Segundo pesquisa da 94 FM, 79% das pessoas são contra a privatização dos Correios
Rádio 94 FM
12/04/2020
A afirmação do presidente Jair Bolsonaro, ‘de que se pudesse privatizaria hoje os Correios’, segue agitando os bastidores da categoria. Com mais de 100 MIL funcionários, a empresa foi uma das nove incluídas no pacote de privatizações do governo federal, em agosto do ano passado. A 94FM repercutiu o assunto em pesquisa no programa Informasom no último dia 11. O resultado, apontou que 79% dos votantes, foram contrários a privatização.
O repórter Emerson Luiz, conversou com o vice-presidente da Associação dos Profissionais dos Correios, Marcos César Alves Silva. Vamos ouvir um trecho da entrevista.
Amanhã, na sequência do assunto, o repórter Emerson Luiz vai trazer informações sobre a questão financeira e empregatícia nos Correios.
Ouça a entrevista AQUI.
Correios se modernizam e atingem 97% em índice de entrega no prazo
Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), relatada pela ministra Ana Arraes, verificou melhoria na gestão da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Além disso, houve investimentos nos últimos anos
TCU
12/02/2020
O Tribunal de Contas da União (TCU) realizou, sob a relatoria da ministra Ana Arraes, fiscalização sobre os serviços prestados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A auditoria da Corte de Contas foi originada de Solicitação do Congresso Nacional (SCN), demandada pela Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara dos Deputados.
A SCN fundamentou-se na elevada quantidade de reclamações, em 2018, dos consumidores sobre altos índices de atrasos e extravios. Foram destacadas questões relacionadas à gestão da ECT que mereceriam ser aprofundadas.
Quanto aos prejuízos indicados, são valores acumulados, ou seja, mesmo com as ocorrências de lucros recentes, considerando cada ano separadamente, não foram elas suficientes para recompor o saldo histórico de mau desempenho em anos anteriores. De acordo com as demonstrações contábeis publicadas na página dos Correios, os prejuízos acumulados no período de 2014 a 2018 foram, respectivamente, em R$ bilhões: 0,18; 1,9; 3,4; 2,7; e 2,5.
“A partir das questões que nortearam a investigação, é possível resumir as análises e as conclusões da auditoria em três perspectivas, que adotarei para sistematizar os fundamentos de minha proposta: supervisão ministerial, gestão da qualidade dos serviços realizada pelos Correios e comparação com empresas semelhantes”, explicou a ministra-relatora Ana Arraes.
SUPERVISÃO MINISTERIAL
“Considerando a abrangência e os limites das competências legais, a supervisão realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) se mostrou adequada e contribuiu para o aperfeiçoamento da qualidade dos serviços da ECT. Excetuam-se dessa conclusão a publicidade e a transparência das informações sobre os serviços postais, pois se evidenciou que o ministério não divulga à sociedade, de forma acessível, dados sobre as metas de universalização e qualidade dos serviços postais básicos, nem os resultados alcançados pela empresa postal”, ponderou a ministra-relatora.
QUALIDADE DOS SERVIÇOS
Quanto à gestão da qualidade, a auditoria do TCU avaliou as variações nos resultados dos indicadores de qualidade nos últimos anos. De modo geral, conclui-se que todos apresentaram sensível melhora a partir do segundo semestre de 2018, com índices consideravelmente positivos.
No entanto, antes dessa melhora recente, a quantidade de reclamações registradas nos Procons de todo o País seguiu aumentando desde 2009. Até atingir, em 2018, a quantidade recorde de reclamações, a maior da série histórica, mais de dez mil. Já em 2019 esse número caiu pela metade: foram 4.868 reclamações dos Correios.
Um indicador que pode ser considerado fundamental para a percepção de melhoria dos serviços dos Correios é o Índice de Entrega no Prazo (IEP). Em 2015, era de cerca de 87%. O IEP alcançou em 2019 o seu valor mais expressivo: mais de 97%.
A melhoria no desempenho pode ser atribuída a diversos fatores. O Tribunal de Contas da União destacou que as medidas gerenciais adotadas pela empresa provocaram declínio na insatisfação dos consumidores com os serviços prestados.
Além disso, houve investimentos substanciais (R$ 600 milhões) nos últimos anos. “Aquisição de máquinas de triagem, aumentando a automação do processo; renovação de mais de 30% da frota para a entrega dos objetos; implantação de sistemas de gerenciamento do transporte da carga e da sua distribuição; e modernização da entrega, com a utilização de smartphones, tornando o processo mais ágil, eficiente e confiável”, exemplificou a ministra Ana Arraes.
No tocante ao Índice de Extravio de Encomendas (IEE), além de ser muito relevante para a satisfação do cliente, tem impacto na percepção da própria imagem dos Correios. O objetivo desse indicador é mensurar a quantidade de indenizações por motivo de extravio de encomendas.
Foi possível identificar uma considerável diminuição das despesas com indenizações por extravio em 2019. Destaca-se que, no primeiro semestre, as indenizações alcançaram somente 0,1% dos R$ 4,3 bilhões arrecadados em encomendas. “No entanto, esse indicador mostra desempenho ruim quando se trata do extravio de objetos internacionais, o que requer investigação das causas e adoção de medidas para saneá-las”, alertou a ministra-relatora.
BENCHMARKING
“A comparação entre empresas semelhantes mostra-se, evidentemente, como importante ferramenta de análise. No entanto, há limitações envolvidas nesse tipo de comparação. Apesar de exercer o mesmo serviço, cada empresa atua em um ambiente distinto, sujeitas a diferentes regulações, abrangendo diferentes extensões territoriais e qualidades das vias de transporte, diferentes regras de universalização, com presença, ou não, de aporte de recursos públicos, entre outras diferenças”, acrescentou a ministra Ana Arraes.
Mesmo diante dessas considerações, em comparação com a empresa postal americana, cujos dados estão na internet, verificou-se que, entre 2005 e 2018, em relação à margem de lucro das duas empresas no período, é possível inferir pela melhor situação dos Correios. No que diz respeito ao indicador que mede a tempestividade da entrega de encomendas, há relativa proximidade entre o percentual por elas alcançado, com exceção do exercício de 2019, diante da melhora significativa dos indicadores da ECT.
No que concerne a outros países e à qualidade dos serviços prestados pela ECT, houve avaliação da International Post Corporation (IPC), consórcio das principais empresas postais do mundo. No último relatório de performance do IPC para o serviço Prime, modalidade de importação de documentos e encomendas de até 2kg, e que hoje representa o serviço internacional com maior valor agregado prestado pelos Correios, a estatal brasileira apareceu na 6ª colocação em entrega no prazo (99,1%), estando à sua frente apenas países com menor território ou população, o que gerou à ECT um bônus de R$ 100 milhões no 1º semestre de 2019.
A DECISÃO DO TCU
Na última quarta-feira (5), durante a sessão plenária, o TCU decidiu recomendar ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações que divulgue, em seu sítio eletrônico, informações a respeito das metas e resultados relacionados à universalização e qualidade dos serviços postais. Especial atenção deverá ser dada à facilidade de acesso e à atualidade dos dados, conforme o art. 8º da Lei 12.527, de 2011.
A Corte de Contas emitiu recomendação à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para que investigue as causas do aumento da quantidade e do volume financeiro de indenizações relacionadas a objetos internacionais e adote medidas com o objetivo de controlá-las.
Serviço:
Leia a íntegra da decisão: Acórdão 211/2020 – Plenário
Processo: TC 043.382/2018-5
Sessão: 05/02/2020
Secom – ED/pn
Telefone: (61) 3316-5060
E-mail: imprensa@tcu.gov.br
Funcionário dos Correios cria método de ensino de História através de selos e postais
O São Gonçalo
12/02/2020
A filatelia, talvez, seja um ato incomum para a maioria das pessoas por se tratar de um colecionismo relacionado a selos e postais emitidos pelos Correios. Com o intuito de popularizar essa prática, o funcionário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), Heitor Fernandes, de 57 anos, que atua na estatal há 37, resolveu mesclar o seu conhecimento sobre selos com conceitos históricos, já que atualmente está terminando a sua graduação em História. Ele tem como meta seguir trabalhando na ECT e futuramente trabalhar como professor. Desta forma, surgiu o projeto ‘Aulas com Filatelia’.
“Estou no último período da faculdade e eu estudo filatelia desde quando entrei nos Correios. Quando entrei na faculdade, comecei a estudar uma categoria filatélica conhecida ‘História Postal’ e neste ramo, trabalho como uma subcategoria intitulada como ‘Censura Postal’, ou seja, correspondências que foram censuradas ao longo da história. Eu estudo cinco períodos como o pré-guerra e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o Entre Guerras (1918-39), a Segunda Guerra Mundial (1939-45) e o pós-guerra. É muita coisa mas é uma obsessão que tenho em estudar esses períodos e a partir daí surgiu a ideia de mesclar história com estudo de filatelia e eu pretendo expor esse material em oficinas, escolas e bibliotecas e onde mais, eu possa ir para contribuir voluntariamente e gratuitamente a estudantes e professores que se interessam pelo assunto. Eu gostaria de ter feito o curso técnico em filatelia mas infelizmente o curso técnico da Escola Superior de Administração Postal foi extinguido pela ECT, em 1995, e isso me frustrou tanto que cheguei a abandonar e eu retomei os estudos há cerca de três anos”, explicou Heitor, que já trabalhou como carteiro e atualmente atua como agente de Correios na área de Suporte em Atendimento a Clientes além de ser dirigente da Federação Nacional de Trabalhadores dos Correios (FENTECT).
Em paralelo à criação da didática de seu projeto socioeducativo, Heitor também alia a comunicação ao seu método de ensino, já que administra o blog ‘Aulas com Filatelia’ (www.aulascomfitaleia.com.br) e apresenta um programa com o mesmo nome de seu portal, na Web Rádio Censura Livre, de São Gonçalo, onde também apresenta uma outra atração intitulada como ‘Em defesa dos Correios’.
“Como eu não quero falar apenas sobre a ‘História Postal’ e sim sobretudo destinado a filatelia, de forma resumida, trabalho no blog e na rádio. Por exemplo, no ano novo chinês (comemorado, neste ano, no dia 25 de ano de janeiro), fiz um programa que falava sobre selos comemorativos a esta data e a partir disso contextualizei a história e o problema do coronavírus. Ou seja, é possível trabalhar a filatelia com História, Geografia, Arte, dentre outras outras disciplinas e eu quero fazer este intermédio com os professores. Destaco muito o trabalho do professor Rubem Porto da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) que é uma referência no assunto e estou aprendendo muito com ele. Enfim, eu espero contribuir para a educação de nosso país com a filatelia”, disse.
Colecionadores online – Através da internet, Heitor descobriu outra forma de popularizar a filatelia. Desta vez, usando a rede mundial de computadores, para promover uma mostra, em versão digital, dos 100 anos da companhia aérea holandesa, KLM, através dos selos na II Exposição Virtual Filatelia Ananias, do dia 6 a 30 de abril e será exposta no Facebook através da página: @exposicaovirtualfilateliaananias.
“Para quem curte aviação, no próximo mês irei exibir algumas de minhas peças de minha coleção referente a KLM, que comemorou seu centenário no ano passado”, avisou Heitor que também relatou a O SÃO GONÇALO sobre o calendário de filatelia brasileiro, entre outras modalidades.
“Anualmente, a ECT publica um calendário de publicações filatélicas. Neste ano, por exemplo, que inclui alguns temas como vinicultura e como tenho coleções relacionadas a vinhos, vou participar. Outra modalidade também será a postcrossing, que é a troca – não virtual – de cartões postais por todo o mundo. Eu já enviei cartões postais para a Rússia, Estados Unidos e Alemanha e irei receber também”, finalizou o filatelista, que também possui coleções do gênero relacionadas ao período do Rio Antigo, do Palácio Monroe (antiga sede do senado no Rio de Janeiro, na época em que era a capital do Brasil) e sobre cervejas.
Correios levaram 325 toneladas em doações a MG após chuvas
Metrópoles
12/02/2020
As vítimas das fortes chuvas registradas no fim de janeiro em Minas Gerais receberam, pelo menos, 325 toneladas de doações, como roupas, colchões e alimentos. O número integra o balanço parcial elaborado pelos Correios, que mantém a campanha Solidariedade Expressa para transportar donativos durante episódios de calamidade pública. No caso de Minas, 47 municípios foram atingidos pelas tempestades e o governo estadual contabilizou pelo menos 15 mil desabrigados.
“A solidariedade está no DNA dos brasileiros. Os Correios, como empresa brasileira, também têm em sua essência essa vocação solidária. Da mesma forma que fizemos em Mariana e Brumadinho, utilizamos nossa capilaridade e capacidade logística para ajudar essas famílias mineiras que tanto perderam com as fortes chuvas. Por meio dessa ação, seguimos fazendo o máximo ao nosso alcance para diminuir seu sofrimento e devolver a elas um pouco de dignidade”, disse à coluna o general Floriano Peixoto, presidente da empresa pública.
De acordo com a estatal, em uma semana apenas cerca de 200 toneladas de mantimentos foram recolhidas e destinadas aos desabrigados mineiros. Recentemente, a necessidade de ajuda foi reduzida e a demanda da Defesa Civil está restrita ao transporte de donativos coletados no interior com destino à Belo Horizonte e região metropolitana da capital.
Apenas nesta quarta-feira (12/02/2020), três rotas foram realizadas em Uberaba, Uberlândia e Unaí, resultando em aproximadamente 25 toneladas de doações. A campanha iniciada em 31 de janeiro deve se prolongar até a próxima semana, havendo previsão de mais algumas viagens para Manhuaçu, uma das regiões mais atingidas do estado.
Tempestades
A força das chuvas registradas em Minas Gerais durante o mês de janeiro desabrigaram famílias e causaram mortes. De acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil local, 54 pessoas morreram no estado por causa das tempestades.
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“… no tocante à atuação dos Correios em comparação com outras empresas similares, concluiu-se que, apesar da existência de pontos passíveis de melhora, não existem indícios que apontem para uma deficiência ou discrepância significativa da atuação dos Correios frente a outras empresas, principalmente no que diz respeito à qualidade dos serviços.” Privatizar não tem explicação. Manter os Correios tem.
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Direção Nacional da ADCAP.