Adcap Net – 21/06/2019 – Novo Presidente dos Correios fala em fortalecimento da instituição

Vereadores de Curitiba aprovam moções de apoio aos Correios

Câmara Municipal de Curitiba
19/06/2019

Pela manutenção dos Correios como empresa pública e em favor da manutenção da unidade ao lado do prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na praça Santos Andrade. Estas são as duas moções de apoio e solidariedade propostas pelo vereador Bruno Pessuti (PSD) e aprovadas, nesta quarta-feira (19), pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC). “Que os congressistas do Paraná recebam essas moções em Brasília”, afirmou Pessuti, após defender a manutenção do controle estatal sobre os Correios.

Na defesa dos Correios como uma instituição pública (059.00012.2019), Bruno Pessuti destacou que a empresa é o único serviço presente em todos os 5.570 municípios brasileiros. “A gente não percebe essa dimensão estratégica morando numa capital, não percebe a importância de uma empresa dessas estar sob o controle da União. Há muitas pessoas que só têm acesso aos serviços bancários por meio dos Correios”, argumentou.

Bruno Pessuti lembrou que, além das correspondências, são os Correios que fazem o transporte das urnas eletrônicas na época das eleições, de medicamentos e de outras entregas de interesse público. Tico Kuzma (Pros) destacou a mobilização do vereador em prol da causa, que tem procurado a bancada federal do Paraná para pedir a manutenção dos Correios como empresa pública. “Os Correios sempre terão o nosso apoio. Porque os Correios sempre tiveram o carinho e o apoio da população”, somou Julieta Reis (DEM).

“Os Correios passaram por gestões muito ruins”, comentou Pessuti, para quem é possível, com uma melhor administração, superar esses entraves ao funcionamento da empresa. Ele explicou que os Correios não são dependentes da União, uma vez que o orçamento da empresa é desvinculado do Tesouro. Também apontou a preocupação com os 100 mil funcionários no caso de privatização, pois  isto atingiria o fundo de pensão da categoria, o Postalis.

Correio Velho
Na outra moção de apoio (059.00013.2019), Pessuti pede que a empresa reconsidere o fechamento da agência central, mais conhecida pelos curitibanos como “Correio Velho”, a partir do dia 1º de julho. Ele argumenta que, além do prédio de 1934 ser um exemplar histórico do estilo Art Déco, numa área de interesse turístico, o atendimento diário a 350 pessoas, em média, “representa 13% a mais” que outras agências próprias em Curitiba.

“Se estão fechando uma unidade em Curitiba, imagine o que irá acontecer em outros municípios menores”, comentou a vereadora Professora Josete (PT). “Não podemos nos calar diante do desmonte dos Correios, que é um patrimônio histórico do Brasil. É uma empresa estratégica, que não podemos permitir que seja desmontada ou privatizada”, opinou a parlamentar.

A votação foi acompanhada por representantes dos trabalhadores dos Correios. Acompanharam o debate Adenir Pereira, Claiton Pazello Skripnik, Enair Perucci de Godoy, Jesuan Teixeira Biscaia, Kleber Martins Gonçalves,  Luiz Orlando Olenski e Nelson Raimundo.

Manifesto pela Petrobras
Professora Josete também leu manifesto contra a privatização da Petrobras, do dia 13 de junho, do Fórum de Defesa da Petrobras no Paraná. “Patrimônio nacional não se entrega, se defende. A Petrobras tem passado por um processo de desmonte contínuo, acelerado no novo governo. Das 13 refinarias, 8 foram colocadas à venda”, dizem trechos do documento. “Ela chegou a estar entre as maiores petrolíferas do mundo, mas o processo de desmonte reduziu seu protagonismo.” O manifesto cita que o número de empregados diretos gira em torno 60 mil. Fala, ainda, da defesa da soberania, de recursos estratégicos e da perda de investimentos feitos para a exploração do pré-sal e outras pesquisas, dentre outros tópicos. “Na mesma linha que foi defendido aqui pelo vereador Bruno Pessuti”, completou Josete.

GENERAL DEMITIDO DOS CORREIOS REBATE BOLSONARO: ‘NÃO FUI SINDICALISTA’

Época
21/06/2019

Demitido da presidência dos Correios e acusado por Jair Bolsonaro de ter agido como “sindicalista”, o general Juarez Cunha rebateu o presidente. Disse que “de maneira nenhuma” foi sindicalista, defendeu a estatal e afirmou que jamais recebeu ordem do governo para privatizar a empresa.“O saldo foi excepcional. Temos que fortalecer a imagem de uma empresa eficiente, que presta um bom serviço público”.

No primeiro dia útil fora da estatal, ele disse que ainda não tem planos, e que descansa.

“O pessoal ficou triste com a minha saída. Eles voltaram a ter orgulho de trabalhar para os Correios”, afirmou, e emendou que os Correios são mal interpretados: “É um dos grandes problemas que nós temos: a falta de conhecimento sobre o trabalho espetacular que é feito”.

Leia a entrevista:

Como foram os sete meses como presidente dos Correios?

O saldo foi excepcional. Em termos financeiros, a empresa está com excelentes perspectivas para o futuro. Este é o ano mais crítico, mas os Correios vão terminar este ano com saldo positivo. Está muito bem. E as perspectivas para 2020 são muito boas. A empresa vai estar muito bem financeiramente. Vai sair daquela crise que foi gerada lá em 2012, 2013. Eu acredito que a partir do ano que vem nós já vamos ter condições de atenuar um passivo aí desde aquela época. Hoje nós temos em torno de R$ 2,5 bilhões de passivo por conta da crise que tivemos.

Bolsonaro disse que o demitiu porque o senhor agiu como “sindicalista”, em um evento no começo do mês na Câmara. Sua demissão foi por isso, ou houve outras razões?Foi determinante, não há dúvida. Eu entendo a decisão do presidente, até porque a prioridade que ele tem que dar é para a política de governo. Os Correios têm sua missão definida pela universalidade. Nós temos que estar em todos os municípios, atender a todos os cidadãos brasileiros, contribuir com a inclusão social, integração nacional. Nós não podemos ter uma preferência político-partidária. A empresa não pode ter um lado político-partidário. Ela tem que atender a todos. Minha ida à Câmara naquele dia foi nesse sentido. Os Correios são uma empresa do Estado, e como estatal, têm que atender a todo mundo. Eu acho que o termo universalidade é fundamental. Talvez universalista ficaria mais adequado do que sindicalista.

O senhor foi sindicalista, como disse o presidente?

Não (fui sindicalista) . De maneira nenhuma. Eu fui para lá somente para falar dos Correios. Mais nada. Só falei dos Correios, da situação dos Correios, do trabalho social, de inclusão social, de integração nacional que ele faz. Eu não conhecia aquele ambiente. Não sabia como seria. O ambiente era realmente agitado.

Bolsonaro também criticou uma foto que o senhor tirou com opositores do governo naquele dia.Ali, na verdade, é uma foto do pessoal dos Correios que estava lá. Tinha um grupo grande de empregados dos Correios, carteiros. Eu estava lá atrás, saindo, e me chamaram para tirar a foto.

O senhor se arrepende de algo?

Olha, eu… De repente eu faria diferente, sim. Eu não sabia o que iria acontecer lá. De repente eu teria tomado mais cuidado. Até porque eu não tinha intenção nenhuma. Na verdade a única coisa que eu queria lá era mostrar os Correios. Como a coisa foi levada para um outro lado, eu faria diferente nesse sentido, de me precaver de determinadas coisas.

O senhor irritou o Planalto por ter relativizado a privatização dos Correios?

Não houve nenhum descumprimento de ordem da minha parte em relação às diretrizes do governo. Até porque em nenhum momento eu recebi uma comunicação: “A orientação agora é esta, nós vamos fazer”. Não recebi. Então eu vinha na minha posição de defesa dos Correios. Faltou um pouco de comunicação. Não é botando culpa em ninguém, não é nada disso. Esse episódio talvez tenha sido gerado por conta dessa falta de comunicação.

O senhor não recebeu nenhuma orientação sobre a privatização?

Não.

Os Correios terão saúde financeira?

Não há dúvida nenhuma de que o resultado dos Correios no ano que vem será muito bom. Pode esperar. Não podemos divulgar isso ainda, até porque são assuntos reservados da empresa. Mas as perspectivas são muito boas.O senhor dizia que os funcionários deveriam se motivar por trabalhar na estatal.

A empresa também melhorou em termo do moral, da vontade de produzir, de trabalhar. O pessoal está animado. Então houve uma recuperação, tanto financeira quanto psicológica. O pessoal voltou a ter orgulho de ser empregado dos Correios. Você tem que falar que os funcionários são fundamentais. É o exercício da liderança.

Mas o senhor foi demitido. O moral da empresa fica arranhado?

O pessoal ficou triste com a minha saída. Mas o general Floriano Peixoto, que está chegando, é uma pessoa excepcional. É meu amigo de mais de 45 anos, fiquei muito satisfeito com a indicação dele. Tenho certeza de que o Floriano vai prosseguir nesse trabalho de recuperação da empresa, sem problema nenhum. É uma pessoa serena, educada, amigo de todos. Ele vai me substituir muito bem.

Os Correios são tachados de ineficientes. A empresa é mal interpretada?

Sim. É um dos grandes problemas que nós temos: a falta de conhecimento sobre o trabalho espetacular que é feito. É uma empresa de 356 anos e desempenha um papel fundamental junto à sociedade brasileira.

O que fazer com a imagem da empresa?

Comunicação é fundamental. Não só dentro dos Correios, para manter nosso pessoal motivado. Nós temos que mostrar os Correios, melhorar em termos operacionais. Isso aí fortalece a imagem dos Correios para fora. Sempre foi uma empresa muito querida na população, mas houve uma queda nessa percepção. Temos que fortalecer essa imagem, de uma empresa eficiente, que presta um bom serviço público. Isso aí é fundamental.

Sem falar em privatização dos Correios, novo presidente diz que missão é resgatar ‘credibilidade’

Globo.com
21/06/2019

O novo presidente dos Correios, Floriano Peixoto Neto, afirmou nesta sexta-feira (21), que sua missão frente a estatal será de resgatar a “credibilidade” da empresa. Ele não falou nada sobre a privatização dos Correios – objetivo do presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro anunciou nesta sexta, em pronunciamento no Palácio do Planalto, que Floriano Peixoto Neto deixaria a Secretaria-Geral da Presidência da República, para assumir a presidência dos Correios, no lugar de Juarez Cunha, que teve a demissão anunciada na semana passada.

Na ocasião, o presidente justificou a demissão pelo comportamento “sindicalista” de Cunha, que se manifestou contrários à privatização dos Correios, avalizada pelo presidente.

“Minha missão é resgatar a credibilidade, é fortalecer o desenvolvimento financeiro da instituição. E essa questão relativa a privatização ficará para decisão do presidente Bolsonaro”, afirmou Floriano Peixoto Neto em entrevista à imprensa logo após o anúncio no Palácio do Planalto.

Questionado sobre a privatização da estatal, Floriano disse que a questão “vai ser levada oportunamente à decisão do presidente Bolsonaro”.

“Eu prefiro não adiantar nada neste particular. A minha missão é continuar fortalecendo o desenvolvimento da empresa, melhorar indicadores de referência, de eficiência. Essa questão ela vai ser levada oportunamente à decisão do presidente Bolsonaro.’Intenção’
Durante a entrevista desta sexta, Bolsonaro afirmou que não há um prazo para privatizar os Correios, uma vez que a ação depende de aval do Congresso Nacional. “Não temos prazo, há uma intenção, sim, está no radar esta questão”, disse.

O presidente destacou que a “missão” de Floriano Peixoto é “fazer o melhor possível” para a estatal. Ele deu como exemplo de missão quase “impossível” de cumprir recuperar perdas fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis, citado em investigações de casos de corrupção.

Novo presidente dos Correios fala em fortalecimento da instituição

Agência Brasil
21/06/2019

O novo presidente dos Correios, Floriano Peixoto Vieira Neto, assume o comando da estatal apontando como foco da sua gestão o fortalecimento da instituição. Ele foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro hoje (21), substituindo Juarez Cunha, nomeado no início do ano.

“Minha missão é resgatar a credibilidade e fortalecer o desenvolvimento financeiro da instituição, que tem quase a idade de vida do Brasil, criada em 1663. A empresa tem capilaridade enorme, com 120 mil funcionários. Somente estes dados me trazem motivação”, afirmou, em entrevista a jornalistas.

Vieira Neto destacou a importância da empresa pelo seu tamanho e pelo fato de estar presente em todos os municípios do país. Frente a perguntas de jornalistas sobre uma possível privatização, reafirmou que sua prioridade é o resgate da estatal e que a decisão sobre este tema ficará para o presidente Bolsonaro.

Secretaria-Geral
Floriano Peixoto ocupava até então a Secretaria-Geral da Presidência da República. Em seu lugar, foi nomeado o advogado e major da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Antônio de Oliveira Francisco, que ocupava a Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. A área passará a integrar a Secretaria-Geral.

“Numa reavaliação o presidente entendeu a Casa Civil como coordenação do governo para dentro, a Secretaria de Governo como coordenação do governo para fora e a secretaria-geral como órgão de gestão e que trata da parte de compliance. A subchefia jurídica, que não interfere no mérito, deslocou-se para a Secretaria-Geral”, explicou.

Em entrevista Coletiva, Presidente da República fala sobre os Correios

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Direção Nacional da ADCAP.

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