente pelo site do IADES (www.iades.com.br), para realizar as inscrições. É necessário pagar uma taxa de R$ 50,00 para os cargos de nível médio e técnico e de R$ 70,00 para os de nível superior.
Sob a organização do Instituto Americano de Desenvolvimento (IADES), o concurso prevê oportunidades que abrangem quase todos os estados da federação (exceto o de Mato Grosso), com lotação nas localidades de Brasília, Rio Branco, Maceió, Manaus, Macapá, Salvador, Fortaleza, Vitória, Goiânia, São Luís, Belo Horizonte, Campo Grande, Belém, João Pessoa, Recife, Teresina, Curitiba, Rio de Janeiro, Natal, Porto Velho, Boa Vista, Porto Alegre, São José – SC, Aracaju, São Paulo, Bauru – SP e Palmas.
Cargos e salários
As chances são para os cargos de Auxiliar de Enfermagem do Trabalho Júnior, Técnico de Segurança do Trabalho Júnior, Enfermeiro do Trabalho Júnior, Engenheiro de Segurança do Trabalho Júnior e Médico do Trabalho Júnior. O edital prevê que parte do total das vagas seja reservada para os candidatos portadores de deficiência e para os candidatos negros e pardos, nos percentuais previstos na legislação.
Os salários dos contratados – pelo regime da CLT – poderão variar entre R$ 1.876,43 e R$ 4.903,05, além de benefícios, como vale alimentação/refeição, vale transporte, auxílio creche ou auxílio babá, auxílio para filhos dependentes com deficiência e possibilidade de adesão ao Plano de Previdência Complementar. A jornada de trabalho será de quatro a oito horas ¬diárias.
Como serão as provas e convocações
As provas objetivas, única etapa do certame, serão aplicadas em nova data provável: 10 de dezembro de 2017, no turno da tarde e com a duração de quatro horas. Todos os aprovados nessa prova serão ordenados por cargo/localidade, de acordo com a nota final na prova, e as convocações se darão gradualmente, mediante as necessidades dos Correios, por telegrama.
‘Apagão’ da tele afetaria 2 mil cidades e serviços de operadoras rivais
VALOR ECONÔMICO
23/10/17
Um total de 2.051 municípios estão sob risco de apagão imediato caso haja uma descontinuidade na prestação dos serviços da Oi operadora em recuperação judicial. O Valor teve acesso a um documento produzido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e que está subsidiando as discussões com a equipe econômica e a AdvocaciaGeral União (AGU), que coordena o trabalho dos órgãos federais que busca viabilizar uma solução de mercado para evitar a falência da companhia. O levantamento detalha os diferentes efeitos de um colapso no conjunto de serviços prestados pela maior concessionária de telefonia do país.
O trabalho revela o elevado grau de dependência que as outras três grandes prestadoras têm da Oi. Além de atender os usuários finais, a companhia também oferta capacidade de rede no atacado. Os números indicam que a Telefônica, dona da marca Vivo, tem total dependência da infraestrutura da empresa em 1.506 municípios, enquanto a Claro tem em 2.455 e a TIM, em 3.242 mil cidades.
Foram mensurados também possíveis efeitos negativos na prestação de diversos tipos de serviços relevantes. A descontinuidade dos serviços da Oi produziria impacto “severo” e efeito “imediato” em caixas eletrônicos, sistemas de Previdência, de pagamentos eletrônico, de emergência e no sistema financeiro e de compras online. Nos sistemas de segurança pública e nos serviços de táxi e correlatos, o material avalia que o impacto seria “parcial”. Nesses casos seria possível recorrer a tecnologias alternativas de comunicação como satélite e rádio. Mesmo assim, o efeito produzido seria “imediato”.
“O trabalho busca elucidar o impacto de uma ruptura imediata da operação do Grupo sobre a sociedade brasileira, notadamente na prestação de serviços de telecomunicações e outros essenciais que fazem uso das redes de telecomunicações para atendimento dos consumidores”, diz uma das notas do estudo.
A situação extrema de interrupção dos serviços da gigante telefônica afetaria diretamente 93 mil agências e postos de atendimento bancário, 8,5 mil agências de Correios, 54 mil escolas, 62,4 mil estabelecimentos de saúde, 31,2 mil estabelecimentos de segurança pública e 13,7 mil de seguros. Outro impacto importante é de natureza fiscal. A empresa responde por mais de R$ 9,5 bilhões em imposto cerca de 70% de ICMS e ISS. De acordo com o documento, a empresa foi a quinta maior arrecadadora de tributos em 2015. O documento feito pela Anatel destaca também que os investimentos da Oi produziram ganhos, diretos e indiretos, para a economia brasileira. Indica que os recursos aplicados pela operadora geraram impacto da ordem de 1% do PIB nacional em 2015.
Outro aspecto enfatizado trata dos efeitos da decretação de falência sobre o mercado de trabalho. “A empresa também é uma grande empregadora, contando com mais de 54 mil empregados diretos e 77 mil indiretos”, diz o texto. Os empregos indiretos são derivados de prestadores de serviços de manutenção e atendimento via call centers. “Aproximadamente 440 mil pessoas dependem da renda dos empregados da Oi”, completa o estudo, que informa ainda que a região Sudeste é onde está a maior parte dos trabalhadores da empresa.
A Oi entrou no centro das preocupações do governo nas últimas duas semanas, apesar de a Anatel já ter mapeado de forma mais detalhada a gravidade e o risco de “apagão” dos serviços há um ano.
O temor de haver a confirmação do pior cenário para a empresa fez o presidente Michel Temer determinar que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e a advogadageral da União, Grace Mendonça, buscassem uma solução para a companhia, que tem uma dívida superior a R$ 65 bilhões, sendo grande parte com a Anatel e bancos públicos.
No governo, há defensores de uma solução que envolva a saída do empresário Nelson Tanure das negociações. Também há defensores de uma intervenção direta do Estado na empresa, hipótese complicada porque, dado o gigantismo dela, o governo poderia enfrentar dificuldades de gerenciar as operações e garantir a qualidade na prestação dos serviços.
Convênio com Correios garante entrega de remédios em casa
Tribuna da Manhã
23/10/17
DESTAQUES
VALOR ECONÔMICO
23/10/17
Previc e Postalis A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) divulgou na sexta feira portaria que constitui comissão de inquérito administrativo, referente à intervenção anunciada no início do mês no Postalis, fundo de pensão dos Correios. O procedimento é uma das etapas previstas no processo. O procurador federal Cornélio Medeiros Pereira foi nomeado presidente desta comissão, que tem prazo de 120 dias para conclusão dos trabalhos. O grupo é composto ainda pelos auditores fiscais Rômulo Gonçalves da Silva e Maurício Tigre Valois Lundgren. De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União, a função deles será “apurar responsabilidades específicas de seus administradores e conselheiros que levaram a referida entidade àquela situação”. (Juliana Schincariol)
Previc cria comissão de inquérito para investigar ex-dirigentes do Postalis
O Estado de S.Paulo
20/10/17
Comissão terá 120 dias para concluir os trabalhos de apuração de responsabilidades específicas de ex administradores e ex-conselheiros do Instituto
BRASÍLIA – A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) divulgou no Diário Oficial da União (DOU) a composição da Comissão de Inquérito Administrativo que irá apurar responsabilidades específicas de ex-administradores e ex-conselheiros do Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis), que está sob intervenção. A comissão terá 120 dias para concluir os trabalhos.
Os membros da comissão são o procurador federal Cornélio Medeiros Pereira, que presidirá o grupo, e os auditores fiscais da Receita Federal Rômulo Gonçalves da Silva e Maurício Tigre Valois Lundgren.
A intervenção do Postalis foi decretada pela Previc no início deste mês depois de seis anos consecutivos de rombo no fundo de pensão, que é o maior do País. A entidade tem 140 mil participantes e é responsável por administrar um patrimônio de R$ 8,77 bilhões, mas vinha acumulando – por má gestão e maus investimentos – sucessivos déficits, o que tem obrigado os próprios beneficiários do fundo e a patrocinadora, os Correios, a fazer contribuições extras para cobrir os rombos.
No regime de intervenção, a Previc afasta membros da diretoria executiva, do conselho deliberativo e do conselho fiscal. Também declara a indisponibilidade dos bens desses membros e dos que ocuparam esses postos no último ano. O órgão também cria uma comissão de inquérito para investigar as irregularidades em um prazo de quatro meses, que pode ser prorrogado.
Fundos de pensão têm rombo de R$ 70,6 bilhões
A intervenção ocorre quando o governo identifica irregularidades nas contas ou na gestão da entidade. O processo só se encerra depois de um plano de recuperação para resolver os problemas e, caso seja constatado que o fundo não tem mais caminho para a recuperação, é decretada a liquidação extrajudicial. Se comprovadas as irregularidades, os responsáveis sofrem punições, que vão de advertência a inabilitação para exercer cargos em empresas.
Segundo a Previc, a intervenção não afeta os pagamentos dos benefícios do fundo, que devem continuar normalmente. Como interventor no Postalis, a Previc nomeou Walter de Carvalho Parente.
Direção Nacional da ADCAP.