Comissão de Legislação Participativa debate crise nos Correios
Câmara Notícias
11/05/2017
A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados promove hoje uma audiência pública para discutir a situação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
A iniciativa do debate é do deputado Leonardo Monteiro (PT-MG). Ele revela preocupação com a possibilidade de privatização dos Correios, devido à falta de rentabilidade da estatal.
“A saída para a crise da ECT é diversificar as atividades como o mundo todo tem feito. Não é fechar agências, demitir e cortar direitos dos trabalhadores”, opina o parlamentar.
Em audiência anterior na Câmara, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, negou a intenção do governo de privatizar os Correios, mas reconheceu que não serão transferidos recursos do Tesouro para a sanar os problemas financeiros da estatal.
Também em evento realizado na Casa no mês passado, o presidente da ECT, Guilherme Campos, informou que a possibilidade de demissão de funcionários continua em estudo na empresa.
Convidados
Foram convidados para participar da audiência:
– o presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Guilherme Campos;
– o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), José Rivaldo da Silva;
– o diretor da Federação Interestadual dos Trabalhadores dos Correios (Findect), Luiz Alberto Bataiola;
– o presidente da Associação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Anatect), Rodolfo Manoel Marques do Amaral;
– o presidente da Associação de Analistas de Correios do Brasil (AACB), Jailson Pereira;
– o vice presidente da Associação de Profissionais dos Correios (Adcap), Maurício Fortes Garcia Lorenzo; e
– a presidente da Associação de Mulheres dos Trabalhadores nos Correios, Suelma Braz de Barros.
Tarifas dos Correios aumentam em 7,5% nesta semana
FOLHA ON-LINE
10/5/17
Uma portaria do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) determinou, nesta segunda-feira (8), um aumento de preços que deve impactar o bolso dos clientes dos Correios. O reajuste médio será de 7,48%, para serviços nacionais e internacionais.
Com o aumento, a carta não comercial de até 20 gramas passará de R$ 1,15 para R$ 1,23. A tarifa do telegrama nacional redigido pela internet irá de R$ 7,07 para R$ 7,60 por página.
O Ministério da Fazenda já havia determinado o reajuste das tarifas em abril, como ocorre todos os anos. Em 2016, o reajuste foi maior, de 10,7%.
A atualização é feita com base no Índice de Serviços Postais (ISP), indicador aplicado aos serviços operados no regime de monopólio pelos Correios e formado por uma cesta de índices (INPC, IPCA, IPCA Saúde, IPCA Transportes e IGP-M).
O retorno financeiro da estatal tem diminuído desde 2014. A empresa teve prejuízo de R$ 2,1 bilhões em 2015 e R$ 2 bilhões no ano passado. Em março, foram fechadas 250 agências no país. Os Correios vem adotando, desde o fim de 2015, um pacote de medidas para recuperar a empresa, como um plano de demissão voluntária e a modernização dos serviços.
Recentemente, o ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações) ameaçou vender a estatal caso ela não recuperasse sua situação financeira. “Senão, vamos rumar para a privatização”, afirmou.
Correios retomam entregas no Pará, após 12 dias de greve
G1
10/05/2017
Os Correios retomaram as atividades na terça-feira (9), após 12 dias de greve dos funcionários. De acordo com a agência, na maioria das localidades, a carga em atraso deve ser normalizada ainda esta semana.
De acordo com Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Estado do Pará (Sincort-PA), para regularizar as operações em todo o Estado será necessário mais uns dias. “Somos quase 2500 funcionários do setor operacional e cerca de 60% parou para retomarmos todas as entregas, acredito que no máximo até a próxima terça-feira (16), será possível”, explica.
Nos Estados onde ainda houver carga represada, as ações contingenciais continuarão a ser adotadas até que as entregas sejam normalizadas.
Operação normal
Os Correios estão funcionando com normalidade em todo o Brasil, de acordo com a agência, que informou que 99,85% do total de empregados dos Correios está trabalhando.
Desde o início da paralisação, os Correios divulgaram que colocaram em prática um plano de continuidade, estabelecendo ações de contingência para amenizar os impactos à população. Entre as medidas estão o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, contratação de mão de obra temporária e realização de mutirões nos fins de semana.