Governo vai usar Correios para acelerar cadastramento no programa de auxílio emergencial
Beneficiários vêm enfrentando longas fila de espera nas agências da Caixa
Correios do Brasil
07/05/2020
O governo quer fechar um acordo para que agências dos Correios façam o cadastro de pessoas que queiram receber o auxílio emergencial durante a pandemia do novo coronavírus.
O ministro Onyx Lorenzoni (Cidadania) participou de debate com congressistas nesta quinta-feira (7) e foi questionado sobre as longas fila de espera nas agências da Caixa, que libera o pagamento de R$ 600 a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEIs) e desempregados.
Para o ministro, a demora no atendimento nas agências já está sendo resolvida e as “filas estão em pontos residuais” do país. Deputados e senadores, porém, insistiram na necessidade de medidas para reduzir a espera, constatada, especialmente, nas grandes cidades.
Lorenzoni, então, informou que está trabalhando num acordo com os Correios para que a estatal atue no processo de registro das pessoas e verificação de dados, o que aceleraria o atendimento e liberação do auxílio emergencial.
“Exatamente para facilitar e ajudar as pessoas a fazerem o cadastramento, revisar os dados que não estão corretos”, disse o ministro sobre os serviços que poderão ser feitos nas agências dos Correios.
Segundo a Caixa, foram liberados R$ 35,5 bilhões para o pagamento do benefício a 50 milhões de pessoas. No entanto, nem todos já receberam a ajuda financeira prometida pelo governo por causa da crise econômica causada pela Covid-19.
Questionado sobre a possibilidade de prorrogação do programa para mais de três meses, o ministro afirmou que o assunto ainda está em avaliação pela equipe do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Bolsonaro ainda não sancionou um projeto aprovado pelo Congresso que prevê a ampliação das categorias com direito ao benefício emergencial. Lorenzoni foi cobrado pelos parlamentares e prometeu que a medida será sancionada em breve, mas não deu um prazo.
No fim de abril, o presidente declarou que não pretende ampliar para outras categorias o auxílio emergencial de R$ 600 durante o estado de calamidade decretado pela pandemia.
Dados do Ministério da Economia indicam um aumento de R$ 10 bilhões no custo do programa caso o governo estenda as categorias incluídas no programa, como agricultores familiares e pescadores artesanais.
O projeto ainda permite a pais que criam filhos sozinhos, e não apenas mães, receberem o auxílio em dobro (ou seja, R$ 1.200), além de prever que a mãe trabalhadora informal menor de 18 anos possa receber os recursos. Por Thiago Resende, Folha de São Paulo.
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#SAIUNAMÍDIA
De novo esta história! Já não basta as filas que tem hoje nas agências,
aso isso ocorra, vão piorar e muito.
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Marx sugere ampliação de horário e contratações emergenciais pela Caixa
Cada Minuto
06/05/2020
O deputado federal Marx Beltrão apresentou nesta quarta-feira (6) requerimento para o envio de Indicação ao Poder Executivo, no âmbito do Ministério da Economia, para ampliação das medidas por parte da Caixa Econômica Federal (CEF) que garantam amplo atendimento, “com conforto, rapidez e celeridade”, a todos os que estão procurando a instituição bancária para receber Auxílio Emergencial ou solucionar outras questões.
No requerimento endereçado ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, Marx sugere que seja solicitado ao presidente da Caixa as seguintes medidas: ampliação para o horário noturno de atendimento nas agências, com contratação emergencial de trabalhadores para atendimento e com uso completo de Equipamentos de Proteção Individual; e parcerias com bancos privados, via acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), para que outros bancos públicos nacionais, assim como bancos privados em todo país, possam atender a população beneficiada com o Auxílio Emergencial em suas agências em todo o país.
O parlamentar sugeriu ainda a realização de ampla campanha de comunicação e mídia, de caráter educativo, a fim de informar a população mais humilde e vulnerável socialmente sobre como receber o Auxílio Emergencial.
Na indicação destinada ao ministro Paulo Guedes, Marx reconhece a atuação da CEF durante a pandemia, mas destaca que “é flagrante que a população que está procurando o banco continua sofrendo muitos percalços. Mesmo com as medidas já adotadas pela Caixa, as filas nas portas das agências só aumentam e se proliferam de modo vexatório. Pessoas continuam dormindo, varando madrugadas, de forma humilhante e aviltante, defronte às lojas do banco em todo o país. A imagem é desoladora e desumana”
Isso é fato.
Direção Nacional da ADCAP.